Geral

Não há previsão para obras no Arroio Curuzu

Após fortes chuvas em fevereiro, estrutura da galeria pode estar comprometida. Prefeitura deve realizar avaliação em setembro

A prefeitura de Flores da Cunha avalia uma ação urgente na galeria do Arroio Curuzu, que atravessa São Cristóvão e a Avenida 25 de Julho, no Acesso Sul do município. Após a enxurrada que derrubou parte da galeria na Rua Luiz Zanandréa, a qual permanece interditada, um declive na Avenida está chamando a atenção do poder público e da população. O ‘degrau’ pode ser apenas um afastamento da pista ou indicar que a galeria subterrânea que cruza a via está com problemas de infiltração e, consequentemente, comprometida, assim como ocorreu próximo dali. A prefeitura pretende inspecionar o local em setembro, porém, obras efetivas devem ficar para o próximo ano – e prefeito (a).

Diversos locais tiveram problemas com alagamento neste ano em Flores da Cunha, mas o principal deles foi registrado na comunidade de São Cristóvão, quando o Arroio Curuzu inundou a Avenida, causando inclusive uma morte (a do taxista Olásio Minetto, 57 anos, que caiu no córrego com o carro que dirigia). Obras de infraestrutura têm um alto valor de investimento, por isso, parte da galeria do Arroio, que desabou e interditou a Rua Luiz Zanandréa, ainda não foi refeita, argumenta o prefeito Ernani Heberle (PDT).

Quem passa pela 25 de Julho, de carro, moto, caminhão, ônibus ou bicicleta, sente um declive acentuado que estaria aumentando em frente à antiga empresa Iraí. Na última sessão da Câmara de Vereadores florense, no dia 27, o vereador Moacir Ascari (PMDB), o Fera, lembrou da indicação feita ao prefeito Heberle para a utilização do Fundo Municipal do Turismo, Indústria, Comércio e Serviços, com saldo superior a R$ 1,1 milhão, para obras no Curuzu e na Avenida – considerado o principal acesso do município com a ERS-122. O líder de governo, Osmar Doro (PDT), adiantou que o trabalho não tem previsão ou prazo para ocorrer.

O secretário de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito, Paulo Ribeiro, prevê uma inspeção na galeria subterrânea com engenheiros e técnicos para fazer um levantamento da situação da estrutura. Com as chuvas dos últimos dias o trabalho foi postergado. “Reunimos os equipamentos necessários para a travessia, porém, com as últimas chuvas o Arroio voltou a encher. Vamos esperar o nível baixar para podermos realizar a avaliação. O fato é que o local precisa de uma obra definitiva, não pode ser algo remediado. Assim como pode ser um deslocamento da pista, a galeria pode também estar comprometida”, avalia Ribeiro, referindo-se ao ‘degrau’.

De acordo com o prefeito de Flores da Cunha, esta é uma obra inevitável e urgente, porém, será uma “herança para a próxima administração”. Heberle busca recursos em Brasília, mas enfatiza que a ação não estava prevista, por isso não há verbas específicas. A utilização do Fundo Municipal ainda não foi discutida junto aos integrantes do Conselho Municipal de Turismo, Indústria, Comércio e Serviços. “O dinheiro que está no Fundo teria outro caráter de investimento, e isso tudo precisa ser discutido com os conselheiros. As obras do Arroio Curuzu já estão paradas por falta de verbas. Sabemos que as mudanças para evitar esses alagamentos são urgentes, teremos que abrir para ver qual é o problema. Provavelmente é uma infiltração ao lado da galeria, a exemplo do que ocorreu na parte que ruiu. A galeria também precisa ser mais larga para aumentar a vazão da água”, avalia Heberle.

A presidente do Conselho Municipal de Turismo, Indústria, Comércio e Serviços, Eroni Mazzocchi Koppe, enfatiza que o assunto não chegou até ela nem foi discutido pelos demais integrantes, e por isso prefere não se manifestar em nome do grupo.

'Degrau' na Avenida é monitorado pela prefeitura; suspeita é de infiltração. - NaHora/Antonio Coloda
Compartilhe esta notícia:

Outras Notícias:

0 Comentários

Deixe o Seu Comentário