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Novos microempreendedores superam número de 2012 em Flores

Até agosto de 2013, segundo o Sebrae, 446 MEIs foram cadastrados em Flores. Em todo o ano passado foram 310 registros

Flores da Cunha já tem 446 Microempreendedores Individuais (MEI) registrados em 2013, de acordo com dados do ponto de atendimento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O número contabiliza registros feitos até agosto e já é maior do que todo o ano de 2012, quando 310 empresas foram formalizadas. A maior parte é formada por homens, a partir dos 35 anos, da área da prestação de serviços, destacando-se trabalhadores ligados à construção civil.

Quando um trabalhador deixa de ser informal e passa a ser um MEI, adquire um Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), com registro na Receita Federal. Este novo status permite emissão de notas fiscais e facilita relações com bancos, sobretudo quando o assunto for crédito. O microempreendedor precisa ter faturamento anual bruto de até R$ 60 mil, não pode ser sócio ou titular em outra empresa e pode admitir um funcionário, com salário mínimo ou piso da categoria. Acima disso, se caracteriza como micro ou pequena empresa, quando já paga impostos e precisa de um contador.

A agente de atendimento ao empreendedor do Centro Empresarial, Josiane Zoto, explica que quando um trabalhador se torna MEI a mensalidade não passa dos R$ 39,90, valor referente a impostos, que pode ser menor, de acordo com a atividade exercida. Depois de realizado o cadastro, o Sebrae oferece duas assessorias gratuitas, de uma hora cada, que podem ser escolhidas pelo próprio microempreendedor. Quem quiser aperfeiçoar o negócio ainda pode solicitar consultorias e assessorias, a partir de R$ 30. “Ele sai daqui com as informações básicas”, emenda.

Antes de efetuar o cadastro, é preciso ir até a prefeitura para solicitar um alvará. Com a liberação do Executivo, é necessário apresentar CPF, Carteira de Identidade, comprovante de residência e do local onde pretende instalar o negócio e, se a pessoa declara Imposto de Renda, o comprovante da última declaração. O Sebrae realiza o cadastro e emite alvará provisório por 180 dias mas, segundo Josiane, a prefeitura demora cerca de 15 dias para liberar o definitivo. Na hora, o microempreendedor já ganha o boleto para pagamento das mensalidades. Anualmente é preciso comprovar o rendimento bruto ao Sebrae.

O processo para sair da informalidade é realizado no Centro Empresarial, na Rua Ari Koppe, 390, das 7h45min às 11h30min e das 13h15min às 17h30min, de segunda à sexta-feira. Também é possível realizar o cadastro pela internet, no Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br).


Taionara (E), Suelen e Aline (D) têm cadastros junto ao Sebrae e trabalham juntas num salão.

Jovens visionárias e em franca expansão
Quando Suelen Gonçalves tinha 13 anos e decidiu fazer um curso de manicure, seu pai pensou que seria apenas mais um para guardar o certificado na gaveta. Mal sabia ele que este era apenas o primeiro passo de uma carreira que a menina projeta para o futuro. Desde aquele cursinho, a jovem nunca parou de trabalhar na área e hoje, com 17 anos, já é uma microempreendedora individual (MEI).

Há cerca de dois anos ela foi indicada por conhecidos para trabalhar em um salão no Centro de Flores da Cunha, ao lado da massagista Taionara Polesso, 23 anos, e da cabeleireira Aline Leni da Rosa, 24 anos. Foi na metade deste ano que as meninas começaram a se preocupar com as questões previdenciárias. Conversando com algumas pessoas sobre o tema elas souberam que era possível fazer o cadastro de MEI no Sebrae. Hoje, cada uma tem seu registro.

Suelen, roedora de unhas assumida e a mais nova do trio, divide o dia entre a aula, no 3º ano do ensino médio, e o trabalho. Assim que concluir os estudos pretende fazer um curso técnico com o qual consiga conciliar também as atividades no salão, o que por sinal não é pouco. “Há vários salões em Flores e estão sempre cheios. Neste verãozinho que pegou as mulheres desprevenidas, muitas vieram pedir se eu tinha horário para fazer pedicure”, relata.

Outro exemplo de jovem que supera muita gente vivida é o de Deise Cristina Leal, 21 anos. Ela nasceu com o dom da arte e sempre soube o que queria fazer da vida: artes plásticas e artesanato. Não sabia, porém, como poderia se sustentar com este tipo de trabalho. Apesar de atender alguns pedidos de lembrancinhas, por exemplo, sempre teve medo de abandonar o emprego com carteira assinada. Foi por intermédio de uma cunhada – e de muita pesquisa – que ela descobriu o cadastro do microempreendedor individual no Sebrae.

Hoje, o pagamento mensal de R$ 34 lhe dá a segurança que precisava para dar o pontapé inicial no próprio negócio. Além de lembrancinhas, convites e decoração de pequenos eventos, ela dá aulas particulares de pintura em tela, em tecidos e de desenho. Com seis alunos, que são atendidos individualmente, e pedidos que lhe fazem dormir cerca de quatro horas por noite, a jovem já consegue ganhar mais do que nos empregos do comércio e indústria que teve antes. “Quando tem pouco pedido, o que graças a Deus é difícil, eu entrego um e já tem outro”, revela Deise.

A microempreendedora Deise descobriu o dom para o artesanato e também dá aulas de pintura. - Gesiele Lordes
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