Geral

Em Flores da Cunha, o perfil dos nascimentos é claro: os bebês nascem de cesárea, no período da manhã, pesando entre 3,1 a 3,5 quilos, nos meses de janeiro e são homens. Isso é o que revelou uma pesquisa feita pelo Jornal O Florense junto ao Hospital Nossa Senhora de Fátima. Entre 2018 e 2019 (dados até 12 de dezembro), a instituição registrou 629 nascimentos. Desses, foram 532 cesarianas, contra 97 partos normais, o que representa mais de 84% dos tipos de partos. O número vai de encontro com as estatísticas nacionais que apontam que o Brasil ocupa o segundo lugar no mundo em número de cesarianas. Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece em até 15% a proporção recomendada, no país esse percentual chega a 57%. O Rio Grande do Sul, segundo dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), está entre os estados com maiores índices de cesáreas, com 63%. 
A maior parcela (48%) desses nascimentos ocorreu no período da manhã, entre 8h às 10h. A pesquisa também revela que os meses de verão são os preferidos das gestantes: janeiro e março são os que registraram maior número de nascimentos nesses dois anos. Ainda de acordo com os dados, nascem, por um percentual muito pequeno, mais homens do que mulheres em Flores. Os bebês do sexo masculino representam 49,7%, enquanto que o sexo feminino são 49,6% – confira todos os dados ao lado.
No mês de novembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou as Estatísticas do Registro Civil, as quais apontaram que o município registrou em 2018, 418 nascimentos. O número é o maior já assinalado desde 2008 – os percentuais são diferentes dos registrados no Hospital Fátima, pois são contabilizados pelo lugar de registro e não pelo lugar de nascimento. Segundo o IBGE, Flores também tem seguido a tendência mundial e adiado a maternidade. Houve uma progressiva mudança na estrutura de faixa etária em que as mulheres têm filhos nas últimas duas décadas. De 1998 a 2018, os percentuais de nascimentos cujas mães tinham até 24 anos caíram, enquanto houve elevações nas faixas etárias entre 30 e 44 anos. No município, em 2018, 27,5% dos nascimentos foram de mulheres entre 30 a 34 anos, seguido por 25 a 29 anos (22,9%) e 20 a 24 anos (19,8%). Nas jovens entre 15 a 19 anos o índice foi de 8,13%, uma diminuição em relação a 2017. 

Tipo de parto
Os bebês nascidos em Flores vêm ao mundo por meio de cesáreas. Dos 629 nascimentos (registros de 1º de janeiro de 2018 a 12 de dezembro de 2019), 84% foram desse modo, contra apenas 15,4% de parto normal. Em 2018, quando foram contabilizados 342 partos, foram 282 cesarianas.

Mês de nascimentos
Os meses de nascimento oscilam bastante, mas janeiro é o preferido das gestantes. Ele representa 10% dos registros, ou 64 nascimentos. Na sequência, estão março, junho e julho. O mês que registra menos nascimentos é novembro, com uma média de 39.

Hora
Por serem em sua maioria cesarianas, os partos registrados em Flores da Cunha ocorrem no período da manhã, entre as 8h e 10h. Ou seja, 48% das crianças nascem de manhã. Na sequência, está a parte da noite e madrugada que representa 25,5% dos nascimentos. O período da tarde é o que tem menos registros, com 17%. 

Estatura
Os bebês, sob condições ideais, nascem quase sempre com o mesmo tamanho. Depois de passar em média 40 semanas no útero materno, eles vêm ao mundo com aproximadamente 50 centímetros de comprimento.  A regra não muda. Em Flores, 89,3% dos bebês nascem entre 46 a 50 centímetros e apenas 11,9% com mais de 51 centímetros.

Peso
A média de peso do nascimento dos bebês é de 3,1 a 3,5 quilos. Essa pesagem representa 48% do total de nascimentos contabilizados entre 1º de janeiro de 2018 a 12 de dezembro de 2019. Em seguida, os bebês nascem com menos de 3 quilos o que representa 35,2% do total. Na sequência estão 10,8% de 3,6 a 4 quilos; 2,5% mais de 4,1 quilos; e 0,79% com menos de 2 quilos. 

Sexo
Dos 629 nascimentos registrados entre o período pesquisado, 316 foram do sexo masculino, contra 313 do sexo feminino. O que se destaca é que em 2018 nasceram oito mulheres a mais do que homens, enquanto que em 2019, são 11 homens a mais do que mulheres.