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Muito além da simplicidade: conheça quem foi Irmã Maria Bernarda

Fé, dedicação, cuidado, humildade, amor ao próximo e ao próprio Jesus, são apenas algumas das inúmeras marcas que a religiosa deixou na comunidade florense e em todos que a conheceram

Na manhã do dia 24 de julho, a cidade de Flores da Cunha foi surpreendida pela triste notícia do falecimento de Giuditta Franca Maria Cursano, mais conhecida como Irmã Maria Bernarda, com 92 anos, uma das primeiras fundadoras do Mosteiro das Irmãs Clarissas no município. Há vários dias a religiosa estava internada no Hospital da Unimed, em Caxias do Sul, e acabou falecendo vítima de causas naturais. Seu corpo foi velado na capela do Mosteiro Nossa Senhora do Brasil, e reuniu centenas de florenses. Após, a religiosa foi sepultada no cemitério das Irmãs Clarissas.
Sua simplicidade, carinho, dedicação, amor ao próximo e seu testemunho vivo será sempre lembrado por todos que, em algum momento, a conheceram. Giuditta Franca Maria Cursano nasceu no dia 11 de setembro de 1930, na cidade de Prátola Pelinha, na região de Abruzzo, na Itália. Após graduar-se em Direito, aos 32 anos, Giuditta entrou no Mosteiro e passou a se chamar Irmã Maria Bernarda de Cristo Rei. 
Dezessete anos depois, o Ministro Geral da Ordem dos Capuchinhos, Frei Pascoal Rywalski visitou o Capítulo das Esteiras no Rio Grande do Sul, e constatou que a Província Capuchinha era florescente e rica em atividades, por esse motivo sugeriu a presença de irmãs contemplativas, orantes por vocação. Diante desta ideia, o Ministro Provincial, Don Ângelo Salvador, logo pediu auxílio à Federação Italiana e a Irmã Maria Bernarda se colocou prontamente à disposição. Assim, no dia 21 de janeiro de 1979, Ir. Bernarda e outras quatro religiosas chegaram ao Brasil. 
Como as obras do atual mosteiro estavam apenas iniciando – sua inauguração ocorreu em 8 de dezembro de 1981 – as religiosas precisaram morar, em uma pequena casa em uma chácara, oferecida pelas Irmãs de São José, em Caxias do Sul. Menos de 20 anos depois, Ir. Bernarda trocaria o Sul pelo Norte do Brasil, mas levaria em sua bagagem a fé que só se fortalecia ano após ano. A convite do Bispo de Macapá, ela acompanhou a construção do Mosteiro dedicado a Santa Verônica Giuliani, na cidade de Macapá, no Amapá, onde viveu por alguns anos. 
A religiosa retornou para Flores da Cunha no fim de 2014 e cinco anos depois, em 2019, quando completou 89 anos, foi agraciada pela Câmara de Vereadores de Flores da Cunha com o título de Cidadã Florense. Uma pequena homenagem para quem tanto fez por nosso município.

Quem foi Irmã Maria Bernarda?

Quem conheceu a religiosa certamente irá lembrar de sua simplicidade, dedicação, seu carinho com o próximo e, claro, seu grande amor por Jesus. Uma das marcas registradas da Irmã foi, sem dúvidas, sua grande preocupação com a oração. Apesar das adversidades da idade, Ir. Maria Bernarda não queria perder nenhum momento de oração comunitária: “Às vezes ela não estava tão bem, a Madre dizia: ‘se a senhora não se sente tão bem pode ficar dormindo’, ‘pode descansar se sente que precisa’, respeitando os limites dela, da idade. Mas ela pegava o andador dela e já estava lá. Se, por acaso, ela não se sentisse bem, e a gente não chamava, ou se ela não escutava o sino, porque tinha problema de audição, ela ficava chateada”, lembra Ir. Maria Inês, que há 14 anos está no Mosteiro Nossa Senhora do Brasil. “Ela sempre tinha esse compromisso de interseção, quando chegavam as pessoas, ela pegava o papel e a caneta para anotar os nomes e as intenções, depois chegava na hora do terço, já desdobrava os papeizinhos e olhava as anotações, todas com os nomes das pessoas”, relata Ir. Maria Inês.
A religiosa também estava sempre preparada para receber quem quer que a procurasse e buscava acolher a todos da melhor forma possível. “É difícil descrever em palavras, mas ela sabia, na personalidade dela, como acolher cada pessoa. Se era alguém mais extrovertido ela tinha um ato mais aberto, alegre, se era uma pessoa mais centrada, também. Assim ela conseguia captar com quem ela estava falando e, ao mesmo tempo, despertar essa abertura da pessoa pela sua disponibilidade de estar acolhendo-a como ela é”, revela Ir. Lioba Maria, que está há 15 anos no Mosteiro.
A Irmã também destaca a forma com que Maria Bernarda lidava com as situações do dia a dia. “Ela não era de responder, assim, de reagir, ela silenciava, rezava a situação. Normalmente a gente escuta alguma coisa e quer logo devolver e ela sempre foi mais controlada, não fazia uma reação automática, procurava uma forma mais construtiva para ajudar também a pessoa a crescer e sempre foi muito generosa”, relata. Ponto de vista que também é compartilhado pela Ir. Clara Francisca, que está há 36 anos no Mosteiro Nossa Senhora do Brasil. “Se a gente tinha que dar uma opinião que, às vezes, tinha uma divergência entre uma e outra, até erguia um pouco a voz ou coisa assim, ela ficava muito triste, não queria de jeito nenhum que a gente ficasse discutindo”, relembra, descrevendo-a como uma mãe protetora.
Apesar da sua idade, Ir. Maria Bernarda queria sempre estar auxiliando nos afazeres do dia a dia. “Ela estava sempre disposta a qualquer coisa que a gente fizesse e quando tinha um trabalho comunitário, por exemplo, limpar tomate, que às vezes o pessoal traz um pouco mais passadinho ou maçã, ela fazia questão de vir ajudar na cozinha e, às vezes, para ela era difícil, mas a gente dizia ‘então a senhora vem, nós vamos trabalhando e a senhora vai puxando o terço’. Ela vinha e ficava dirigindo o terço, nós fazíamos o trabalho e ela ficava lá com a gente até terminar. Ela sempre queria estar junto, colaborar com o que podia e com o que não podia”, revela Ir. Clara Francisca.
A vivência no Brasil fez com que Ir. Maria Bernarda se deixasse, pouco a pouco, ser moldada pelos costumes daqui. “Eu conheci duas faces. Quando vim morar aqui nossa Madre Bernarda era um tanto mais rígida, ela tinha lá também seus momentos de ternura, mas ainda era mais firme com as coisas, com o passar dos anos amoleceu um pouquinho. Quando ela estava muito firme com a gente, a Irmã Glicéria, que é uma das cofundadoras, a primeira brasileira que veio, ela falava ‘lá vai a juíza’, daí ela percebia que estava demais, mas assim, por zelo, não por outra coisa”, recorda Ir. Maria Priscila, que está no Mosteiro Nossa Senhora há 21 anos, e completa dizendo que ela nunca deixou de ser zelosa.
A religiosa também gostava de ler, escrever, pintar, compartilhar conhecimentos e leituras. Nos últimos anos estava exercendo o cargo de secretária, no qual era responsável por ler cartas e e-mails, além de registrar em ata tudo o que acontecia no mosteiro. Durante todos esses anos, Ir. Maria Bernarda deixou sua marca em todos que a conheceram, por esse motivo a redação do Jornal O Florense colheu alguns depoimentos, como forma de homenageá-la.

Seu jeito de ser, sua simplicidade no acolhimento, seu sorriso, sua alegria fraterna, o amor e o zelo pela sua vocação e pela vocação das irmãs foi o que mais me marcou. - Ir. Verônica Maria, do Mosteiro Santa Verônica Giuliani, em Macapá

Nestes 29 anos de convivência posso descrever a Irmã Bernarda como uma verdadeira mãe que zelava pela vida espiritual de suas filhas, indicando Jesus em qualquer palavra que falava, de sua boca saiam somente palavras de amor a Jesus, em qualquer conversa citava a palavra de Jesus. Irmã Bernarda foi minha Madre mestra. Com ela aprendi que em toda e qualquer circunstância Jesus não nos abandona, Ele é nosso alimento na palavra e na Eucaristia, na Santa Missa. O que mais me marcou na convivência com essa irmã, que considero santa, foi sua obediência à Madre Abadessa, sua pobreza e sua fidelidade nas orações e ao Santo Evangelho. Outra frase que Irmã Bernarda dizia: “não pode ser triste um coração que ama a Cristo”. Irmã Bernarda foi e sempre será exemplo de vida e de doação a Jesus. Como ela dizia: “viva Jesuuuus”. - Ir. Maria Cecília, do Mosteiro Nossa Senhora do Brasil, de Flores da Cunha

Sou imensamente agradecida a Deus por ter conhecido e convivido com a Irmã Bernarda, ela foi um testemunho vivo de Jesus em minha vida, o seu jeito simples de ser, sua vida de oração, sua alegria contagiante, sua fidelidade a Deus, sua disponibilidade. Sempre tinha um tempinho para quem precisava, uma palavra, um momento de oração, enfim, nunca dizia não. Era uma Irmã apaixonada pela vocação, vivia sua vocação com alegria. Obrigada Irmã Bernarda por ter feito parte de minha vida e de minha vocação, sou eternamente agradecida. - Ir. Maria Paula, do Mosteiro Santa Verônica Giuliani, em Macapá

Irmã Maria Bernarda era uma religiosa que vibrava com a vida, entusiasta, cheia de espírito fraterno, uma mulher de profunda oração que buscava fazer tudo perfeito, uma frase que ela sempre dizia era: faz tudo ‘drito’, ou seja, faz tudo direito. O que mais me marcou, quando tive a graça de conviver com ela, foi a sua alegria de estar na vida fraterna, de participar de jogos com a gente, ensinava o que sabia. No trabalho ela procurava fazer tudo com muita perfeição, tem um fato que eu lembro até hoje, de uma pintura de Nossa Senhora do Silêncio que ela estava fazendo e no final da tarde ela estava pronta, eu entrei na sala, ela estava linda e cheia de luz, eu dizia nossa que linda, ela olhou com uma expressão como que se não tivesse muito satisfeita. No outro dia, pela manhã, o quadro estava em branco, ela tinha começado tudo de novo. Não tinha medo de recomeçar, em todos os sentidos na vida. - Ir. Maria Madalena, do Mosteiro Santa Verônica Giuliani, em Macapá

Irmã Bernarda deixou muitas boas lembranças, ela soube acolher o projeto de Deus com amor e confiança, e nunca olhou para trás, manteve os olhos fixos em Jesus, deixou sua pátria e no pouco tempo que convivi com ela percebi que parecia mesmo brasileira, se cultuou de forma única, amou essa terra e esse povo, com ela aprendi que não fomos chamadas para ficar fora do mundo, mas para sermos o coração vivo do mundo. O que mais me marcou em Irmã Bernarda foi sua alegria, seu sorriso, sua incessante busca de Deus no dia a dia. - Ir. Maria Inês, do Mosteiro Santa Verônica Giuliani, em Macapá

A grande expressão de vida e vocação da Madre Bernarda se resume na sólida vivência do amor. São Paulo, na sua grande sabedoria resume, o que para mim, representa o caminho percorrido por Madre Bernarda: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. Ela viveu com perfeição a bela expressão do que é verdadeiramente amar. No pleno amor a Jesus Cristo ela vivenciou esta virtude divina com o coração. Iluminada pela Graça de Deus, nunca “perdeu de vista o seu ponto de partida”, manifesto no amor a Deus e aos irmãos e irmãs. Seu rosto, seu olhar, seu sorriso, suas palavras, sempre foram expressões deste amor fraternal. Só quem teve a feliz oportunidade de conhecê-la pode, com certeza, saborear a energia manifesta de um coração cheio de paz, de alegria e de luz. Gratidão Madre Bernarda por nos ter deixado tamanho legado de vida e missão. Peço humildemente que, do céu, tu possas interceder a bênção de Deus para todos e todas. - Frei Nilmar Carlos Gatto, Ministro Provincial dos Frei Capuchinhos do RS

Eis o que diz o Senhor: Bernarda, minha humilde e amada serva, “sai da tua terra e vá, para a terra que eu te mostrarei. Lá te falarei ao coração”. Eu te envio. Vá anunciar a todo recando deste imenso país (Brasil): O Amor deseja ser amado...O Amor precisa ser conhecido e amado.
Ir Bernarda, imersa no Espírito Santo, com Maria retorna feliz para para junto do Pai Amado, fazendo sua a Bênção de Clara: Em nome da Santíssima Trindade. O Senhor vos abençoe... Eu, Clara, serva de Cristo, plantinha de Francisco, vos abençoo, tanto quanto posso e mais do que posso, por toda a minha vida e para os tempos que se seguirão. Amém. Ir Bernarda, irmã de toda irmã, nós irmãs de São José vos desejamos uma feliz estadia junto de Deus. Reze pela nossa missão. - Irmãs de São José de Flores da Cunha

Conheci a Irmã Bernarda junto com minha filha Maria, em um retiro, no Mosteiro Santa Verônica Giuliani. Este foi um marco em nossas vidas, pois com sua doçura e sorriso cativante, ela, a partir deste momento, criou um elo de indissolúvel amizade. Nos momentos difíceis, recorria a ela para ouvir os seus sábios conselhos. Nunca esquecerei de sua ternura e acolhimento. - Silvia Cristina Pereira, empresária, mora em Macapá

Irmã Bernarda é uma mulher Santa, tinha um olhar muito forte, que várias vezes ao me olhar, meus olhos molhavam de felicidade, eu sempre sentia a sua santidade na sua face, nos seus gestos, no seu caminhar, na sua voz. Sua inteligência era algo que me deixava encantada, e sua história de vida é incrível saber desse amor transbordante por Jesus Cristo! Tenho ótimas memórias dela, porém uma certa vez fui buscar a Irmã Maria Bernarda e a Madre Glicéria para levá-las ao médico, me sentei, muito honrada em entrar no Mosteiro Santa Clara com essa missão especial, e percebi o quanto elas eram ligadas, e o quanto confiavam em mim, foi um dos momentos mais doces e honrados da minha vida, vendo  as duas conversando eu senti que estava próximo de duas mulheres Santa e Jesus Cristo estava me presenteando com essa missão, foi uma experiência tão potente que eu fui em absoluto silêncio e em estado de graça para casa, daquele momento em diante eu entendi todo o significado dela em minha vida!!!!  - Eliete Borges, dentista, mora em Macapá

Com profunda tristeza e gratidão, prestamos homenagem à querida Irmã Maria Bernarda de Cristo Rei. Ela foi sem dúvidas uma pessoa única em nossa cidade, vinda da Itália e tornando-se Cidadã Florense com todas as honras e méritos! A cerimônia de sua nomeação foi repleta de emoção e sorrisos, um momento inesquecível do qual nos sentimos honrados em participar. Em Flores da Cunha, ela foi um farol que resplandeceu a luz de Cristo, iluminando e inspirando a todos nós com sua postura de gratidão, amor a Deus e às pessoas. Sua partida deixa um vazio em nossos corações, mas seu legado de fé, amor e dedicação à vida religiosa sempre nos inspirará. Ela foi uma mulher notável, trilhando um caminho de propósito e sabedoria, entregando-se a Deus como monja das Clarissas Capuchinhas. A fundação do Mosteiro das Irmãs Clarissas em Flores da Cunha é um testemunho de seu compromisso com a espiritualidade e com a comunidade. Seu abraço acolhedor e conselhos sábios permanecerão em nossas memórias, assim como seu inconfundível sotaque italiano que tornou sua presença ainda mais especial. Que seu exemplo de vida continue a guiar e iluminar o caminho de todos nós. - César Ulian, prefeito de Flores da Cunha 

A trajetória da Irmã Bernarda é verdadeiramente admirável. Há 50 anos, ela deixou a Itália, abrindo mão de sua vida e de seus familiares, para vir ao Brasil dar início a um belo projeto: a constituição do Mosteiro das Irmãs Clarissas Capuchinhas. Para mim, Irmã Bernarda é uma Santa. Em nossa cidade, já tivemos o privilégio de contar com a presença do Frei Salvador, hoje considerado Santo, e também da Irmã Bernarda, que trilhou um caminho igualmente abençoado.
De seus 92 anos, 60 foram dedicados à adoração diária a Jesus, vivendo em contemplação e oração constantes. Ninguém mais em vida, em todos os tempos, adorou e amou mais Jesus do que ela. Quanto amor por este Jesus. Ao longo dos 40 anos em que convivi com ela, pude perceber que sua missão foi muito bem cumprida. Todos que buscavam sua orientação saiam desses encontros com uma nova perspectiva, um olhar positivo. E esse era o jeito dela, simples, com amor e santidade que transformava as pessoas. No mundo conturbado em que vivemos, Irmã Bernarda foi luz e esperança. Seu legado é de inspiração e exemplo para todos nós. Que sua memória continue a nos guiar e que seu exemplo de dedicação e devoção a Jesus permaneça vivo em nossos corações. - Neco Argenta, Presidente das Empresas SIM

Irmã Maria Bernarda, à primeira vista você impressionava com seu sorriso, sua dulcíssima voz, o carisma e a serenidade que emanavam de toda a sua pessoa. Uma irmã maravilhosa, sempre disponível para ajudar. Gostava de pintar, desde menina; sua outra grande paixão era a escrita, nos muitos artigos que escreveu para vários jornais religiosos. Na época de sua partida como freira e depois como missionária deixou um grande vazio nos irmãos, embora conseguisse manter forte o afeto e os contatos, mesmo do outro lado do oceano, escrevendo regularmente cartas e telefonando e depois, com o advento da tecnologia, da qual ela sempre foi fascinada, criou uma verdadeira união de corações por meio de mensagens de WhatsApp e videochamadas... até a última mensagem. Para mim, ela foi um ponto de referência, uma presença constante, ela me iniciou no conhecimento da fé e na vida cristã. Sempre achei que era um privilégio especial ter uma tia freira, como se ela intercedesse por meio da oração diretamente a Deus... e agora sinto que é realmente assim. Ainda haveria tantas coisas para contar, só sei que tudo o que ela fez por Flores da Cunha e pelo Mosteiro agora quero redescobrir, foi o que prometi a ela quando a cumprimentei na partida, que sinto mais forte do que nunca o desejo de ir ao Brasil para redescobrir Irmã Maria Bernarda. - M.Alessandra Devitofrancesco (sobrinha), Maria Cristina Cursano (irmã) e Saverio Cursano (irmão)

Giuditta Maria Franca Cursano passou os anos fundamentais da sua vida em Bari (Puglia – ITA), sempre nutrida pela sua crença cristã. Em Bari concluiu os seus estudos de Jurisprudência (Direito) seguindo os ensinamentos de Aldo Moro. Ela sempre foi uma jovem cheia de vida, ativa. Ensinou ao irmão o amor pela bicicleta, pela liberdade, amor que conservou toda a vida e ainda hoje, adulto, não o abandona. Irmã Bernarda patinava com extrema elegância. No auge de sua realização profissional sentiu que tudo aquilo que havia alcançado, inclusive os seus alunos, que a amavam, não era o seu verdadeiro objetivo. Queria ser mais útil para o mundo. Somente seguindo o ensinamento de Jesus o seu testemunho teria sido útil. Por isso, aos 40 anos, evoluída e realizada, seguiu sua vocação. Deixou tudo e seguiu Jesus para estar no verdadeiro mundo. O resto é Brasil. Saverio Cursano (irmão)

 - Acervo do Mosteiro Nossa Senhora do Brasil/Divulgação
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