Nova tentativa em prol das câmeras
Prefeitura e Consepro tentam implantar sistema de monitoramento
O Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro) de Flores da Cunha continua em busca da instalação de um sistema de câmeras de segurança no município – uma reivindicação histórica da sociedade. Em reunião realizada no dia 1º, foram organizadas visitas em municípios que possuem um sistema de monitoramento, como é o caso de São Marcos. Nos próximos dias uma nova reunião será marcada com o poder público e entidades para avançar com o projeto, contando com os resultados obtidos nessas visitas.
Há dois anos o Consepro iniciou estudos e levantamentos para a instalação de um sistema de câmeras de vigilância em Flores da Cunha. Porém, por falta de adesão dos comerciantes e do empresariado, o projeto não avançou. Em São Marcos, 16 equipamentos foram instalados em fevereiro deste ano e cobrem todo a área urbana do município. Segundo o prefeito Evandro Balardin (PMDB), pequenos furtos e delitos diminuíram depois da presença das câmeras nas ruas. No caso de São Marcos, os equipamentos são mantidos por um convênio com empresas e a prefeitura.
Na reunião realizada na sexta-feira, o prefeito florense Ernani Heberle (PDT) apresentou um projeto para o presidente do Consepro, Daniel Gavazzoni, para o comandante da Brigada Militar, capitão Juliano Amaral, e para a delegada da Polícia Civil, Aline Martinelli. Gavazzoni destaca que as câmeras devem sim ser instaladas em Flores da Cunha. O próximo passo será definir um roteiro com entidades, como o Centro Empresarial, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e o Sindicado dos Trabalhadores Rurais (STR) de Flores e Nova Pádua. O objetivo é, desta vez, é fazer com que o projeto tenha um andamento. “Vamos estudar como será o funcionamento, a implantação e também os custos”, explica Gavazzoni.
De acordo com Heberle, a próxima etapa do processo também será importante para discutir a implantação. “A administração municipal está preocupada com a falta de segurança e está buscando auxiliar as polícias”, disse o prefeito. Na visita em São Marcos, acompanharam o prefeito o chefe de gabinete Tiago Ilha e o procurador-geral Micael Meurer. O prefeito de Antônio Prado, Marcos Scopel (PMDB), também buscou informações para levar a ideia para o seu município.
Em Flores, as câmeras devem ser instaladas primeiramente em locais onde a abrangência visual é maior, como os principais acessos do município e praças. A data da próxima reunião ainda não foi definida.
Implantação do monitoramento: uma longa discussão
Apesar dos inúmeros pedidos de diversas autoridades da área de segurança, e promessas de alguns políticos, o processo de instalação de câmeras de vídeos em Flores da Cunha nunca evoluiu. O estudo para implantação do sistema começou a ser feito no segundo semestre de 2002, quando o município registrou uma crescente onda de crimes, inclusive com sequestro de duas crianças. No dia 12 de outubro daquele ano, técnicos da Mundial Sistemas Integrados de Segurança estiveram reunidos com o então prefeito, Heleno Oliboni (PDT), para realizar um levantamento do local para instalação e formalizar uma proposta. Na ocasião, Oliboni declarou que pretendia ver as câmeras funcionando já no início de 2003. A proposta dependia de viabilidade financeira e de projeto de lei. No entanto, nenhuma proposição deu entrada na Câmara.
Em janeiro de 2003, um novo encontro sobre o tema segurança foi organizado.
Novamente propostas como criação da Guarda Municipal, construção de casas a policiais, aumento de efetivo da BM, repasse de verbas e instalação de câmeras de vídeo voltaram a ser os assuntos debatidos. Na época, o promotor Stéfano Lobato Kaltbach disse ser de fundamental importância a implantação do sistema de monitoramento, o que possibilitaria a identificação de pessoas e veículos. Meses depois, Oliboni admitiu que novas empresas ofereceram o serviço e que o processo estava em fase de licitação. No entanto, passados quase dois anos do anúncio da instalação, que teria um custo estimado de R$ 130 mil por três câmeras, no final de junho de 2004 o projeto foi abortado. O motivo alegado pelo prefeito que estava em seu segundo mandato consecutivo teria sido a redução de receita pela não aprovação do projeto de Contribuição sobre Iluminação Pública (CIP), que previa uma arrecadação de R$ 500 mil anuais.
Dois anos mais tarde, na administração do prefeito Renato Cavagnoli (PMDB), o projeto de monitoramento eletrônico voltou a ser discutido. Um equipamento chegou a ser instalado na área central de forma experimental. O aparelho era monitorado a partir de um monitor instalado no Museu Municipal. O projeto vinha sendo debatido pela CDL, Consepro, entidades e prefeitura, mas, mais uma vez, a vigilância por câmeras de vídeo não passou de sonho. Para não dizer que o projeto foi totalmente esquecido, em abril de 2009, na administração do atual prefeito Ernani Heberle (PDT), o então comandante da BM, capitão Pedro Alexander Beron da Cunha, defendeu na tribuna da Câmara de Vereadores a instalação dos equipamentos na área central da cidade.
Como é em São Marcos
Depois de quase um ano de estudo e busca por informações em outros municípios, a prefeitura de São Marcos, em parceria com a Brigada Militar e entidades locais, colocou em prática uma das medidas com o objetivo de reduzir o alto índice de delitos que vinham ocorrendo na cidade. No dia 10 de fevereiro deste ano foi inaugurado o monitoramento das vias públicas, com o intuito de reduzir os índices de criminalidade e oferecendo assim, mais segurança para a população.
A instalação dos equipamentos em pontos estratégicos da cidade foi a solução imediata e de efeito rápido que o prefeito Evandro Balardin (PMDB) encontrou para dar maior segurança aos 20 mil moradores do município diante da rotina de roubos, assaltos e bagunça que ocorriam quase que diariamente na cidade. O sistema implantado pela Atlantis Tecnologia, em forma de comodato, tem custo médio de R$ 1,3 mil por câmera, incluindo a instalação da rede de comunicação de fibra ótica e manutenção. Para instalação dos aparelhos, a prefeitura investiu cerca de R$ 35 mil com reformas do quartel da BM, onde também funciona a Central de Operação. O projeto conta com apoio da Associação Comercial, Industrial e de Serviços da cidade (ACIS), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Mitra Diocesana, Hospital São João Bosco e de um grupo de empresários. Cada uma das entidades garante o aluguel de uma câmera por mês, e a prefeitura banca 11 equipamentos. Ao final de cinco anos o patrimônio passará a ser todo do município.
Entre as vantagens do sistema, estão a otimização do uso das viaturas, reduzindo significativamente os custos com o policiamento ostensivo, funcionando 24 horas na cidade. Além disso, as câmeras auxiliam os policiais nas perseguições a criminosos e veículos, proporcionam maior rapidez nas situações de emergência com suspeitos de ações delituosas e evitam ações criminosas por meio de abordagens preventivas.
Há dois anos o Consepro iniciou estudos e levantamentos para a instalação de um sistema de câmeras de vigilância em Flores da Cunha. Porém, por falta de adesão dos comerciantes e do empresariado, o projeto não avançou. Em São Marcos, 16 equipamentos foram instalados em fevereiro deste ano e cobrem todo a área urbana do município. Segundo o prefeito Evandro Balardin (PMDB), pequenos furtos e delitos diminuíram depois da presença das câmeras nas ruas. No caso de São Marcos, os equipamentos são mantidos por um convênio com empresas e a prefeitura.
Na reunião realizada na sexta-feira, o prefeito florense Ernani Heberle (PDT) apresentou um projeto para o presidente do Consepro, Daniel Gavazzoni, para o comandante da Brigada Militar, capitão Juliano Amaral, e para a delegada da Polícia Civil, Aline Martinelli. Gavazzoni destaca que as câmeras devem sim ser instaladas em Flores da Cunha. O próximo passo será definir um roteiro com entidades, como o Centro Empresarial, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e o Sindicado dos Trabalhadores Rurais (STR) de Flores e Nova Pádua. O objetivo é, desta vez, é fazer com que o projeto tenha um andamento. “Vamos estudar como será o funcionamento, a implantação e também os custos”, explica Gavazzoni.
De acordo com Heberle, a próxima etapa do processo também será importante para discutir a implantação. “A administração municipal está preocupada com a falta de segurança e está buscando auxiliar as polícias”, disse o prefeito. Na visita em São Marcos, acompanharam o prefeito o chefe de gabinete Tiago Ilha e o procurador-geral Micael Meurer. O prefeito de Antônio Prado, Marcos Scopel (PMDB), também buscou informações para levar a ideia para o seu município.
Em Flores, as câmeras devem ser instaladas primeiramente em locais onde a abrangência visual é maior, como os principais acessos do município e praças. A data da próxima reunião ainda não foi definida.
Implantação do monitoramento: uma longa discussão
Apesar dos inúmeros pedidos de diversas autoridades da área de segurança, e promessas de alguns políticos, o processo de instalação de câmeras de vídeos em Flores da Cunha nunca evoluiu. O estudo para implantação do sistema começou a ser feito no segundo semestre de 2002, quando o município registrou uma crescente onda de crimes, inclusive com sequestro de duas crianças. No dia 12 de outubro daquele ano, técnicos da Mundial Sistemas Integrados de Segurança estiveram reunidos com o então prefeito, Heleno Oliboni (PDT), para realizar um levantamento do local para instalação e formalizar uma proposta. Na ocasião, Oliboni declarou que pretendia ver as câmeras funcionando já no início de 2003. A proposta dependia de viabilidade financeira e de projeto de lei. No entanto, nenhuma proposição deu entrada na Câmara.
Em janeiro de 2003, um novo encontro sobre o tema segurança foi organizado.
Novamente propostas como criação da Guarda Municipal, construção de casas a policiais, aumento de efetivo da BM, repasse de verbas e instalação de câmeras de vídeo voltaram a ser os assuntos debatidos. Na época, o promotor Stéfano Lobato Kaltbach disse ser de fundamental importância a implantação do sistema de monitoramento, o que possibilitaria a identificação de pessoas e veículos. Meses depois, Oliboni admitiu que novas empresas ofereceram o serviço e que o processo estava em fase de licitação. No entanto, passados quase dois anos do anúncio da instalação, que teria um custo estimado de R$ 130 mil por três câmeras, no final de junho de 2004 o projeto foi abortado. O motivo alegado pelo prefeito que estava em seu segundo mandato consecutivo teria sido a redução de receita pela não aprovação do projeto de Contribuição sobre Iluminação Pública (CIP), que previa uma arrecadação de R$ 500 mil anuais.
Dois anos mais tarde, na administração do prefeito Renato Cavagnoli (PMDB), o projeto de monitoramento eletrônico voltou a ser discutido. Um equipamento chegou a ser instalado na área central de forma experimental. O aparelho era monitorado a partir de um monitor instalado no Museu Municipal. O projeto vinha sendo debatido pela CDL, Consepro, entidades e prefeitura, mas, mais uma vez, a vigilância por câmeras de vídeo não passou de sonho. Para não dizer que o projeto foi totalmente esquecido, em abril de 2009, na administração do atual prefeito Ernani Heberle (PDT), o então comandante da BM, capitão Pedro Alexander Beron da Cunha, defendeu na tribuna da Câmara de Vereadores a instalação dos equipamentos na área central da cidade.
Como é em São Marcos
Depois de quase um ano de estudo e busca por informações em outros municípios, a prefeitura de São Marcos, em parceria com a Brigada Militar e entidades locais, colocou em prática uma das medidas com o objetivo de reduzir o alto índice de delitos que vinham ocorrendo na cidade. No dia 10 de fevereiro deste ano foi inaugurado o monitoramento das vias públicas, com o intuito de reduzir os índices de criminalidade e oferecendo assim, mais segurança para a população.
A instalação dos equipamentos em pontos estratégicos da cidade foi a solução imediata e de efeito rápido que o prefeito Evandro Balardin (PMDB) encontrou para dar maior segurança aos 20 mil moradores do município diante da rotina de roubos, assaltos e bagunça que ocorriam quase que diariamente na cidade. O sistema implantado pela Atlantis Tecnologia, em forma de comodato, tem custo médio de R$ 1,3 mil por câmera, incluindo a instalação da rede de comunicação de fibra ótica e manutenção. Para instalação dos aparelhos, a prefeitura investiu cerca de R$ 35 mil com reformas do quartel da BM, onde também funciona a Central de Operação. O projeto conta com apoio da Associação Comercial, Industrial e de Serviços da cidade (ACIS), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Mitra Diocesana, Hospital São João Bosco e de um grupo de empresários. Cada uma das entidades garante o aluguel de uma câmera por mês, e a prefeitura banca 11 equipamentos. Ao final de cinco anos o patrimônio passará a ser todo do município.
Entre as vantagens do sistema, estão a otimização do uso das viaturas, reduzindo significativamente os custos com o policiamento ostensivo, funcionando 24 horas na cidade. Além disso, as câmeras auxiliam os policiais nas perseguições a criminosos e veículos, proporcionam maior rapidez nas situações de emergência com suspeitos de ações delituosas e evitam ações criminosas por meio de abordagens preventivas.
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