Lombadas eletrônicas são reivindicadas com protesto no Pérola
ERS-122 foi bloqueada por moradores do Pérola após atropelamento de menina. Falta definição para instalar equipamentos
Um pedido antigo dos moradores dos loteamentos Pérola I, II e III, a necessidade de uma passarela para pedestres e a instalação de lombadas eletrônicas no Km 93 da ERS-122, no trecho que cruza o local, foi relembrado na tarde de ontem, dia 14. Em forma de protesto, a população bloqueou a rodovia por duas horas para pedir por mais segurança. O motivo: um novo atropelamento no trecho. Desta vez uma menina de oito anos foi atingida por um caminhão quando se deslocava para a escola. A instalação de lombadas eletrônicas depende de liberação do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer-RS), que tem convênio com a prefeitura.
ulação do trecho da ERS-122 nos 500 metros que cruzam os loteamentos Pérola organizou o trânsito de veículos. Na época, as obras foram realizadas numa parceria entre prefeitura (que custeou 50% dos recursos, cerca de R$ 165 mil), Convias (responsável pela sinalização vertical e horizontal no trecho) e a empresa Mineração Florense. A obra foi concluída e aguarda desde então a instalação de duas lombadas eletrônicas (uma em cada sentido).
Atualmente, mesmo com as melhorias, moradores se queixam da falta de segurança e da velocidade que os veículos passam pelo local, onde existem moradias muito próximas das pistas e uma grande circulação de pedestres.
Moradores pedem por segurança
A estrada foi trancada totalmente das 13h às 15h de ontem por cerca de 200 moradores. Cartazes pediram por segurança na rodovia, além da instalação das tão prometidas lombadas. De acordo com um dos organizadores do protesto, Pedro Fernando Quintanilha, os moradores vão esperar por um retorno do órgão competente e, caso contrário, novos protestos serão organizados. “A segurança no trânsito é um direito da população. Vamos protestar até alguém nos dar um retorno sobre as lombadas. Isso não pode mais permanecer assim”, sustentou Quintanilha.
De acordo com levantamento do jornal O Florense, pelo menos cinco pessoas morreram recentemente na ERS-122, nos loteamentos Pérola. Os óbitos – sendo quatro atropelamentos – foram registrados nos anos de 2002, 2005, 2006, 2007 e 2008.
Vítima do acidente, menina de 8 anos passa bem
A rotina de ir para a escola acompanhada do irmão não se repetiu para a pequena Luana Casemiro Ebre, oito anos, às 7h30min do dia 13. Eles seguiam para a Escola Leonel Brizola quando pararam no canteiro central da ERS-122. Eles se distraíram e a menina caiu na pista, sendo atingida por um caminhão que seguia no sentido Flores-Caxias do Sul. Socorrida por um vizinho, Luana foi levada desacordada ao Hospital Fátima, onde recebeu atendimento. A menina teve ferimentos na boca, no rosto e na cabeça. Ela foi medicada e liberada na manhã de ontem, dia 14.
De acordo com o morador que ajudou a socorrer Luana, o caminhão não estava em alta velocidade, mas o trecho é considerado perigoso. O motorista do veículo acompanhou o atendimento da menina. A mãe de Luana, Verônica Rosa Ebre, trabalha em Caxias do Sul como classificadora de maçãs e foi chamada às pressas pelos vizinhos. “Sempre tive medo dessa estrada. Já aconteceram tantos acidentes que eu sempre ia trabalhar com a cabeça aqui. Agora uma pessoa vai atravessar com eles todos os dias. Sozinhos eles não vão mais”, avisa. Verônica tem três filhos e Luana é a caçula – ela estuda no 3º ano do ensino fundamental.
O que diz o Daer
O jornal O Florense recebeu do Daer-RS a seguinte nota após contato com a assessoria de comunicação: “O Daer informa que, em julho de 2007, por meio de convênio com o município de Flores da Cunha, autorizou a instalação de controladores eletrônicos de velocidade com participação de custo pela prefeitura e operação realizado pela autarquia. Este convênio foi estabelecido por 60 meses por meio de expediente protocolado no órgão. A prefeitura deve se mobilizar para atender às exigências e dar andamento ao convênio”.
O que diz a prefeitura de Flores da Cunha
O secretário de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito, Paulo Ribeiro, sustenta que o convênio citado pelo Daer-RS existe, mas que a autorização para instalação dos controladores de velocidade não foi encaminhada ao município. “Em março de 2010 encaminhamos um documento solicitando a autorização. Uma resposta nos foi encaminhada pedindo diversas medidas, entre elas a desocupação irregular nas margens da rodovia. Para nós, a instalação das lombadas não tem relação com a ocupação. A prefeitura apresentou o projeto de que, entre outras ações, faria a retirada das famílias irregulares e a construção das unidades habitacionais. O convênio continua em vigência e nós aguardamos a autorização do Daer-RS.”
ulação do trecho da ERS-122 nos 500 metros que cruzam os loteamentos Pérola organizou o trânsito de veículos. Na época, as obras foram realizadas numa parceria entre prefeitura (que custeou 50% dos recursos, cerca de R$ 165 mil), Convias (responsável pela sinalização vertical e horizontal no trecho) e a empresa Mineração Florense. A obra foi concluída e aguarda desde então a instalação de duas lombadas eletrônicas (uma em cada sentido).
Atualmente, mesmo com as melhorias, moradores se queixam da falta de segurança e da velocidade que os veículos passam pelo local, onde existem moradias muito próximas das pistas e uma grande circulação de pedestres.
Moradores pedem por segurança
A estrada foi trancada totalmente das 13h às 15h de ontem por cerca de 200 moradores. Cartazes pediram por segurança na rodovia, além da instalação das tão prometidas lombadas. De acordo com um dos organizadores do protesto, Pedro Fernando Quintanilha, os moradores vão esperar por um retorno do órgão competente e, caso contrário, novos protestos serão organizados. “A segurança no trânsito é um direito da população. Vamos protestar até alguém nos dar um retorno sobre as lombadas. Isso não pode mais permanecer assim”, sustentou Quintanilha.
De acordo com levantamento do jornal O Florense, pelo menos cinco pessoas morreram recentemente na ERS-122, nos loteamentos Pérola. Os óbitos – sendo quatro atropelamentos – foram registrados nos anos de 2002, 2005, 2006, 2007 e 2008.
Vítima do acidente, menina de 8 anos passa bem
A rotina de ir para a escola acompanhada do irmão não se repetiu para a pequena Luana Casemiro Ebre, oito anos, às 7h30min do dia 13. Eles seguiam para a Escola Leonel Brizola quando pararam no canteiro central da ERS-122. Eles se distraíram e a menina caiu na pista, sendo atingida por um caminhão que seguia no sentido Flores-Caxias do Sul. Socorrida por um vizinho, Luana foi levada desacordada ao Hospital Fátima, onde recebeu atendimento. A menina teve ferimentos na boca, no rosto e na cabeça. Ela foi medicada e liberada na manhã de ontem, dia 14.
De acordo com o morador que ajudou a socorrer Luana, o caminhão não estava em alta velocidade, mas o trecho é considerado perigoso. O motorista do veículo acompanhou o atendimento da menina. A mãe de Luana, Verônica Rosa Ebre, trabalha em Caxias do Sul como classificadora de maçãs e foi chamada às pressas pelos vizinhos. “Sempre tive medo dessa estrada. Já aconteceram tantos acidentes que eu sempre ia trabalhar com a cabeça aqui. Agora uma pessoa vai atravessar com eles todos os dias. Sozinhos eles não vão mais”, avisa. Verônica tem três filhos e Luana é a caçula – ela estuda no 3º ano do ensino fundamental.
O que diz o Daer
O jornal O Florense recebeu do Daer-RS a seguinte nota após contato com a assessoria de comunicação: “O Daer informa que, em julho de 2007, por meio de convênio com o município de Flores da Cunha, autorizou a instalação de controladores eletrônicos de velocidade com participação de custo pela prefeitura e operação realizado pela autarquia. Este convênio foi estabelecido por 60 meses por meio de expediente protocolado no órgão. A prefeitura deve se mobilizar para atender às exigências e dar andamento ao convênio”.
O que diz a prefeitura de Flores da Cunha
O secretário de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito, Paulo Ribeiro, sustenta que o convênio citado pelo Daer-RS existe, mas que a autorização para instalação dos controladores de velocidade não foi encaminhada ao município. “Em março de 2010 encaminhamos um documento solicitando a autorização. Uma resposta nos foi encaminhada pedindo diversas medidas, entre elas a desocupação irregular nas margens da rodovia. Para nós, a instalação das lombadas não tem relação com a ocupação. A prefeitura apresentou o projeto de que, entre outras ações, faria a retirada das famílias irregulares e a construção das unidades habitacionais. O convênio continua em vigência e nós aguardamos a autorização do Daer-RS.”
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