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José Fortunati: "Tenho certeza que os florenses torceram muito por mim"

José Fortunati conversou com O Florense nesta semana e comentou sobre a eleição em Porto Alegre e dos seus planos de governo

Se nas eleições municipais de Flores da Cunha a disputa ao Executivo foi acirrada, em Porto Alegre, porém, o resultado foi bem diferente. José Alberto Reus Fortunati (PDT) foi reeleito com o maior percentual de votação (65,2%) entre os prefeitos eleitos das capitais do Brasil no primeiro turno. Logicamente foram os votos dos eleitores porto-alegrenses que deram novamente a vitória a Fortunati. Entretanto, o prefeito contou com a vibração positiva do povo florense, já que é um legítimo filho da Terra do Galo.

Mesmo vivendo na Capital desde os 17 anos, Fortunati guarda com carinho as lembranças da infância e adolescência vividas em Flores. Filho de um operário do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer-RS), Geraldo Fortunati, e de uma costureira, Amélia Santini Fortunati, teve uma infância simples e sempre estudou em escolas públicas. Na São José concluiu o primário e na São Rafael, onde hoje funciona a Frei Caneca, terminou o ginásio. “Comecei a trabalhar cedo, fazendo caixas de uva e empalhando garrafões na cantina Cereser. Depois, com o amigo Valério Santini, fui atendente da farmácia São Pedro”, recorda.

Entre as lembranças do ilustre florense, figuram momentos como os jogos de futebol com os amigos no terreno baldio que existia nos fundos da casa da família Finger e as aventuras vivenciadas com banda Furiosa, a qual participou durante os anos de ensino médio. “Lembro com carinho imenso do grupo de amigos que mantenho até hoje, do grupo de jovens, do jogral do ginásio São Rafael, do tempo em que joguei no time do Clube Independente. Enfim, só guardo boas lembranças desse lindo município e tenho certeza que os florenses torceram muito por mim”, sintetiza Fortunati.

O início da trajetória política
A mudança para Porto Alegre ocorreu no ano de 1974, quando aos 17 anos o jovem deixou o interior para estudar Matemática na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Depois disso, só voltou à terra natal como visitante. Em 1975, em plena ditadura militar, assumiu a presidência do Diretório Acadêmico do curso de Matemática. “Considero que naquele período teve início a minha ligação com a política, efetivamente. Em 1976 passei no concurso para o Banco do Brasil e em 1985 me tornei presidente do Sindicato dos Bancários”, conta Fortunati, que também é formado em Administração Pública, Administração de Empresas e Direito, pela UFRGS.

Em 1979, Fortunati, com outras lideranças, como Olívio Dutra, fundou o Partido Trabalhista no Estado, sigla que integrou até 2001. Os motivos para a mudança, segundo ele, foram divergências de ideias. No mesmo ano ingressou no Partido Democrático Trabalhista (PDT). No tempo que esteve à frente do PT, Fortunati foi deputado estadual e federal por dois mandatos e líder de bancada na Câmara Federal. Em 1997 foi vice-prefeito de Porto Alegre. “Nessa época abri mão do meu mandato de deputado federal para ser vice-prefeito. Muita gente disse que eu era maluco, mas isso fazia parte do meu grande sonho. Não era a hora. Então, em 2000 concorri a vereador e fui eleito com 40 mil votos, a maior votação de toda a história da Capital.”

O sonho de ser prefeito
Em março de 2010, com a renúncia de José Fogaça (PMDB) para concorrer ao governo do Estado, Fortunati, então vice, assumiu a prefeitura e realizou o sonho se ser prefeito da Capital. Na última eleição, em 7 de outubro, foi reeleito com 517.969 votos. “O resultado das eleições é o reflexo de um trabalho que iniciou em 2005 com o prefeito José Fogaça, quando começamos realmente a dar um novo rumo para as coisas, melhorando a infraestrutura da cidade, a prestação dos serviços e investindo fortemente na área da saúde. Isso foi reconhecido pela população”, afirma o pedetista que diz estar ciente da responsabilidade que tem pelos próximos quatro anos. “Ter conquistado a maior votação das capitais do Brasil me dá ainda mais responsabilidade. Terei que fazer mais e muito melhor”, diz ele, fazendo referência ao slogan utilizado durante a campanha eleitoral.

Com quase três décadas de vida pública, o pedetista pretende unir seu conhecimento sobre a administração da cidade (além de vice-prefeito, foi secretário de Planejamento) à experiência parlamentar para gerenciar os grandes projetos da futura gestão. Fortunati quer buscar recursos e parceiros, integrar ações das secretarias e coordenar iniciativas que visem a melhorar a infraestrutura da Capital.

Reeleição do pedetista foi mais do que garantida: recebeu 517.969 votos em Porto Alegre. - Luciano Lanes/Prefeitura de Porto Alegre/Divulgação
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