Inverno terá ainda grandes variações de temperaturas
Estação ainda pode registrar frio intenso, porém, em curtos períodos e alternados com calor
Agosto: inverno no Rio Grande do Sul. Média das temperaturas? A mais alta dos últimos cinco anos. Os gaúchos estão experimentando em 2015 um inverno um tanto aquecido, resultado da influência do fenômeno El Niño no Estado, o mesmo responsável pela chuvarada registrada em julho deste ano, quando mais de 80 municípios sofreram com o excesso de precipitação. As temperaturas altas têm causado estranheza e, principalmente, preocupações para os agricultores que passam por um período importante no desenvolvimento da produção agrícola deste ano, particularmente na fruticultura. As temperaturas agradáveis devem permanecer no Estado até este final de semana, quando chuvas que estão no Uruguai avançam provocando instabilidade e derrubando as temperaturas.
De acordo com o meteorologista Glauco Freitas, do Centro Estadual de Meteorologia (Cemet-RS), o inverno, que se estende até o dia 23 de setembro, ainda terá grandes variações de temperaturas, sendo que frios prolongados não devem mais ser registrados neste ano. “Aquela situação de sete a 10 dias de frio não acontece mais, mas um frio intenso sim, ainda podemos ter temperaturas negativas neste inverno”, prevê. Os veranicos de agosto devem ocorrer mais vezes até a chegada da primavera, proporcionando longos períodos de temperaturas mais altas que o normal para esta época. As chuvas intensas, a exemplo de julho, devem retornar ao Rio Grande do Sul. “Não diria que teremos períodos chuvosos, mas sim muita chuva em poucos dias. Essa condição se estende também para a primavera”, revela Freitas.
A precipitação de temperaturas deixa a provável ocorrência de granizos e temporais. Uma característica da primavera que deve se intensificar. “Quando existem as temperaturas altas e a frente fria avança de forma bem organizada, rápida e forte, o granizo é natural”, explica o meteorologista. A ocorrência de geadas ainda é possível neste inverno, mas de forma mais local e sem grande intensidade.
As temperaturas fora do padrão para agosto têm deixado preocupados os fruticultores. As condições climáticas estão antecipando o florescimento de variedades como o pêssego, e dando início ao ciclo produtivo das plantas que estavam em dormência. “As temperaturas em elevação precocemente podem sim causar prejuízos na fruticultura, pois incentivam um início de floração, principalmente do pêssego e ameixa, que são culturas mais precoces. Tendo a brotação iniciada e com os riscos de geadas, o agricultor fica aflito”, lamenta o técnico agrícola da Emater-Ascar de Flores da Cunha, Jair Carlin.
Duas culturas bastante prejudicadas são o alho e a cebola. De acordo com o técnico agrícola da Emater-Ascar de Nova Pádua, Leonildo Sperotto, essas variedades necessitam de cerca de 800 horas de frio. Sem as baixas temperaturas, elas perdem qualidade. “Acaba acontecendo um distúrbio pela falta de frio. Em vez de uma cabeça de alho, se formam diversas e bem pequenas. Essa produção fica com qualidade inferior e o que seria alho nobre passa a ser alho de indústria, com menor remuneração”, explica. A utilização de tratamentos se iniciou de forma antecipada devido às altas temperaturas. “Para outubro teremos pêssegos prontos para a colheita, mas o que preocupa é a vinda de geadas e frios tardios que podem levar toda a produção”, preocupa-se Sperotto. Investir em seguros agrícolas para as propriedades é um conselho do técnico.
105mm acima da média
O verdadeiro aguaceiro registrado em julho deste ano deixou muita gente cansada da chuva, além dos prejuízos em diversas regiões do Rio Grande do Sul. Em Flores da Cunha e Nova Pádua o mês de julho registrou 265mm de chuva, ou seja, 105mm acima da média prevista para o mês – que é de 160mm. Dos 31 dias de julho, 19 foram de chuvas intensas, sendo que a média de 160mm foi ultrapassada em apenas quatro dias. “Ao que tudo indica poderemos ter a repetição desse sistema”, adianta o meteorologista do Cemet-RS Flávio Varone.
A configuração do fenômeno El Niño está bastante forte no Estado, o que deve se repetir durante boa parte do segundo semestre. “Normalmente o El Niño tem uma passagem mais frequente em frentes frias, porém a configuração na circulação de ventos na atmosfera favorece que essas frentes passem devagar pelo Estado, acontecendo o que vimos em julho: chuvas intensas.”
De acordo com o meteorologista Glauco Freitas, do Centro Estadual de Meteorologia (Cemet-RS), o inverno, que se estende até o dia 23 de setembro, ainda terá grandes variações de temperaturas, sendo que frios prolongados não devem mais ser registrados neste ano. “Aquela situação de sete a 10 dias de frio não acontece mais, mas um frio intenso sim, ainda podemos ter temperaturas negativas neste inverno”, prevê. Os veranicos de agosto devem ocorrer mais vezes até a chegada da primavera, proporcionando longos períodos de temperaturas mais altas que o normal para esta época. As chuvas intensas, a exemplo de julho, devem retornar ao Rio Grande do Sul. “Não diria que teremos períodos chuvosos, mas sim muita chuva em poucos dias. Essa condição se estende também para a primavera”, revela Freitas.
A precipitação de temperaturas deixa a provável ocorrência de granizos e temporais. Uma característica da primavera que deve se intensificar. “Quando existem as temperaturas altas e a frente fria avança de forma bem organizada, rápida e forte, o granizo é natural”, explica o meteorologista. A ocorrência de geadas ainda é possível neste inverno, mas de forma mais local e sem grande intensidade.
As temperaturas fora do padrão para agosto têm deixado preocupados os fruticultores. As condições climáticas estão antecipando o florescimento de variedades como o pêssego, e dando início ao ciclo produtivo das plantas que estavam em dormência. “As temperaturas em elevação precocemente podem sim causar prejuízos na fruticultura, pois incentivam um início de floração, principalmente do pêssego e ameixa, que são culturas mais precoces. Tendo a brotação iniciada e com os riscos de geadas, o agricultor fica aflito”, lamenta o técnico agrícola da Emater-Ascar de Flores da Cunha, Jair Carlin.
Duas culturas bastante prejudicadas são o alho e a cebola. De acordo com o técnico agrícola da Emater-Ascar de Nova Pádua, Leonildo Sperotto, essas variedades necessitam de cerca de 800 horas de frio. Sem as baixas temperaturas, elas perdem qualidade. “Acaba acontecendo um distúrbio pela falta de frio. Em vez de uma cabeça de alho, se formam diversas e bem pequenas. Essa produção fica com qualidade inferior e o que seria alho nobre passa a ser alho de indústria, com menor remuneração”, explica. A utilização de tratamentos se iniciou de forma antecipada devido às altas temperaturas. “Para outubro teremos pêssegos prontos para a colheita, mas o que preocupa é a vinda de geadas e frios tardios que podem levar toda a produção”, preocupa-se Sperotto. Investir em seguros agrícolas para as propriedades é um conselho do técnico.
105mm acima da média
O verdadeiro aguaceiro registrado em julho deste ano deixou muita gente cansada da chuva, além dos prejuízos em diversas regiões do Rio Grande do Sul. Em Flores da Cunha e Nova Pádua o mês de julho registrou 265mm de chuva, ou seja, 105mm acima da média prevista para o mês – que é de 160mm. Dos 31 dias de julho, 19 foram de chuvas intensas, sendo que a média de 160mm foi ultrapassada em apenas quatro dias. “Ao que tudo indica poderemos ter a repetição desse sistema”, adianta o meteorologista do Cemet-RS Flávio Varone.
A configuração do fenômeno El Niño está bastante forte no Estado, o que deve se repetir durante boa parte do segundo semestre. “Normalmente o El Niño tem uma passagem mais frequente em frentes frias, porém a configuração na circulação de ventos na atmosfera favorece que essas frentes passem devagar pelo Estado, acontecendo o que vimos em julho: chuvas intensas.”
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