Mobilização dos caminhoneiros - Impacto nos supermercados
Alimentos perecíveis como hortifrutigranjeiros e carnes são os primeiros que podem faltar nas prateleiras
Além do problema no abastecimento dos combustíveis, a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) informou em nota que a partir de hoje, dia 25, agravam-se os problemas de abastecimento de mercadorias para supermercados gaúchos em decorrência da paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil. Em Flores da Cunha, assim como no Estado, os estabelecimentos têm um estoque de segurança nos produtos não perecíveis como massas, biscoitos, grãos, leite, açúcar, bebidas e farináceos, entre outros. A situação fica mais preocupante nos produtos perecíveis, que não são estocados, como, por exemplo, hortifrutigranjeiros, carnes, frios e laticínios refrigerados. “Fizemos compras semanais, então ainda temos autonomia para mais alguns dias. Mas o problema mesmo é com os produtos perecíveis como carnes e frutas, além do gás, necessário para a padaria. Sem ele não teremos pão e outros alimentos. Nesta semana não recebemos nenhum produto”, relata a proprietária do supermercado Vermelhão, Francine Zamboni.
Nos supermercados Andreazza, o gerente Milton Sartor adianta que alguns produtos extremamente perecíveis estão em falta. “Já sentimos falta de itens de entrega diária como carnes, hortifrútis e pães industrializados. O consumidor pode ver que faltam algumas marcas, mas ainda encontra as similares”, cita ele.
A Central de Abastecimento (Ceasa Serra) de Caxias do Sul sente falta de alguns itens como a batata, o que provocou aumento nos preços. “A Ceasa sentiu o impacto da greve dos caminhoneiros que atingiu a todo o mercado de alimentos. Da semana passada para esta, houve um decréscimo acentuado na entrada de produtos para abastecer o atacado que comercializa para toda região da Serra, e também do comprador, que não conseguiu chegar. Nos itens mais impactados a batata foi o principal, porque já não temos mais. Consequentemente, os preços se alteraram significativamente em função da demanda e pouca oferta. O mesmo acontece com o tomate, que também teve aumento em mais de 50% no preço”, assume o gerente técnico-operacional da Ceasa, Marcelo Lopes Nunes.
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