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Obras de recuperação da ERS-122 finalmente são iniciadas

Trabalhos começaram no trecho caxiense com 15 dias de atraso devido à chuva e seguirão até Flores da Cunha nas próximas semanas

A manutenção na ERS-122 é um pedido antigo dos motoristas não só de Flores da Cunha, onde está a praça de pedágio, mas de toda a região. As péssimas condições da estrada de mais de 46 quilômetros entre Caxias do Sul, Flores da Cunha e Antônio Prado (trecho pedagiado) já causaram prejuízos a muitos motoristas. Após um período de transição, quando a via passou a ser administrada pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e não mais pelo consórcio Univias, o trecho não teve nenhuma manutenção efetiva e piorou. Depois de nove meses a EGR deu início ao recapeamento, com 15 dias de atraso à data prevista em consequência das chuvas que caíram na Serra no final de fevereiro.

A recuperação da ERS-122 é executada pelo consórcio CPDC Rodovias (composto pelas empresas Concresul Britagem, Pavia Brasil Pavimentos e Vias, Dalfovo Construtora e CSA – Comercial Serrana de Asfalto). Primeiramente as obras contemplarão três trechos críticos: dos Kms 81,4 até o 83 (Linha 40, Caxias, já iniciado); dos Kms 87 ao 89 (em São Gotardo, Flores); e dos Kms 110 ao 113 (entre Flores e Antônio Prado, antes e depois da ponte sobre o Rio das Antas). Após a repavimentação desses pontos, com a substituição do revestimento existente por meio da fresagem do asfalto e aplicação de uma nova camada, os demais 39kms restantes também receberão melhorias. A sinalização horizontal (pintura) será realizada após a conclusão de cada segmento.

De acordo com o presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto, o trabalho de agora em diante deve seguir de forma contínua, sempre dependendo do tempo. O prazo existente no contrato para conclusão das obras é de 18 meses. “Estamos trabalhando e mantendo sempre pistas liberadas. Iniciamos em Caxias e vamos seguir pelos pontos mais críticos, com uma manutenção mais intensa onde o asfalto está, como chamamos, emborrachado, formando elevações na pista”, explica Bertotto, lembrando que os piores trechos somam pouco mais de 6kms. “Queremos concluir essa primeira fase antes da chegada do inverno”, planeja. Durante as obras, os veículos transitarão em uma faixa de extensão aproximada de 500 metros.

Dependendo do trecho, o tráfego será controlado pela equipe da obra, com alternância do sentido do fluxo. O valor do contrato com o consórcio CPDC é de R$ 20,1 milhões.

Como é feito o trabalho
As obras de recapeamento na ERS-122 são feitas pelo processo de fresagem, etapa preliminar para a reciclagem de pavimentos asfálticos. O trabalho consiste no corte ou desbaste de uma ou mais camadas do piso por meio de processo mecânico a frio. Com a fresagem é removido o asfalto danificado, que apresenta desgaste ou que está envelhecido, permitindo, após, a aplicação do novo revestimento.

VRS-814 e acesso a Otávio Rocha sem previsão de manutenção

Não é somente a ERS-122 que recebe queixas dos motoristas. A VRS-814, que liga Flores da Cunha a Nova Pádua, também tem sido alvo de constantes pedidos de manutenção por parte das Câmaras de Vereadores florense e paduense. O trecho de pouco mais de 12 quilômetros necessita de melhorias há anos, mas recebe apenas ações emergenciais de tapa-buracos. A vegetação está alta nas margens das pistas, dificultado a visibilidade das placas. A sinalização vertical também está prejudicada no acesso da ERS-122 que liga a rodovia ao distrito de Otávio Rocha. A estrada não é considerada uma vicinal, mas sim um acesso. Ambas são gerenciadas pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer-RS).

De acordo com o engenheiro da 2ª Superintendência Regional do Daer-RS de Bento Gonçalves, Maicon Perini, não existe nada programado para a VRS-814 nem para o acesso de Otávio Rocha. “Frequentemente fizemos a manutenção emergencial, mas um trabalho mais amplo não está programado para nenhuma dessas duas vias. Uma roçada deve ser realizada nos próximos dias e deve atender primeiro a vicinal de Nova Pádua e depois o acesso da 122”, diz Perini, prevendo que em 20 dias a roçada deve estar concluída.

Foto/Camila Baggio

No acesso ao distrito o mato impede a visualização de placas.


Atendimentos de emergência

Representantes da EGR e da Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS) assinaram no dia 10 um convênio para o atendimento de resgate e salvamento de vítimas de acidentes nas vias gerenciadas pela estatal. Pelo convênio, a EGR repassará à Secretaria R$ 1,7 milhão. A quantia, oriunda das praças de pedágio, será para custear o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Toda a malha rodoviária administrada pela EGR, de cerca de mil quilômetros, incluindo a ERS-122, está atendida pelo convênio.

Conforme a SES-RS, os recursos serão usados também para a compra de 10 cardioversores, 10 desfribriladores, 10 ventiladores de transporte, 10 oxímetros de pulso e 20 kits de bolsas para materiais de urgência e medicamentos. Também serão adquiridos equipamentos de resgate, como coletes de imobilização adultos e infantis, colares cervicais neonatais, infantis e adultos, pranchas de polietileno, 500 mantas térmicas e máscaras com reservatório adultas e pediátricas, entre outros. O convênio tem prazo de dois anos, a contar do dia 12, data da publicação no Diário Oficial do Estado. O Samu pode ser acionado pelo telefone 192 (ligação gratuita).


Máquinas na pista entre o Kms 81 e 83 exigem atenção dos motoristas que trafegam na estrada pedagiada. - Camila Baggio
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