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O fantástico mundo dos quadrinhos

Desenhista Luan Zuchi lançou seu quarto livro, Hipérbole

Tudo é referência quando se trabalha com artes, principalmente quando se é desenhista, quadrinista e designer. Luan Zuchi tem apenas 21 anos, mas já está lançando seu oitavo livro de quadrinhos, entre projetos próprios e coletivos. No dia 7 de julho, ele apresentou seu novo trabalho chamado Hipérbole, com sessão de autógrafos e troca de quadrinhos na Almanaque Cultural Livros e Revistas, em Flores da Cunha. Cada exemplar custa R$ 5, e outros HQs de autoria de Zuchi também estão disponíveis no local.

Ele afirma que desenhar não é talento ou dom. Defende que tudo se aprende com estudo, dedicação e muita prática. Mas quando o assunto é criatividade, ousadia e habilidade com papel e lápis, não tem como negar que o jovem esbanja desenvoltura. Zuchi adotou Flores da Cunha como sua cidade do coração, inclusive em diversos trabalhos a cidade é cenário para suas histórias. Natural de Coronel Freitas (SC), residiu em outras lugares, mas desde os 12 anos considera-se florense. Foi aqui que ele aprendeu a desenhar, por meio da observação e troca de ideias com colegas da escola.

O gosto pelos quadrinhos veio por meio de uma coleção de Tex (quadrinho estilo fumetti, famoso no mundo todo) que ele ganhou de um tio ainda na adolescência. A partir de então, o traço do jovem carrega o estilo como referência, em desenhos, em sua maioria, preto e branco, feito em papel com lapiseira, caneta ou tinta.

Hipérbole, em sentido literal, é a ênfase expressiva resultante do exagero da significação linguística. Nos quadrinhos de Zuchi, representa as situações do dia a dia vividas por ele, de forma exagerada. “O personagem criado para este quadrinho sou eu mesmo, e por isso, inseri cenas que acontecem em tiras diversas. Não é uma história única, mas sim uma junção delas com um apelo cômico e, portanto, exagerado”, define o artista.

A construção de uma obra de HQ é longa, pois se inicia com o processo de criação, roteiro, desenhos e cenários, em alguns casos retoques digitais, coloração e impressão. “Como meu trabalho é mais independente, consigo desenvolver a obra mais rapidamente. Mas quando o projeto é coletivo depende da aprovação de muitas pessoas e as finalizações são mais demoradas”, enfatiza. Além dos quadrinhos autorais, o quadrinista faz trabalhos publicitários e ilustrações em geral sob encomenda. Ele costuma participar de feiras de arte para venda direta de suas obras. “Gosto de pensar que um trabalho meu será o primeiro quadrinho de alguém, desde criança até público adulto. Esse é o diferencial do quadrinho, além da leitura, se pratica a leitura visual pelas imagens”, opina.

Comunicativo, ele tem projetos de dar aulas de desenho em Flores da Cunha (estará presente no evento Villarejo, organizado pela Sagu Coletivo, com data a ser divulgada em breve) e tem divulgado seu trabalho nas redes sociais, em forma de vídeos (confira no Facebook e no Instagram @luan.zuchi.

 

Catarinense radicado em Flores da Cunha apresenta a obra ‘Hipérbole’. - Larissa Verdi/O Florense
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