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Hospital Fátima apresenta valores investidos

Nos sete primeiros meses do ano, a instituição teve um resultado positivo de R$ 2 milhões

Com o apoio da comunidade, poder público, empresas e parlamentares, a situação econômica e financeira do Hospital Fátima de Flores da Cunha alcançou um equilíbrio que lhe permitiu atuar no combate ao coronavírus, sua manutenção, qualificar os atendimentos e investir na ampliação de serviços. Essa pode ser considerada a síntese da prestação de contas realizada na Câmara de Vereadores, no dia 28 de setembro, pelas gestoras do Hospital Fátima, a presidente Olga Baggio Sandri, e as diretoras Administrativa, Andreia Francescatto Vignatti, e Financeira, Cristiane Zin.
Mesmo neste período de pandemia, onde os atendimentos e internações tiveram uma grande redução, o Hospital Fátima conseguiu cumprir com sua missão de atender a todos, especialmente os pacientes com Covid-19, e alcançar um índice de aprovação superior a 89%, conforme pesquisa interna com usuários.
O equilíbrio econômico e até um superávit financeiro foram alcançados nos primeiros sete meses do ano graças ao recebimento de R$ 3,5 milhões de receitas extraordinárias. Neste período o Hospital alcançou uma receita total de R$ 10.186.481,39 e efetuou despesas na ordem de R$ 8.024.682,06 alcançando um resultado positivo de R$ 2.161.799,33. Essa situação foi possível, explicaram as dirigentes, em função de que 76% dos recursos extraordinários foram destinados ao custeio das atividades. “Com a redução na prestação de serviços, por causa do coronavírus, caíram as receitas, mas as despesas com pessoal e procedimentos de segurança sanitária aumentaram”, explica Andreia Vignatti. 
Além da perda de receita ordinária, outro destaque deste período foi o aumento nos valores dos medicamentos e equipamentos de proteção individual. Alguns antibióticos tiveram aumentos de 190%, enquanto anestésicos tiveram aumento de 658%. Já os equipamentos de proteção individual (EPIs), como a máscara N95, tiveram aumento de 2.236% passando de R$ 1,84 para R$ 43 a unidade.

Combate ao vírus

A estratégia de combate ao novo coronavírus (Covid-19) foi realizada através da destinação de uma ala restrita para a triagem e atendimento dos pacientes contaminados. Para tanto, a instituição adquiriu um aparelho de gasometria, nove biombos, 20 bombas de infusão, três ventiladores adultos e um ventilador pediátrico, dois carros anestésicos, dez macas, um aspirador de ar comprimido e duas cadeiras de rodas de tamanho especial. Nestes equipamentos foram investidos R$ 846.081,17, sendo estes valores repassados pelo Poder Executivo, Câmara de Vereadores, Centro Empresarial e verba parlamentar. 
Desde o dia 1º de outubro a ala Covid foi reestruturada e o Hospital voltou a atender com sua estrutura normal. O médico que atuava somente na ala foi suspenso e, hoje, o paciente que entrar no Hospital com sintomas respiratórios passa por uma triagem única e é consultado pelo médico plantonista. Caso fique em observação, uma sala do pronto socorro está sendo utilizada para quem apresenta sintomas Covid. Nela, três poltronas e uma maca estão à disposição. Já na questão de internação, os 16 leitos isolados passaram para seis, mantendo todos os critérios do combate ao coronavírus e seguindo os protocolos da Acreditação Hospitalar, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), conquistada pelo Hospital em janeiro.

Outros investimentos

Os investimentos realizados neste ano permitiram a compra de bisturi elétrico, desfibrilador, autoclave de 500 litros, equipamento de raio X transportável e foco cirúrgico de duas cúpulas. A reforma dos quartos do 1º e 2º andar e a reforma da cozinha, que concentra os serviços de nutrição e dietética, bem como uma nova estrutura para a lavanderia e resíduos, também foram concluídas em 2020. 
A adaptação do centro cirúrgico para realização de colonoscopias e endoscopias permite que estes serviços sejam ampliados, sendo listados entre os serviços mais prestados pelo Hospital.
Os recursos obtidos neste ano, somente em emendas parlamentares, foram da ordem de R$1.214.389,00 da esfera Federal, mais R$70 mil da esfera estadual. A instituição ainda aguarda a vinda de outros R$500 mil já aprovados, em emendas parlamentares, ainda para 2020. Doações da comunidade, empresas e entidades como o Centro Empresarial de Flores da Cunha somaram R$ 794 mil.  
Baseados no planejamento estratégico da entidade, que busca aliar a tradição e o atendimento humanitário, a instituição hospitalar, que vai completar 65 anos em 2021, busca expandir seus atendimentos e investir em novos serviços. O Hospital Fátima conta hoje com cerca de 120 funcionários. Nele atuam como diretor técnico o médico Ezequiel Toscan e, como diretor clínico, o médico Augusto Sgarioni, que teve sua condução à função definida em abril deste ano. O responsável técnico pelo Centro de Diagnóstico de Imagem é o médico Ricardo Lampert, o coordenador pelo Pronto Socorro é o médico Tiago Moschen e a enfermeira Ana Paula Toigo coordena a área de Enfermagem.

Investimentos da prefeitura

Até julho de 2020, os investimentos feitos na saúde, pela prefeitura de Flores da Cunha, através da compra de serviços junto ao Hospital Fátima, totalizam cerca de R$ 4,5 milhões. De acordo com o Secretário municipal de Saúde, Vanderlei Stuani, com estes recursos a prefeitura compra serviços tais como internações hospitalares, atendimento de urgência e ambulatorial, cirurgias, exames clínicos e de imagem e, ainda, custeia o sobreaviso de médicos em diversas especialidades. Neste ano, explica o secretário, a prefeitura está repassando valores específicos para os profissionais médicos que atendem aos pacientes com Covid-19.

 - Arquivo O Florense
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