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Mês para doar sangue

Agendamentos para doações podem ser realizados no Hemocentro e Banco de Sangue de Caxias do Sul

Junho foi intitulado de mês vermelho. Isso porque existe uma campanha que incentiva a doação de sangue durante a pandemia. Com a Covid-19, o Banco de Sangue de Caxias do Sul e o Hemocentro Regional de Caxias do Sul (Hemocs) viram os estoques de sangue esvaziarem e a doação diminuir. Conforme o assistente social do Hemocentro, Rafael Moreira, a procura espontânea teve uma queda brusca. “Diariamente ligamos para as pessoas que são cadastradas no nosso sistema para solicitar uma nova doação, sempre analisando a questão da maior demanda de tipo sanguíneo”, esclarece. Atualmente, a maior demanda é para O+ e O-. “Por causa da pandemia, estamos realizando a coleta apenas por agendamento, e como estamos mantendo o contato com nossos doadores, estamos conseguindo manter uma média de bolsas”, diz. 
A gerente de captação do Banco de Sangue de Caxias do Sul, Francieli Roso, destaca que o mês de junho é desafiador por causa da chegada do inverno e, neste ano, veio aliado a Covid-19. “Estamos sentido mais intensamente a diminuição dos nossos estoques, principalmente nesta semana, onde tivemos a evolução para a bandeira vermelha. O Banco não está conseguindo atingir o número necessário de doadores por dia”, destaca. Diariamente, cerca de 60 pessoas doam sangue. “É um momento crítico, e estamos fazendo um apelo para todos os tipos sanguíneos virem fazer a sua doação”, diz. 

Ajuda
A doação de sangue pode ajudar muitas pessoas. Como é o caso do calceteiro Cláudio José Araldi, 55 anos, que precisou de doação após enfrentar dois cânceres, uma tuberculose e uma úlcera. “Sou muito grato a todos que compartilham um pouco de si, para que eu e outras pessoas que precisam de doações estarem aqui hoje. O ato de doar sangue salva vidas, e eu sou exemplo disso”, conta. A filha de Araldi, Raquel, 27 anos, que acompanhou o sofrimento do pai de perto, se tornou uma doadora. “Esses momentos me incentivaram muito a ser doadora. Sempre tiro um tempo da minha vida para um gesto de amor ao próximo”, conta Raquel. 

Onde doar
O Banco de Sangue atende quatro Agências Transfusionais distribuídas nos Hospitais Unimed, Círculo, Saúde e Virvi Ramos, e recebe doações de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Aos sábados, o serviço funciona das 7h30min ao meio-dia. Para um atendimento mais rápido, agendamentos são realizados pelo WhatsApp (54) 9.9113.4710 ou pelo telefone 3027 8600. O Banco fica na Rua Garibaldi, 476, no Centro de Caxias do Sul.
Já o Hemocs fornece sangue a todos os hospitais que atendem ao Sistema Único de Saúde (SUS) de Caxias do Sul e região. São 16 Agências Transfuncionais dentro da 5ª Coordenadoria de Saúde. Para realizar a doação, o Hemocs atende de segunda a sexta-feira das 8h30min às 17h, sem fechar ao meio-dia, e aos sábados, das 8h às 12h. O Hemocentro está localizado na Rua Ernesto Alves, 2260, em Caxias do Sul. O telefone para contato é o (54) 3290 4580, 3290 4543 ou 9.8418.8487 (WhatsApp). Para cadastro de medula óssea, o Hemocentro atende de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 17h.

Cadastro em Flores
A Secretaria da Saúde de Flores da Cunha possui um cadastro de doadores de sangue. Quem quer se cadastrar é só entrar em contato com o Centro de Saúde ou a UBS mais próxima. Conforme os dados, hoje a lista conta com 233 nomes. 
A Secretaria realiza campanhas de doações periodicamente e monta grupos para realizar a doação em Caxias do Sul. 

Quem pode doar sangue
Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos e que estejam pesando mais de 50 kg. Além disso, é preciso apresentar documento oficial com foto e menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal dos responsáveis. Pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente.
O procedimento para doação de sangue é simples, rápido e totalmente seguro. A frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para os homens e de três doações de sangue anuais para as mulheres. O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.

O florense Cláudio José Araldi foi o motivo de Raquel se tornar doadora. - Divulgação
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