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Nove anos para ficar (quase) pronta

Segunda etapa da Casa da Cultura foi inaugurada na quinta-feira, dia 17. Ao todo, a obra teve um custo de mais de R$ 2,6 milhões

As obras da primeira e segunda etapa da Casa da Cultura, após nove anos de trabalhos – entre esses, três de obras paralisadas – foram entregues a comunidade nesta quinta-feira, dia 17. Em ato solene para poucas pessoas, devido às regras de controle do coronavírus, o prefeito Lídio Scortegagna ressaltou que a obra “é um marco na história de Flores da Cunha. Aqui está um espaço público digno, confortável, a ser usufruído por todos. Assim, a cidade estará bem servida também no aspecto cultural”. 
Em nove anos, o investimento para a construção do espaço foi de mais de R$ 2,6 milhões, com dinheiro próprio, emenda parlamentar e Lei de Incentivo à Cultura.
O espaço, que ganhou o nome em homenagem ao escritor florense Flávio Luiz Ferrarini, morto em 2015, possui três pavimentos, incluindo galerias de exposições, a nova Biblioteca Pública Érico Veríssimo, e salas multiuso que abrigarão oficinas de talian, música, dança, teatro, artesanato, canto coral, entre outros.

No segundo andar, funcionará a estrutura da Secretaria Municipal de Educação. O espaço ainda conta com o projeto de um auditório, o qual não foi concluído. A obra deverá ser terminada pela próxima gestão. 

 

Homenagem 

A Câmara de Vereadores de Flores da Cunha aprovou em sessão do dia 18 de setembro de 2017 o projeto de lei que denomina a Casa de Cultura com o nome do escritor e publicitário Flávio Luís Ferrarini, falecido num acidente de trânsito em 2015. O projeto foi de autoria do vereador Moacir Ascari (MDB), que tinha por objetivo homenagear o poeta e cronista Ferrarini, autor de mais de 25 obras, e contribuir para perpetuar seu legado num espaço que será voltado para as artes e a cultura.
A professora Leandra Paula Mascarello, representante do Instituto Flávio Luis Ferrarini, diz que a construção da Casa da Cultura é um sonho que foi realizado. “Cada texto que eu lia escrito pelo Flávio era ele falando para esse momento. Parecia que ele sabia que um dia chegaríamos aqui. E agora temos um novo desafio: colocar vida dentro destas paredes, tornar a cultura mais acessível a todos”, comenta Leandra.

 

Lançamento

A cerimônia de inauguração também marcou o lançamento do livro “A Primeira Semente”, do escritor florense Ivo Gasparin, que conta em forma de romance a trajetória dos imigrantes italianos desde a saída da Itália até a chegada nos Travessões Lagoa Bela e Rondelli. “Eu sou um homem de sorte por lançar um livro exatamente neste dia. Inaugurar uma casa da cultura é como inaugurar um templo”, comentou Gasparin.

 

A longa trajetória da Casa da Cultura

2011

Em novembro de 2011, o prefeito da época, Ernani Heberle, apresenta o projeto de construção da Casa da Cultura. 

2012 - 2015

Em 22 de fevereiro, Ernani Heberle assina o contrato para o início da construção da primeira etapa da Casa da Cultura.
A obra foi embargada pela prefeitura porque a empresa responsável não estava seguindo o projeto proposto. A construção da primeira etapa inicia, de fato, em 2014 com um orçamento de R$ 887,5 mil da União, por meio de uma emenda parlamentar do deputado federal Pepe Vargas (PT), e R$ 62,2 mil da prefeitura. 

2016

Desde que foi finalizada a parte estrutural do projeto, no mês de dezembro, as obras pararam.

2018

Foi dada continuidade da obra e lançada a segunda etapa. Na primeira fase da segunda etapa, foram utilizados recursos próprios do município no valor de R$ 424 mil. Os serviços de alvenarias, coberturas, revestimentos, instalações hidrossanitárias, impermeabilização dos terraços e limpeza foram contemplados nesta etapa.

2020

Em 8 de janeiro, foi lançada a segunda e última etapa da segunda fase. O investimento desta etapa é de R$ 1.309.024,27, sendo R$ 319.625,02 provenientes do município e R$ 989.399,25 através da Lei de Incentivo à Cultura. 
Em 17 de dezembro, é inaugurada a primeira parte, deixando a última parte da Casa da Cultura para o próximo gestor. 

Durante o descerramento da placa, o CEO da Florense, Mateus  Corradi; o diretor comercial da Hidrover, Ricardo Archilla; o prefeito  Lídio Scortetgagna; o presidente da Câmara de Vereadores, João Paulo Tonin Carpeggiani; e o gerente de vendas da Mineração  Florense, Ismael Cecconello.  - Pedro Henrique dos Santos
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