Laços de sangue e de amizade
Claudio Muraro conheceu e mantém contato com duas primas que moram na pequena cidade de Arsiè, na Itália, de onde emigraram os antepassados dele
Há 134 anos, em 17 de janeiro de 1881, Giovanni Batista Muraro e a esposa Lúcia Strapazzon chegaram à colônia Campo dos Bugres, atual Caxias do Sul. Assim como milhares de italianos, o casal deixou a cidade de Arsiè, na província de Belluno, região do Vêneto, na Itália, em busca de uma vida melhor no Brasil. Eles conseguiram, mas não sem derramar muito suor sobre as lavouras de milho, trigo e cana de açúcar que cultivavam nas encostas do Rio das Antas. Da agricultura e da fabricação e venda de cachaça e açúcar mascavo tiravam o sustento dos 15 filhos, nascidos em solo brasileiro.
Os hábitos e costumes da família italiana foram passados de geração para geração, assim como o amor pela pátria que deixaram para trás em tempos difíceis. O empresário florense Claudio Muraro, 80 anos, lembra com orgulho da história de luta e bravura de seus ascendentes. O bisneto de Giovanni Batista Muraro começou a buscar mais informações sobre a origem da família há mais de 20 anos. Na época, em uma viagem à Itália conheceu um padre chamado Justo Muraro, seu sexto primo, que o ajudou a buscar a documentação necessária para encaminhar o processo de dupla cidadania. “Na época, foram mais de quatro anos juntando papéis. Foi preciso até acionar a Justiça para provar que meu bisavô era o Giovanni, pois ele foi enterrado como João. Toda essa busca valeu a pena. Hoje, eu e todos os meus familiares possuímos o passaporte italiano por causa da minha persistência em saber da nossa história”, conta o ítalo-brasileiro.
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Nessa busca, Claudio conheceu Daniela e Lavinia Muraro, suas primas de sétimo grau que ainda residem em Arsiè. Segundo ele, são as últimas que carregam esse sobrenome a residirem na comuna de cerca de 3 mil habitantes. A ligação entre eles é de amizade e cada vez que vai à Itália Claudio faz questão de visitar as duas para tomar um café e relembrar o passado. “Tenho muito carinho por essas senhoras porque fazem parte da minha família. Elas têm 70 anos e são solteiras, não tiveram filhos. O dia que não estiverem mais lá, não teremos mais nenhum Muraro em Arsiè. Ficará somente na lembrança”, conta.
Apaixonado pelo Velho Mundo, o empresário costuma dizer que conhece a Itália como poucos italianos. A intimidade com o país se deve à admiração que tem pela terra de seus antepassados e às viagens já feitas ao país, em média três por ano. “Além das minhas primas, tenho muitos amigos por lá e sou muito bem tratado. Conheço cada lugarejo, de norte a sul. Sou fascinado pela Itália. Quando estou lá, ninguém pergunta se não sou nato”, afirma ele, que fala italiano perfeitamente. A data da próxima visita à Itália se aproxima. No mês de setembro deste ano Claudio e a esposa ficarão cerca de 30 dias em Merano, na fronteira com a Áustria.
Homenagem na Itália
Por consequência de sua origem, Claudio Muraro foi homenageado duas vezes na Itália. As comendas, como ele chama, foram conferidas em 2013 pelo Legislativo de Arsiè e pelo governo de Longarone, cidade da província de Belluno. “Foi uma linda homenagem que recebi de meus irmãos italianos. Recebi a condecoração na Câmara de Vereadores de lá, com a presença de autoridades, moradores locais e amigos queridos”, cita, mostrando as placas que guarda com carinho em sua sala na empresa de bebidas Muraro & Companhia, fundada pelo pai dele, Ernesto Gaetano Muraro, e que ele assumiu a direção desde jovem.
Os hábitos e costumes da família italiana foram passados de geração para geração, assim como o amor pela pátria que deixaram para trás em tempos difíceis. O empresário florense Claudio Muraro, 80 anos, lembra com orgulho da história de luta e bravura de seus ascendentes. O bisneto de Giovanni Batista Muraro começou a buscar mais informações sobre a origem da família há mais de 20 anos. Na época, em uma viagem à Itália conheceu um padre chamado Justo Muraro, seu sexto primo, que o ajudou a buscar a documentação necessária para encaminhar o processo de dupla cidadania. “Na época, foram mais de quatro anos juntando papéis. Foi preciso até acionar a Justiça para provar que meu bisavô era o Giovanni, pois ele foi enterrado como João. Toda essa busca valeu a pena. Hoje, eu e todos os meus familiares possuímos o passaporte italiano por causa da minha persistência em saber da nossa história”, conta o ítalo-brasileiro.
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Nessa busca, Claudio conheceu Daniela e Lavinia Muraro, suas primas de sétimo grau que ainda residem em Arsiè. Segundo ele, são as últimas que carregam esse sobrenome a residirem na comuna de cerca de 3 mil habitantes. A ligação entre eles é de amizade e cada vez que vai à Itália Claudio faz questão de visitar as duas para tomar um café e relembrar o passado. “Tenho muito carinho por essas senhoras porque fazem parte da minha família. Elas têm 70 anos e são solteiras, não tiveram filhos. O dia que não estiverem mais lá, não teremos mais nenhum Muraro em Arsiè. Ficará somente na lembrança”, conta.
Apaixonado pelo Velho Mundo, o empresário costuma dizer que conhece a Itália como poucos italianos. A intimidade com o país se deve à admiração que tem pela terra de seus antepassados e às viagens já feitas ao país, em média três por ano. “Além das minhas primas, tenho muitos amigos por lá e sou muito bem tratado. Conheço cada lugarejo, de norte a sul. Sou fascinado pela Itália. Quando estou lá, ninguém pergunta se não sou nato”, afirma ele, que fala italiano perfeitamente. A data da próxima visita à Itália se aproxima. No mês de setembro deste ano Claudio e a esposa ficarão cerca de 30 dias em Merano, na fronteira com a Áustria.
Homenagem na Itália
Por consequência de sua origem, Claudio Muraro foi homenageado duas vezes na Itália. As comendas, como ele chama, foram conferidas em 2013 pelo Legislativo de Arsiè e pelo governo de Longarone, cidade da província de Belluno. “Foi uma linda homenagem que recebi de meus irmãos italianos. Recebi a condecoração na Câmara de Vereadores de lá, com a presença de autoridades, moradores locais e amigos queridos”, cita, mostrando as placas que guarda com carinho em sua sala na empresa de bebidas Muraro & Companhia, fundada pelo pai dele, Ernesto Gaetano Muraro, e que ele assumiu a direção desde jovem.
Boa noite !!! Giovanni é meu trisavô ! Estamos há algum tempo tentando achar documentos relativos a ela e a vinda da Itália, mas está muito difícil! Vocês poderiam me passar algum contato do senhor Cláudio Muraro ?
Comentário editado pela redação.