Geral

Formada inicialmente, em meados de 1973, na cidade de Nova Iorque, por Gene Simmons (baixo e vocal) e Paul Stanley (guitarra rítmica e vocal) e mais tarde por Ace Frehley (vocais e guitarra solo) e Peter Criss (vocais e bateria), a banda Kiss conhecida mundialmente por suas maquiagens, e por seus concertos muito elaborados e até exagerados que incluem guitarras esfumaçantes, cuspir sangue, pirotecnias e muito mais. Dentre as várias formações da banda no decorrer dos anos, os fundadores originais Gene Simmons e Paul Stanley são os únicos que permanecem nela até os anos atuais. Após um fracasso com outra banda, eles resolveram procurar outros integrantes para montar um super grupo. A partir de anúncios em jornais e revistas, reuniram um grande número de candidatos, dessa forma acabaram conhecendo um homem com roupas estranhas, Ace Frehley, que na ocasião achavam ser um mendigo se não fosse por estar com uma guitarra na mão. Já no caso do baterista Peter Criss, que também respondeu ao anúncio do jornal, o rapaz estava muito bem vestido, eis então que Gene Simmons o desafiou: se num show ele seria capaz de tocar vestido de mulher. Diante da resposta afirmativa Peter Criss conquistou sua vaga como baterista do grupo. Com a banda formada faltava um nome, escolheram inspirando-se num concurso de Nova Iorque, Kiss. Buscando referências na banda New York Dolls e no Rock Horror show de Alice Cooper para definir a atitude e figurino da banda. A maquiagem foi definida se baseando em elementos referentes à verdadeira personalidade de cada um. Gene Simmons adora filme de terror e assumiu uma maquiagem que o deixaria com cara de mau. Paul pintou uma estrela em seu olho direito, pois sonhava em ser um astro do rock. Ace concebeu sua maquiagem baseada no espaço sideral e numa estética futurista por ser uma pessoa distraída. Por adorar felinos, Peter adotou uma imagem de homem gato, acredita ainda que tenha sido um gato em outras encarnações. Super Heróis Eles assumiram essa personalidade como sendo essencial para o sucesso do grupo, escondendo assim por anos a fio a verdadeira identidade de seus músicos. Para definir o figurino da banda, mesclaram elementos de super heróis em quadrinhos com personagens do teatro japonês. Usando botas com saltos enormes que davam um ar de super heróis titânicos ao grupo e se tornariam então: The Starchild (Paul Stanley), The Demon (Gene Simmons), Space Man (Ace Frehley) e The Catman (Peter Criss). Um dos ícones da banda é a língua de Gene Simmons e para os shows, efeitos especiais sonoros, de luzes e fumaça aliados a velas acesas e um imenso letreiro luminoso contendo o logotipo da banda. No primeiro show de grande porte do Kiss, eles mandaram convites à imprensa em nome da banda, e como já não bastasse, mesmo endividados até o último fio de cabelo, alugaram uma limusine para chegar ao local do show em grande estilo. Tudo isso para tentar passar ao público e a imprensa a imagem de que o Kiss já era uma banda famosa. Durante os shows várias características ficariam marcadas, como as danças sensuais, pulos e o balançar dos longos cabelos. O Kiss era uma banda destinada apenas em divertir as pessoas, falavam de amor, sexo, festa e rock'n roll em suas músicas, mas mesmo assim, adotariam atitudes que serviam de contestação como quebrar instrumentos, coisas já feitas por outras artistas. Mas a banda também criou atitudes que se tornaram as mais esperadas durante os shows. Além de movimentar vorazmente a sua língua para provocar o público, Gene Simmons praticaria números de cospe fogo (com querosene na boca) e cospe sangue (pequenas gotas de sangue começam a escorrer pelo canto da boca, até se transformar em um jorro abundante), chegando até a voar no meio dos shows. Como trilha sonora para esta atitude, Gene toca seu baixo, utilizando efeitos de eco e distorção, além do som de correntes sendo arrastadas e de vento, o que cria uma atmosfera tensa. E além destes, a banda também usa varios outros números como a guitarra de Ace Frehley que no meio do show começa a soltar fumaça e vários rojões chegando até a voar. Como não poderia deixar de ser, até a bateria voa nos shows. A partir da turnê Hotter Than Hell Tour, uma mensagem acompanha todos os shows da banda. Sempre ao início de cada apresentação, um mestre de cerimônias berra a seguinte frase: "You Wanted the Best and You Got the Best. The Hottest Band in the World, Kiss!", traduzindo: "Vocês querem o melhor e vocês terão o melhor, a banda mais quente do mundo, Kiss". Esta repetição constante de mensagem tornou-se emblemática na carreira da banda. Fã desde criança O estudante florense Lucas Carpeggiani adora brincar dizendo que é fã da banda desde que tomava mamadeira. Conta que durante parte de sua infância e adolescência as máscaras usadas pela banda foram o ponto que mais chamaram sua atenção. Mais tarde quando começou a conhecer mais profundamente sobre a banda, se impressionou sobre as atitudes do Kiss no palco, “as coisas bizarras”, conta Lucas que afirma “era tão legal”. Quando fala em relação ao repertório da banda, Lucas diz que a música Detroit Rock City é sua preferida, pois ela “detona” e se sobressai entre as demais. Kolly, apelido pelo qual é conhecido entre os amigos, diz que sua paixão pelo Kiss o prende musicalmente, mas não de forma fervorosa a ponto de sair usando maquiagens como os fãs do Kiss Army (grupo oficial de fanáticos pela banda). Em relação ao Kiss ser uma banda “marketeira”, Lucas diz que acredita nesse ponto, pois os próprios integrantes admitem esse fato e ressalta ainda Gene Simmons como um excelente “marketeiro”. Ele conta que levará o baixista do Kiss como exemplo para sua vida. Talvez não tanto como um excelente músico, mas sim como um bom profissional do marketing. Lucas é mais um dos inúmeros fãs da banda que não conseguiram ir no show do Kiss no Brasil esse ano, mas afirma que faria de tudo para ir vê-los pessoalmente. Falando abertamente que faria muitas coisas fora de sua sanidade. “Gostaria muito de conhecer toda a formação original da banda, mais em especial o Gene Simmons. Não é todo dia que tu tem a chance de encontrar um cara mais feio que tu...”, brinca Lucas. Sucesso desde o início Aproveitando o momento de sucesso em 1975 lançaram Alive!, primeiro álbum da banda a obter Disco de Ouro. Devido ao sucesso desse disco, eles entraram em estúdio já no ano seguinte lançando o álbum Destroyer, cuja capa apresenta paradigmas típicos de revista em quadrinhos, retratando, através de uma ilustração, a imagem da banda como super-heróis que invadem Nova York ao cair da noite.
Com o sucesso, o Kiss começa a aparecer frequentemente nas TV’s americanas e vai criando uma legião de fãs apaixonados pela banda. Funda-se então o Kiss Army, exército de fanáticos em todo o mundo que são comandados pela própria banda. No final da década de 1980, o Kiss conquista o título que tanto buscavam, o de super grupo, pois seus shows contavam com uma equipe de mais de 50 pessoas e para montar o palco era necessários mais de 24 horas de intenso trabalho. Nesse período, a banda é convidada a realizar um filme, com o propósito de serem transformados em super heróis. Kiss Meets The Phantom Of The Park, tem o roteiro baseado em mostrar os quatro heróis travando uma luta contra um vilão de um parque de diversões que criou bonecos iguais a eles para fazer o mal. Do declínio à ressurreição Com os ânimos entre os integrantes alterados, troca de alguns membros da banda, o Kiss começa a deixar de lado o estilo musical que o consagrou tocando músicas mais comerciais, não agradando seu público em geral. Após essa turnê não satisfatória financeiramente, em um golpe publicitário, o Kiss decide tirar a maquiagem e lançar um novo álbum, Lick it up. Inovando em um novo estilo dentro das vertentes do rock’n roll, o Glam metal, que incluía dentre algumas características cabelos grandes, bandanas, roupas de couro e rostos pintados. Em 1983 fizeram o maior show de rock de uma banda sozinha, no Rio de Janeiro, com mais de 250 mil pessoas durante a turnê Creatures of The Night Tour. Tempos atuais Entre o final da década de 1990 até os tempos atuais, o Kiss passou por altos e baixos como tempos longos sem lançar nenhum álbum e trocas de integrantes da banda, com exceção dos fundadores Gene Simmon e Paul Stanley. Em 1999, foi produzido um filme chamado Detroit Rock City, em que quatro jovens fazem de tudo para ir a um show do Kiss, onde a banda aparece no final do filme tocando a música homônima. Desde 2008 estão com a turnê Kiss Alive/35 World Tour e passam pelo Brasil com duas apresentações, uma em São Paulo, no dia 7 e outra no Rio de Janeiro no dia 8 de abril. Infelizmente, para os fãs gaúchos eles não passaram pelo estado como fizeram em 1998 com a turnê Psycho Circus. Álbuns Kiss, Hotter Than Hell, Dressed To Kill, Destroyer, Rock And Roll Over, Love Gun, Dynasty, Unmasked, Music From “The Elder”, Creatures Of The Night, Lick It Up, Animalize, Asylum, Crazy Nights, Hot In The Shade, Revenge, Carnival Of Souls: The Final Sessions, Psycho Circus. Formação original Gene Simmons (vocais e baixo), Paul Stanley (vocais e guitarra rítmica), Ace Frehley (vocais e guitarra solo) e Peter Criss (vocais e bateria). Formação atual Gene Simmons (vocais e baixo), Paul Stanley (vocais e guitarra rítmica), Tommy Thayer (guitarra solo e vocal) e Eric Singer (vocais e bateria).