Obras na ERS-122 são prorrogadas por falta de dinheiro
Previsão da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) é finalizar o recapeamento iniciado em março de 2014 em dois trechos restantes entre Flores da Cunha e Caxias do Sul
A novela das obras de conclusão da repavimentação da ERS-122, entre Caxias do Sul e Flores da Cunha, está prestes a terminar. Pelo menos é o que informa a assessoria de imprensa da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), responsável pelo trecho pedagiado. A previsão da direção da estatal é retomar as obras de recapeamento no dia 7 de dezembro, entre os Kms 83,8 (Vila Maestra) e 86,4 (Pedancino) – os quais não receberam a segunda camada prevista no projeto de março de 2014. Até o final do ano a obra pode estar encerrada. Na semana passada, uma equipe da EGR realizou a manutenção da via (roçada, limpeza, pintura e colocação de tachões).
De acordo com a assessoria da EGR, as obras, que estavam previstas para serem finalizadas em setembro deste ano, não foram concluídas porque o contrato, assinado em março de 2014 pelo então governador Tarso Genro (PT) para conclusão em 18 meses, foi prorrogado. “Os trabalhos foram interrompidos devido aos custos terem excedido a arrecadação da praça de pedágio”, ou seja, serão retomados quando houver dinheiro em caixa suficiente, justifica a assessoria.
O valor inicial do contrato estava estimado em R$ 20,1 milhões e até agosto deste ano foram repassados R$ 18,1 milhões ao consórcio CPDC Rodovias (composto pelas empresas Concresul Britagem, Pavia Brasil Pavimentos e Vias, Dalfovo Construtora e CSA – Comercial Serrana de Asfalto). No site da EGR, até julho deste ano, a praça de pedágio de Flores da Cunha tinha arrecadado R$ 4.559.338,09 e desembolsado até o mesmo período R$ 4.697.773,26.
Segundo levantamento realizado pelo Conselho Regional de Desenvolvimento da Serra (Corede Serra), em maio deste ano a arrecadação havia reduzido mais de 20% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2014. A pesquisa mostrou que a cada R$ 100 arrecadados, R$ 70 são aplicados na rodovia.
Durante o ano, a ERS-122 teve recapeamento finalizado entre os Kms 80 (trevão em Caxias do Sul) e 83,8 (Vila Maestra) e entre os Kms 90 (São Gotardo) e 110 (ponte sobre o Rio das Antas), além de receber sinalização horizontal.
Via ultrapassada
Muito se questiona sobre o futuro da ERS-122, uma das principais ligações da Serra com a Região Metropolitana de Porto Alegre, e a única via para escoamento da produção primária e industrial (além de acesso turístico) de Flores da Cunha. Embora tenha permanecido sob concessão da iniciativa privada durante 15 anos, período em que grande parte do trecho de 168 quilômetros esteve sob responsabilidade da concessionária Convias, não recebeu nenhuma grande melhoria. Devolvida ao governo do Estado do Rio Grande do Sul, atualmente uma parte é de competência da EGR.
A capacidade de tráfego da ERS-122 está esgotada e um projeto para duplicação de alguns trechos, não incluindo a Serra do Rio das Antas, em Flores da Cunha, seria necessário para favorecer o desenvolvimento industrial, comercial e turístico, conforme discussões já encaminhadas pela Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) e pelo Corede Serra. Porém, o plano esbarra na capacidade financeira do Rio Grande do Sul, que não prevê investimentos importantes em infraestrutura. Financiamentos privados ou Parcerias Público-Privadas (PPPs) poderiam viabilizar a ideia. Por enquanto, resta aguardar pela repavimentação do trecho pedagiado, a qual deveria ser concluída em setembro.
De acordo com a assessoria da EGR, as obras, que estavam previstas para serem finalizadas em setembro deste ano, não foram concluídas porque o contrato, assinado em março de 2014 pelo então governador Tarso Genro (PT) para conclusão em 18 meses, foi prorrogado. “Os trabalhos foram interrompidos devido aos custos terem excedido a arrecadação da praça de pedágio”, ou seja, serão retomados quando houver dinheiro em caixa suficiente, justifica a assessoria.
O valor inicial do contrato estava estimado em R$ 20,1 milhões e até agosto deste ano foram repassados R$ 18,1 milhões ao consórcio CPDC Rodovias (composto pelas empresas Concresul Britagem, Pavia Brasil Pavimentos e Vias, Dalfovo Construtora e CSA – Comercial Serrana de Asfalto). No site da EGR, até julho deste ano, a praça de pedágio de Flores da Cunha tinha arrecadado R$ 4.559.338,09 e desembolsado até o mesmo período R$ 4.697.773,26.
Segundo levantamento realizado pelo Conselho Regional de Desenvolvimento da Serra (Corede Serra), em maio deste ano a arrecadação havia reduzido mais de 20% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2014. A pesquisa mostrou que a cada R$ 100 arrecadados, R$ 70 são aplicados na rodovia.
Durante o ano, a ERS-122 teve recapeamento finalizado entre os Kms 80 (trevão em Caxias do Sul) e 83,8 (Vila Maestra) e entre os Kms 90 (São Gotardo) e 110 (ponte sobre o Rio das Antas), além de receber sinalização horizontal.
Via ultrapassada
Muito se questiona sobre o futuro da ERS-122, uma das principais ligações da Serra com a Região Metropolitana de Porto Alegre, e a única via para escoamento da produção primária e industrial (além de acesso turístico) de Flores da Cunha. Embora tenha permanecido sob concessão da iniciativa privada durante 15 anos, período em que grande parte do trecho de 168 quilômetros esteve sob responsabilidade da concessionária Convias, não recebeu nenhuma grande melhoria. Devolvida ao governo do Estado do Rio Grande do Sul, atualmente uma parte é de competência da EGR.
A capacidade de tráfego da ERS-122 está esgotada e um projeto para duplicação de alguns trechos, não incluindo a Serra do Rio das Antas, em Flores da Cunha, seria necessário para favorecer o desenvolvimento industrial, comercial e turístico, conforme discussões já encaminhadas pela Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) e pelo Corede Serra. Porém, o plano esbarra na capacidade financeira do Rio Grande do Sul, que não prevê investimentos importantes em infraestrutura. Financiamentos privados ou Parcerias Público-Privadas (PPPs) poderiam viabilizar a ideia. Por enquanto, resta aguardar pela repavimentação do trecho pedagiado, a qual deveria ser concluída em setembro.
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