Ocupação de leitos de UTI se mantém abaixo dos 80% no Estado
Mesmo que internações para casos de Covid-19 tenha quase triplicado, ampliação de leitos manteve a taxa sob controle
Nos últimos dois meses da pandemia do novo coronavírus, a taxa de ocupação de leitos de UTI Adulto no Rio Grande do Sul se manteve estável, não passando da casa dos 80%. Conforme o sistema de monitoramento de leitos da Secretaria da Saúde (SES), nos últimos 60 dias, as taxas oscilaram entre a mais baixa, 68,8% em 28 de junho, e a mais alta até agora, 78,3 % na sexta-feira passada, dia 14. Os leitos de UTI monitorados atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela rede privada.
Conforme o mapa de leitos da SES, a rede hospitalar do Estado dispunha, até à tarde desta segunda-feira, dia 17, de um total de 2.481 leitos de UTI adulto onde estão internados 1.920 pacientes, representando uma taxa de 77,4% de ocupação. Dos pacientes internados nas UTIs do Rio Grande do Sul, 736 são confirmados com Covid-19 e 235, suspeitos de terem a doença.
Na opinião da diretora do Departamento de Atenção Hospitalar e Ambulatorial (DAHA), Lisiane Fagundes, este índice mostra que, “mesmo que o número de internações em UTI de pacientes suspeitos ou confirmados com a Covid-19 tenha praticamente triplicado neste período, com a ampliação do número de leitos em todas as regiões, foi possível manter a taxa sob controle”.
De acordo com a diretora, esses índices resultam do trabalho desenvolvido pelo governo do Estado desde março. “Diante da situação de emergência e calamidade pública decretada pelo governador Eduardo Leite, elaboramos o plano de contingência hospitalar, junto com a implementação do modelo de Distanciamento Controlado”, afirmou Lisiane.
Desde o início da pandemia, o Estado já aumentou em 90% o número de leitos de UTI para atendimento de pacientes do SUS (de 933 para 1.765). A meta é chegar a 1.909 leitos de UTI habilitados pelo Ministério da Saúde, representando um aumento de 105% na capacidade instalada de vagas pelo SUS no Estado.
Entre leitos de UTI das redes pública e privada, nos últimos dois meses o crescimento foi de 23% (de 2.014 para 2.481).
Lisiane diz que mesmo com o esforço do poder público nas três esferas e com as parcerias com a iniciativa privada na ampliação da rede hospitalar, é importante que a população continue com os cuidados necessários de prevenção ao contágio do coronavírus, evitando aglomeração, usando máscaras, lavando bem as mãos e seguindo as medidas de etiqueta respiratória.
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