Novos capítulos na literatura florense
Biblioteca Pública Municipal Érico Veríssimo, na Casa de Cultura, conta com espaços de uso comum e um acervo com mais de 18 mil obras
Em Flores da Cunha, um único espaço nos permite viajar por mais de 18 mil histórias, conhecer lugares e pessoas, voltar ao passado e imaginar o futuro entre o folhear de uma página e outra. Este lugar mágico é a Biblioteca Pública Municipal Érico Veríssimo. Além de guardar histórias de autores consagrados, o endereço é cenário para escrever novas.
É o caso do zelador de clube, Luis Carlos de Oliveira Azevedo, de 49 anos, que frequenta a biblioteca há tempos e, nos últimos anos, passou a contar com a companhia do filho, Bernardo Nissola Azevedo, de 12 anos. “Eu gosto bastante de ler Érico Veríssimo e Dan Brown. E as obras que compro eu leio e trago aqui depois, não armazeno”, revela o pai. Já as publicações preferidas de Bernardo são as infanto-juvenis: “Eu gosto de ler para passar o tempo, viajar nas histórias, é bem legal. Gosto de Diário de um Banana e As Aventuras do Capitão Cueca”, comenta o jovem, que estuda no 7º ano da Escola São José.
De acordo com Azevedo, sua curiosidade pelo universo da literatura surgiu após os 20 anos de idade e, de lá para cá, foi ganhando novas motivações. “As leituras são boas para ‘livrar’ o Bernardo do celular, das tecnologias. Fora que isso estimula o contato com o livro físico, que é totalmente diferente. Só quem lê e gosta vai entender”, conta, acrescentando que o incentivo ao hábito da leitura faz parte da relação pai-filho e gera, inclusive, disputas: “O Bernado me ganha, ele pega três livros e eu um”, brinca, completando que aprovaram a mudança de local da biblioteca, que deixou o Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi e passou a ocupar a Casa de Cultura Flávio Luis Ferrarini.
“Os novos espaços de uso comum, como as salas de estudo, a brinquedoteca, as ilhas de pesquisas equipadas com computadores e o próprio mobiliário acolhem para uma leitura de estudo e lazer. A comunidade ganha qualidade nas suas pesquisas, tendo em vista os serviços disponíveis. Porém, o ganho maior é a facilidade de acesso à literatura e à cultura”, evidencia a subsecretária de Cultura, Renata Trentin, que reforça: “A era digital facilita o acesso às obras e à pesquisa. Porém, aos apaixonados pela leitura, pelo objeto livro, a biblioteca sempre será um ambiente de interesse comunitário. Algumas pesquisas só podem ser efetivas por meio do livro físico. A biblioteca contribui com ambos os públicos no momento em que oferece acervo físico e pesquisa digital”.
De acordo com a bibliotecária, Claudia Ricini Martins Piva, o novo espaço foi aberto ao público em outubro de 2022 e, desde então, os leitores têm elogiado bastante a estrutura – que permite, inclusive, a realização de eventos – e conta, atualmente, com 18 mil obras. “No período de pandemia ocorreram doações que ainda estão sendo catalogadas. Concluído o processo técnico de registro, teremos um arquivo com mais de 25 mil livros”, destaca, frisando a importância de os leitores devolverem as obras que estão ‘esquecidas’ em suas casas – a biblioteca está com uma campanha em que as publicações podem ser devolvidas sem pagar nenhuma multa – para que outras pessoas possam ter a oportunidade de ler.
Hoje, para retirar um livro, basta ter cadastro na biblioteca, os que não tiverem devem apresentar documento com foto e comprovante de endereço. Nas três primeiras retiradas o leitor pode levar apenas uma obra para casa, mas, a partir da terceira, esse limite sobe para três. Em relação à reserva e renovação de títulos, Claudia informa que, além de presencialmente – de segunda a sexta-feira, das 8h15min às 11h45min e das 13h30min às 18h – os serviços podem ser realizados por ligação ou e-mail pelo (54) 3279 3600, ramal 294, e biblioteca@floresdacunha.rs.gov.br. A bibliotecária adianta, ainda, que a equipe está trabalhando em uma nova plataforma, na qual o serviço online também estará à disposição da comunidade, em breve.
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