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Mostra Científica dissemina aprendizados

Cerca de 800 alunos da rede municipal de ensino apresentaram seus trabalhos para familiares e comunidade

Com o tema ‘Esporte: saúde, bem-estar e tecnologia’ a III Mostra Científica Municipal reuniu 136 trabalhos de alunos dos anos finais das escolas municipais de Flores da Cunha. O desenvolvimento da atividade ocorreu por meio de problemas existentes, buscando soluções mediante pesquisas, análises e interpretações de fatos cotidianos das pessoas.

Conforme a secretária de Educação, Ana Paula Zamboni Weber, a Mostra tem como objetivo buscar um conhecimento contextualizado. “Através das pesquisas os alunos exercitam diversas habilidades, como a leitura, a síntese, a organização e a aquisição de conhecimento. Por isso esse projeto de estudo é de fundamental importância. Precisamos formar, investir e acreditar nos nossos jovens”, ressalta Ana Paula.

Os alunos participantes dos projetos Jovem na Zona Rural, Educação Financeira e Robótica também apresentaram seus trabalhos que foram desenvolvidos ao longo do ano. A III Mostra Científica Municipal ocorreu no sábado, dia 18, no salão paroquial.

 

Estádios x Geometria

O 9º ano da Escola Tancredo de Almeida Neves trouxe como os conceitos da geometria contribuíram para a criação dos estádios da Rússia que foram utilizados na Copa do Mundo de 2018. A aluna Mariana Machado Marsale, 14 anos, que fez parte do projeto, se entusiasmou ainda mais para seguir com seus estudos na área da matemática ou astronomia. “Foi um projeto trabalhoso, mas satisfatório. Agora conseguimos ver, relacionar e aplicar a matemática no nosso cotidiano”, afirma.

A professora de matemática e orientadora do projeto, Graziele Dall Acua, explica que através de uma situação-problema pensada em conjunto com a turma, foi proposto o desafio de relacioná-la com a matemática, e assim surgiu a Copa do Mundo aliada aos conceitos da geometria. “Através de pesquisas e comparações feitas, até mesmo com o nosso estádio Homero Soldatelli, elaboramos um estádio conceito com cubos, prismas hexagonais e triangulares, feitos através de origamis e calculamos as escalas da edificação”, conta.

Os alunos também trabalharam com a tecnologia no avanço das bolas, mostrando as diferenças existentes nelas. Conforme Graziele, o projeto auxilia os alunos a buscarem o conhecimento e a terem mais curiosidade sobre as coisas.

 

 

Benefícios do esporte

O esporte é essencial para o sistema respiratório. O 8º ano da Escola São José mostrou a diferença da respiração de atletas e de pessoas sedentárias, e a importância de praticar atividade física para o corpo.  De acordo com o grupo, o exercício rotineiro é essencial para auxiliar na saúde física e mental.

A integrante do trabalhado, Bruna Locatelli Dellabetta, 14 anos, passou por momentos complicados na sua infância quando, aos 9 anos, descobriu que tinha leucemia mieloide crônica. Após tratamento com quimioterapia e a realização do transplante de medula óssea, iniciou a prática de exercícios físicos para fortalecer seus pulmões. “Este trabalho foi importante para mim porque percebi o quanto é necessário praticar a atividade física. Hoje, após dois anos do transplante, me sinto mais disposta e com mais qualidade de vida”, ressalta Bruna.

 

Jovem na Zona Rural tem como temática a agroindústria

A Sapore Di Casa foi criada pelos alunos do 9º ano da Escola Francisco Zilli, de Otávio Rocha.  O projeto auxilia os jovens com orientações que permitem a continuidade das atividades realizadas pelos pais, estimulando o jovem a permanecer no interior.

Conforme os estudantes, a agroindústria é de grande importância, pois gera renda e mão de obra. A aluna Karina Calgaro, 14 anos, explica que os estudos e o planejamento da agroindústria possibilitaram uma renda a mais para a família. “Nossos pais já produzem morango e maçã. Então pensamos em como aproveitar as frutas que não estão em condições de venda e reaproveitar para gerar mais lucratividade. Assim pensamos em produzir cucas e geleias”, conta.

Karina afirma que antes de participar do programa não queria permanecer no interior, mas percebeu a importância de continuar com o negócio da sua família. “Queria sair porque as pessoas não reconhecem o trabalho do agricultor, mas sem o alimento nada existiria. Todos estão acostumados de receber tudo pronto e não sabem o trabalho que existe por atrás disso. O agricultor precisa ser valorizado.” ressalta.

 

“Um tempo para se divertir e aprender”

Programar um robô através de um sistema de tecnologia avançada é o que os alunos dos 8º anos das escolas municipais fazem no projeto de robótica.

As alunas Luiza Pagno, 14 anos, e Ana Bernardi, 13 anos, da escola 1º de Maio, montaram uma girafa com ponto de laser. “Recebemos um manual de robótica com vários designs dos robôs. Escolhemos esse porque ninguém tinha feito e queríamos fazer um diferente”, conta Ana.  Através do kit de robótica NXT os comandos são encaminhados para uma programação, fazendo com que o robô siga as instruções.

“Quando via os outros alunos fazendo seus robôs achava impossível. Agora vejo o quanto é legal saber montar e programar uma peça. Não é o ‘bicho de sete cabeças’ que eu imaginava. É um tempo que temos para se divertir e aprender”, conta Luiza.

 

A História do dinheiro

A evolução das moedas e notas de papel foi um dos temas que os alunos do 6º anos da Escola Francisco Zilli apresentaram no encerramento do Projeto Educação Financeira. Os jovens explicaram como o dinheiro surgiu, a partir do sistema de trocas, e como se deu a evolução das notas, chegando hoje no Real. 

A professora responsável, Zeneide Maria dos Santos, afirma que desde crianças é preciso saber gastar com consciência. “O nosso objetivo é que os jovens compreendam a importância do dinheiro. Saber gastar para não passar por dificuldades no futuro”, ressalta a professora.  Zeneide relata que trabalhar com tabloides de lojas é bem interessante, pois o parcelamento das compras é, muitas vezes, o que leva as pessoas a se endividarem.

 

Alunos da Escola Tancredo de Almeida Neves apresentaram seu trabalho durante III Mostra Científica Municipal. - Gabriela Fiorio
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