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A florense Juh Manosso toca instrumentos desde que se conhece por gente - “ou até antes disso”, como costuma brincar. Ela tem apenas 14 anos de idade, mas uma relação com a música que já dura mais de uma década: com quatro anos, seus dedos já pulavam nas teclas do piano. Hoje, as mesmas mãos escreveram a letra de “Eu te amo, mas…”, música que será lançada no Dia dos Namorados, em plataformas digitais como Deezer, Spotify e Youtube.
Seus dedos de fato não param: além do piano, tocam violão e ukelele. “Eu nem sabia direito viver, mas estava tocando, batucando, cantando, o que eu faço até hoje”, diz a jovem artista, que procura adicionar sons em tudo, até nos trabalhos de escola: “Eu vivo disso aqui. Faço tudo com música”. E não só os instrumentos são muitos, mas também as línguas: Juh canta em português, inglês e italiano.
A maior parte do tempo a menina passa em seu quarto de música, cujas paredes são enfeitadas por notas musicais. “Eu fico quase 24h aqui dentro. Nas férias, a minha mãe me pedia para eu sair um pouco, porque eu só ficava aqui. No meu quarto, só vou para dormir”, conta Juh. Lá, costuma estudar, tocar e gravar músicas de suas artistas preferidas: Ariana Grande, Kate Perry, Demi Lovato e Olivia Rodrigo.
Muitos desses covers são compartilhados em seu canal do Youtube (Juh Manosso), onde já tem mais de mil inscritos - no Instagram (@juhmanosso), são 10 mil seguidores e no Tik Tok (@juhmanosso_) cerca de 160 mil. “No início, eu era zoada na escola porque fazia umas caretas enquanto cantava. Mas quem não faz caretas quando canta?”, brinca a cantora, que hoje não liga mais para esse tipo de comentário: “Eu entendi que posso gravar da maneira que eu gosto e ninguém tem que opinar sobre isso. Foi um amadurecimento e, gradativamente, foi aumentando a confiança para gravar os vídeos”. 
Tal amadurecimento influenciou seus fones de ouvido, que hoje tocam artistas consagrados da MPB como Chico Buarque, Elis Regina e Vinícius de Moraes. Mas no seu quarto de música, também há espaço para canções autorais: são mais de 50 já escritas. “Quando estou triste, o que eu vou fazer? Escrever músicas. Quando estou feliz, também. Aqui é meu lugar, onde eu entro e vêm as inspirações”, revela Juh.
A inspiração de “Eu te amo, mas”, sua mais recente composição, veio dos amigos, que lidam com as incertezas típicas dos romances adolescentes. “Comecei a olhar as pessoas da minha idade e quis escrever algo com que elas se identifiquem. Como eu ainda não passo por isso, coloquei os sentimentos das outras pessoas dentro da minha música. Esse “mas” é um porém, que mostra que ainda não há explicação para esse sentimento”, explica a artista sobre a música que ganhou até um clipe, gravado em meio à natureza.
Mas na relação de Juh com a música, no entanto, não há poréns. É isto que ela deseja para o seu futuro: unir as pessoas através de suas canções. “Onde tem música, todo mundo se junta para curtir. Quando eu vi que conseguia conectar pessoas com a música, eu senti que era isso o que eu queria fazer”, encerra a jovem artista, cuja ligação umbilical com a arte ainda terá muitas décadas pela frente.