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Investigação conclui que PM agiu em legítima defesa na ocorrência que resultou na morte de um haitiano no dia 7

Polícia Civil remeteu o caso à Justiça nesta semana. Jean Wesly Moriseme morreu após ser baleado por um sargento da Brigada Militar de Flores da Cunha

A Polícia Civil de Flores da Cunha não indiciou o sargento da Brigada Militar (BM) que baleou e matou o haitiano Jean Wesly Moriseme, 28 anos, no dia 7 de outubro. Conforme o inquérito, o PM agiu em legítima defesa para tentar cessar as agressões que Moriseme fazia contra um colega de farda.

Segundo a investigação, a legítima defesa exclui a tipicidade do crime. A polícia frisa que não houve indícios de prática discriminatória contra Moriseme. A perícia confirmou que a causa da morte do haitiano, que levou um tiro próximo ao joelho direito, foi hemorragia externa provocada pelo ferimento na poplítea, artéria que é uma continuação da artéria femoral. Exames toxicológicos e de alcoolemia feitos pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP-RS) ainda não foram concluídos.

Jean Wesly Moriseme foi morto no dia 7 por um sargento quando estava em luta corporal com outro PM. Na tentativa de cessar a ação do haitiano o policial atirou na perna direita. O ferimento causou hemorragia, ocasionando a morte do estrangeiro. Antes desta ocorrência, Moriseme, conforme versões apresentadas pela Brigada e pela Polícia Civil, teria brigado com outros dois haitianos no Centro de Flores da Cunha; danificado uma viatura da Brigada; e provocado desordem no Hospital Fátima e no Centro de Saúde Irmã Benedita Zorgi. A Brigada abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a ação dos PMs.

Confira o caso na edição impressa do jornal O Florense desta sexta-feira, dia 23 de outubro.

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Primeira ocorrência envolvendo Moriseme foi registrada na tarde de 7 de outubro na Avenida 25 de Julho. - Arquivo O Florense
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