Inicia a coleta de amostras da Avaliação Nacional de Vinhos
Técnicos da Embrapa Uva e Vinho e da ABE estão recolhendo vinhos diretamente dos tanques de aço inox ou das barricas de carvalho
As 395 amostras inscritas por 54 vinícolas de quatro estados brasileiros, para participar da 28ª Avaliação Nacional de Vinhos – Safra 2020 começaram a ser coletadas na segunda-feira, dia 24. Durante 10 dias, técnicos da Embrapa Uva e Vinho e da Associação Brasileira de Enologia (ABE) – entidade promotora do evento –, vão percorrer o Brasil, passando de vinícola em vinícola em mais uma importante etapa da maior degustação de vinhos de uma safra do mundo.
Têm amostras que vão percorrer mais de 3 mil quilômetros para chegar em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, onde serão avaliadas tecnicamente, às cegas, por dezenas de enólogos brasileiros como acontece todos os anos no Laboratório de Análise Sensorial da Embrapa Uva e Vinho. Para cada amostra são coletadas nove garrafas, cada uma com código próprio, sem rótulo. Este ano, com a mudança da data do evento, que passou de setembro para novembro, poderá acontecer de ter mais vinhos já engarrafados. Neste caso, o coletor deverá solicitar vistas do estoque e mesmo assim o produto não poderá trazer rótulo próprio com marca comercial.
“Diante da ‘Safra das Safras’, a expectativa é muito grande tanto por parte dos produtores quanto dos consumidores, ansiosos para degustar o resultado deste ano histórico em qualidade. Justamente por isso, mesmo em tempos de pandemia, o número de amostras inscritas foi significativo”, destaca o presidente da ABE, enólogo Daniel Salvador. Inspirada na Safra 2020 e sempre atenta as mudanças de mercado, a Diretoria Executiva inseriu duas novidades em relação às categorias de vinhos para esta edição. A primeira é a criação de uma categoria específica para Vinhos Rosés Finos Secos. A segunda, é que a Categoria Vinhos Tintos Finos Secos passa a aceitar, além de 100% varietais, vinhos com corte de uvas tintas finas. As outras quatro categorias seguem iguais: vinhos base para espumante, vinhos brancos finos secos não aromáticos, vinhos brancos finos secos aromáticos e vinhos tintos finos secos jovens.
Esta é a primeira vez que o evento acontece em novembro, transferido devido à pandemia. “Estamos trabalhando para surpreender a todos, gerando uma experiência inédita. Realizar a edição da safra histórica brasileira num ano em que o mundo vive uma pandemia global é um grande desafio”, conclui Salvador.
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