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O que é preciso para frear o número de acidentes na ERS-122?

Dezenas de caminhoneiros perderam a vida no pequeno trecho de cinco quilômetros da rodovia estadual, principalmente na descida da Serra do Rio das Antas, entre Flores da Cunha e Antônio Prado.

Uma combinação perigosa envolvendo imprudência, motoristas cansados, excesso de peso no caminhão, uso de rebites e falta de conhecimento da estrada. Essas são as principais causas, conforme o comandante do Grupo Rodoviário (GRv) de Farroupilha, sargento Marcelo Stassak, para os inúmeros acidentes que ocorrem no trecho de aproximadamente cinco quilômetros da ERS-122, em Flores da Cunha. Nos últimos anos, dezenas de pessoas perderam a vida e outras resultaram feridas em consequência dos motivos, que resultam num constante risco aos condutores que trafegam pela rodovia, principalmente entre os Km 105 e Km 110. Os dois casos mais recentes ocorreram nas duas últimas semanas, resultando numa morte e em dois motoristas feridos. A pergunta que fica: por que os acidentes sempre ocorrem no mesmo local?

Segundo o sargento Stassak, ocorrências envolvendo caminhões, especialmente no trecho da ERS-122 na descida da Serra do Rio das Antas, um dos mais perigosos da estrada, ocorrem principalmente por falha humana. De acordo com ele, na maioria dos casos os motoristas não conhecem as características da via e viajam muito tempo sem descansar. Para o sargento, o melhor remédio é o travesseiro. “É preciso respeitar o nosso organismo”, diz o policial rodoviário.

Além disso, alguns profissionais do volante são obrigados a cumprir horário, o que acaba contribuindo para o aumento da triste estatística de acidentes que mata milhares de brasileiros a cada ano. Outro fator que acelera o crescimento do número de acidentes é o aumento de tráfego de veículos. Conforme dados da concessionária Univias, empresa responsável pelo trecho, o número de veículos que passa pela praça de pedágio do Travessão Rondelli aumentou cerca de 20% nos últimos nove anos. Do total de 1,22 milhão de veículos que circularam por aquele trecho em 2011, quase metade é de caminhões, representando 44% do movimento.

Tráfego intenso
No Rio Grande do Sul os acidentes de transito são responsáveis por cerca de 600 vítimas fatais por ano, e outras oito mil feridas, em mais de mil acidentes que acontecem a cada mês no Estado, segundo estatística do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). O trecho entre os Kms 105 e 110 da ERS-122, próximo à ponte sobre o Rio das Antas, é um dos pontos da rodovia em território florense onde ocorre o maior número de acidentes envolvendo caminhoneiros.
Para o comandante do GRv, quando se unem caminhão pesado, imprudência, condutor cansado ou sob efeito de drogas, as consequências são quase inevitáveis. A combinação de vários fatores muitas vezes resulta em acidentes, explica. Conforme o sargento, para evitar acidentes o motorista que não conhece as características da estrada precisa verificar as condições do veículo, respeitar a sinalização, ter atenção redobrada em trechos de serra e sinuosos, respeitar as regras de trânsito. Dicas simples que, em resumo, têm um único objetivo: preservar a vida.

Acidente com um ônibus de safristas ocorrido no Km 106 matou uma pessoa e deixou 36 feridas. A colisão contra a rocha foi no dia 23/04/2009. - Fotos/Arquivo O Florense
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