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Implantação de UTI em Flores é inviável

Montar unidade precisaria de verbas para aquisição de equipamentos e profissionais, além da alteração de estrutura física hospitalar

O porquê de Flores da Cunha não ter uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Nossa Senhora de Fátima está sendo questionado por muitos nesse momento de apreensão devido a Covid-19.

Conforme o Secretário da Saúde, Vanderlei Stuani, o município tem um número baixo de casos que precisa de leitos de UTI e o gasto seria muito grande. “Vejo que para o nosso município não seja viável. É necessário muito dinheiro para aquisição de equipamentos e mais profissionais para atuar 24 horas por dia”, informa. Além disso, o hospital teria que modificar sua estrutura física para poder implantar uma unidade.

Conforme a diretora administrativa do Hospital, Andréia Francescatto Vignatti, os dados afirmam que não é necessário UTI em Flores da Cunha. “Não teríamos o porquê termos UTI em um hospital de 53 leitos e com uma população de 30 mil habitantes”, destaca. Andréia enfatiza que não há demanda para uma unidade e que o Hospital não possui em sua história nenhum caso de pessoa que morreu por falta de uma Unidade Intensiva. “Temos que analisar todos os dados e nenhum deles mostra essa necessidade”, garante.

Para a questão do novo coronavírus, o Hospital Fátima está montando uma Semi UTI com a aquisição de novos equipamentos. “Uma UTI requer um checklist de equipamentos que o Hospital não possui, mas com os recursos que foram destinados compramos equipamentos fundamentais”, declara Andréia. Com os recursos vindos das entidades florenses e da prefeitura municipal foram adquiridos dois carros anestésicos, um aparelho de gasometria, quatro ventiladores mecânicos, além de equipamentos de proteção e medicamentos. “Aos poucos estamos moldando a estrutura para melhor atender a comunidade”, ressalta a diretora.

Em casos graves, os pacientes são encaminhados para hospitais de Caxias do Sul ou Farroupilha.

 

O que é necessário

Cada UTI deve ser uma área geográfica distinta dentro do hospital, quando possível, com acesso controlado, sem trânsito para outros departamentos. Sua localização deve ter acesso direto e ser próxima de elevador, serviço de emergência, centro cirúrgico, sala recuperação pós-anestésica, unidades intermediárias de terapia e serviço de laboratório e radiologia.

Os leitos necessários para fornecer uma cobertura segura e adequada para pacientes gravemente doentes num hospital, dependem da população do hospital, quantidade de cirurgias, grau do compromisso de cuidados intensivos pela administração do hospital, pelos médicos e enfermeiros, e dos recursos institucionais.

Uma UTI deve existir com no mínimo cinco leitos em hospitais com capacidade para 100 ou mais leitos. A instalação com menos de cinco leitos torna-se impraticável e extremamente onerosa, com rendimento insatisfatório em termos de atendimento.

Fonte: Hospital Virtual Brasileiro – Unicamp

 - Arquivo O Florense
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1 Comentários

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    Gilmar Camargo de Melo15 de Abril de 2020 às 22:20

    faz um consorcio com cidades vizinhas. desafogaria caxias

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