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Andrei Vezzaro, 28 anos, formado em Agronomia, reside no Travessão Divisa, em Nova Pádua, e, na terra de sua família, resolveu se aventurar. 
Vezarro trabalhava com assessoria técnica para produtores de uva no projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) que era executado pelo Ibravin até 2019. Com a descontinuidade do projeto, no final do ano passado, resolveu iniciar um cultivo novo na propriedade: o de brócolis. “Sempre ajudei meus pais, mas queria algo para me dedicar. Fiquei na dúvida do que plantar, mas queria uma cultura rápida. Conversei com amigos agricultores e então resolvi plantar brócolis”, conta Vezzaro.
A ideia começou a sair do papel em novembro de 2019, quando Andrei começou a trabalhar na terra para realizar o plantio. “Ajeitei 1,4 hectare. Mas, no início do ano tive que parar para ajudar na safra da uva. Então retornei em março e comprei as mudas. Foram 30 mil pés”, declara o jovem que enfatiza que todos o chamaram de louco. “Do nada virei o maior produtor de brócolis de Nova Pádua”.
Sempre com alegria nos olhos e amor à terra, Vezzaro começou a mostrar o trabalho que estava desenvolvendo com o plantio dos brócolis nas redes sociais, e começou a fazer uma analogia com os dias de quarentena, onde ele declara: “não parei um minuto, trabalhei mais que o normal”. 
No dia 19 de março foi o primeiro dia anunciado por ele. Nesse momento, ele ainda estava arando a terra para realizar o plantio. Agora, a safra acabou, mas foram mais de 120 dias postando uma foto por dia. “Minha ideia é fazer um vídeo com as fotos mostrando a evolução da lavoura. Estou muito orgulhoso do meu trabalho, mesmo sabendo que alguns pontos terão que melhorar para o próximo ano”, diz. Mas, uma coisa a quarentena fez Andrei refletir: o valor do trabalho e as belas paisagens que ele pode desfrutar todos os dias no interior de Nova Pádua. “Me dá alegria de continuar aqui. Agora valorizo o lugar onde vivo”.
Agora, com a safra colhida e destinada para venda, Vezarro colocará tudo no papel para calcular seus gastos e receitas e ter uma estimativa da sua safra. “Ainda não sei se vou ter lucro, na prática é bem diferente”. 
Conforme Vezzaro, a única dificuldade que ele teve foi na colheita. “Como plantei muitas mudas, a maioria ficou pronta no mesmo dia, e estávamos em quatro pessoas para colher. É um trabalho muito delicado. É preciso passar um por um e ver se está com o peso e medidas aproximadas para venda”, ressalta. E para facilitar, Vezarro também se aliou à tecnologia. “Através de um aplicativo, consigo ter parâmetros para o que é rotineiro, além de me auxiliar no caderno de campo”, finaliza.