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Jayme Paviani é o patrono da Feira do Livro

Filósofo e professor, o florense apadrinha a 37ª edição do evento que ocorrerá no mês de maio

Mestre e doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS), autor de mais de 20 livros, professor universitário, poeta e membro de conselhos editoriais de duas editoras e quatro revistas. Esse é o florense Jayme Paviani, patrono da Feira do Livro de Flores da Cunha. O filósofo aceitou o convite para apadrinhar a 37ª edição do evento que ocorrerá de 15 a 19 de maio, durante as comemorações da Semana do Município. O objetivo da escolha é para que alunos e comunidade possam desfrutar de suas obras. A integração de Paviani também irá proporcionar o reencontro com suas raízes e história. “Jayme é mais que um professor, um grande mestre que orgulha nossa cidade pela sua trajetória coroada de êxitos. Sem dúvida um grande sábio”, enfatiza a diretora de Cultura da prefeitura, Lorete Maria Calza Paludo.

Para o patrono é uma honra fazer parte da Feira do Livro de Flores da Cunha, pois as ligações com o município onde nasceu e que seus familiares ainda vivem são profundas. “De uma certa maneira a gente representa aqueles que escrevem no município e na região. Ser patrono é um papel de representação da produção intelectual e cultural de um lugar”, afirma Paviani, que complementa que um evento literário é ao mesmo tempo cultural, econômico, político e social. “Ele pode ajudar, especialmente nas crianças que são mais abertas, nas questões da leitura e da escrita, porque as duas questões são fundamentais na formação de uma pessoa. A leitura, com a escrita, é que forma o cidadão”, opina.

Os trabalhos a serem desenvolvidos durante a Feira do Livro ainda não foram arquitetados, mas o patrono estará à disposição para conversar com os estudantes. “Vivemos numa época que nunca se produziu tantos livros, mas ainda falta uma formação maior no sentido da leitura. As pessoas ainda não descobriram a riqueza dos livros, das revistas, dos periódicos. E as feiras dos livros são um sinal da necessidade e da importância de ler”, frisa Paviani.

O patrono
Jayme Paviani nasceu em 4 de junho de 1940, em Flores da Cunha. Filho do ex-prefeito Raymundo Paviani (in memorian) e de Esmerilda Ferrarini Paviani, é casado com a professora Neires Maria Soldatelli Paviani, com que tem dois filhos. Iniciou seus estudos em 1961 na Faculdade de Filosofia do Seminário Maior de Viamão. Três anos depois, licenciou-se em Filosofia na Faculdade de Filosofia de Caxias do Sul. De 1965 a 1969 cursou Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Especializou-se em Filosofia e obteve o título de mestre em 1976. Pela PUC-RS obteve o título de doutor em Letras com a tese A Razão Sensível: A Racionalidade como Categoria Estética. Desde 1961 participa de cursos de extensão, de aperfeiçoamento e de inúmeros eventos em diversas universidades do país e do Exterior.

O patrono é professor universitário, escreveu inúmeros prefácios e comentários de livros e publicou mais de 20 obras, entre elas Estética e Filosofia da Arte, A Arte na Era da Indústria Cultural, Problemas de Filosofia da Educação, Escrita e Linguagem em Platão, Onze Horas Úmidas, Águas de Colônia e O Exílio dos Dias. Paviani é também co-fundador editora da revista Chronos da UCS. É membro de conselhos editoriais de duas editoras e de quatro revistas, entre elas a Bon Vivant, da Editora Novo Ciclo (que publica também os jornais O Florense e A Vindima). Recebeu em 1986 o troféu Caxias do Sul em Cultura e, em 1999, o título de Cidadão Caxiense, entregue pela Câmara de Vereadores caxiense.

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