Nova Zelândia: Um lugar para se apaixonar
Há pouco mais de um ano, Sabrina Gnoatto Bortoluzzi está vivendo na cidade de Auckland
No fim de agosto de 2022, faltando apenas um semestre para concluir sua graduação em Bacharel em Administração, a florense, Sabrina Gnoatto Bortoluzzi, decidiu pegar suas malas e seguir seus sonhos em um novo país: a Nova Zelândia.
De acordo com a jovem, hoje com 28 anos, a motivação veio da rotina cansativa no Brasil, associada a vontade de aprender um novo idioma e ter a experiência de ‘se virar’ sozinha. Razões que a levaram a pesquisar um destino e se encantar pelo contraste gigantesco de lugares que a Nova Zelândia possui, como praia, montanha, calor, neve, vulcões e parques. “Optei por esse país, primeiramente, por causa do visto, Working Holiday. Esse tipo de visto, em específico, só existe para quatro países que tem acordo com o Brasil: Nova Zelândia, França, Alemanha e no ano passado abriu pra Austrália também. Na época que apliquei, ainda não tinha para a Austrália, então decidi pela Nova Zelândia”, relata Sabrina, que explica que o Working Holiday é um visto de férias e trabalho que permite morar legalmente no país por até um ano. “Posso estudar por seis meses e trabalhar sem limite de horas e até ter mais de um emprego ao mesmo tempo”, revela.
Atualmente, a florense está vivendo na cidade de Auckland, a maior do país, localizada na ilha Norte da Nova Zelândia e que conta com cerca de 1,5 milhão de habitantes. “Para quem era acostumada com Flores da Cunha, com pouco mais de 30 mil habitantes, morar aqui é bem desafiador. Nas primeiras semanas eu estranhei bastante porque, como em toda a cidade grande, tem barulho, trânsito caótico, muitos prédios, mas mesmo assim tem muitas opções de parques, muitas praias por perto, muitos lugares para se visitar, aqui acontecem grandes shows. Aliás, tudo o que acontece no país passa por Auckland, e isso é muito legal”, relata, informando que a cidade é supertranquila e que as pessoas podem sair à noite, sozinhas, e utilizar o transporte público sem se preocupar.
Apesar do lado bom de Auckland, os primeiros dois meses de Sabrina não foram tão fáceis, ela precisou lidar com a saudade de casa, da família, dos amigos e de seu pet, teve que aprender a conviver com pessoas que não conhecia, culinária diferente da brasileira, e claro, se comunicar em outra língua. Quanto ao trabalho, a jovem conseguiu um emprego de cleaner de obra (faxineira de prédios/obras em construção) ainda na segunda semana, e um mês e meio depois surgiu uma vaga de assistente de escritório, na qual trabalha até os dias de hoje.
Em relação às diferenças entre Brasil e Nova Zelândia, Sabrina explica que a lista é grande, mas que a maior delas está na qualidade de vida: “É um país muito seguro, as pessoas têm um grande poder de compra, devido também ao salário mínimo da Nova Zelândia ser um dos mais altos do mundo, hoje está em NZ$ 22,70 por hora de serviço. Aqui a gente recebe o salário por semana e também paga as contas semanalmente, como aluguel, água e luz, por exemplo”. Outro aspecto citado é o fato de o país não ter muitas comidas típicas e sim restaurantes com comidas de todos os lugares do mundo; de os neozelandeses serem mais reservados que os brasileiros, e; de o trânsito ser de mão inglesa.
O lado ruim de viver neste país, para a florense, é a instabilidade do tempo. “Aqui faz as quatro estações no mesmo dia, chove quase todos os dias e venta demais. Cabelo arrumado? Esquece!”, brica, ao mesmo tempo em que diz que pretende voltar para Flores da Cunha porque ser filha de longe e amiga virtual não é uma tarefa fácil. “Eu só estou aqui ainda porque meu visto foi estendido em alguns meses, então tenho até início de 2024 para ficar. Depois disso, ainda posso trocar o meu visto atual por um de trabalho permanente que muitas empresas oferecem aqui, por ser um país que precisa muito de mão de obra. Se esse for o caso, me dá o direito de permanecer aqui por até cinco anos”, informa.
Aos que desejam morar em outro país, a florense deixa um recado: “Vai dar medo, insegurança, a gente sempre acha que não está preparado o suficiente, mas mesmo assim, se você realmente quiser e for o seu sonho, vai! Vai com medo mesmo e com todas as suas inseguranças. Pode dar errado, mas pode dar muito certo também. A gente só vai saber se tentar”, evidencia.
Para os que pensam em ir para Nova Zelândia, Sabrina revela que apesar de ser um país distante, ele é, sem dúvidas, um dos mais lindos do mundo e deixa como dica para as pessoas conhecerem sua cidade favorita: “Queenstown, ela fica na ilha Sul, possui cerca de 20 mil habitantes, pequena, charmosa, com muitos atrativos. É uma cidade que recebe muitos turistas todos os anos, tem montanhas lindíssimas que no inverno se transformam em estações de esqui. E para quem gosta de esportes radicais, Queenstown é a capital mundial, além de esqui tem também snowboarding, bungee jump, rafting, jet boat, paragliding e muito mais. Vale cada hora de voo!”, finaliza.
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