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Museu recebe bailarinas e noivas

Mostra de artistas locais encerra o ciclo de exposições deste ano em Flores da Cunha

Em sua primeira exposição individual, a artista Alessandra Pauletti, 34 anos, apresenta 12 obras em acrílico sobre tela, massa acrílica e carvão. Com a intenção de expressar o belo e sensibilizar o olhar do observador, a artista apresenta a série Bailarinas e uma Percepção. A mostra permanece no Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi, em Flores da Cunha, a partir de segunda-feira, dia 16, e pode ser conferida até 10 de janeiro.

Alessandra é natural de São Paulo, mas tem raízes em Nova Pádua, onde mora desde os nove anos de idade. Inspirada pelo artesanato que a mãe fazia em crochê, tricô e pintura em tecido, Alessandra despertou aos 13 anos para a pintura em panos de prato e logo agradou o olhar de quem conhecia o seus traços. “Ainda era algo experimental e as pessoas adoravam. Mas eu dizia: Não sou artista, pinto panos de prato”, conta ela.

Aos 24 anos a fase da pintura voltou com força na vida de Alessandra, que já dividia o tempo dedicado à arte com a família e deveres de mãe e esposa. “Eu senti vontade de pintar, de me envolver mais e busquei conhecimento com um curso da Dalva Belló, uma inspiração em pessoa”, descreve a artista, que começou com três cores primárias e uma tela e viu que deu certo o experimento. “Passei anos desenvolvendo a técnica, testando novos materiais e desenhando por observação”, revela.

Com a maturidade vieram as novas ideias e o trabalho resultado dos estudos autodidatas e de cursos. Hoje Alessandra contabiliza oito anos de experiência e trabalhos variados na pintura. “Se questionada quantas telas já pintei, perdi a conta. Produzi trabalhos para amigos, para a minha casa, diversos foram comercializados ou feitos sob encomenda”, destaca.

A produção Bailarinas e uma Percepção, partiu de questionamentos feitos pela artista sobre a própria trajetória onde ela voltou o pensamento à infância. “Voltei aos meus cinco anos, quando frequentava aulas de balé. Foi uma época difícil, quando passei a entender que por mais que a magia da dança, a delicadeza dos passos e o amarrar da sapatilha eram fascinantes, eu tinha minhas limitações. As telas simbolizam aquele e este momento, onde o processo envolve persistência e dedicação”, descreve.

Conforme Alessandra, a exposição pretende fazer sentido para o observador, determinando uma intrínseca vontade de transformação. Uma relação entre sentimentos vividos e a possível representação por meio de uma percepção. “As telas foram produzidas nas madrugadas e tempos em que eu me perdia nelas. Não pude deixar de lado meu papel de mãe e esposa; as produzi com muita verdade”, confidencia.

Matrimônio
Paralelo à exposição Bailarinas, o fotógrafo Fábio Rosa apresenta a série Para Sempre. As imagens retratam noivas em produções inéditas desenvolvidas pelo fotógrafo e seus parceiros. Conforme o idealizador o objetivo é retratar a durabilidade das relações e a real intencionalidade do matrimônio. “O casamento com a pessoa amada é com desejos de que dure para sempre, é o que retratei”. frisa.

O horário de visitação de ambos os trabalhos é de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min e das 13h às 17h30min. As obras de Alessandra estarão à venda no Museu (período de exposição) ou pelo e-mail alepauletti@hotmail.com e pelo telefone (54) 3296.1260.
Produção de Alessandra Pauletti partiu de questionamentos feitos sobre sua trajetória, com pensamento voltado à infância. - Larissa Verdi
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