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Na noite da segunda-feira, dia 28, gestores do Hospital Beneficente Nossa Senhora de Fátima trouxeram um balanço dos valores arrecadados e investidos pela Instituição no último ano. A equipe diretiva também falou sobre os investimentos no combate à pandemia do novo Coronavírus, além de apresentar o projeto de planejamento estratégico da Instituição de saúde, que em 2021 completa 65 anos de atendimento. Estavam presentes a Presidente do Hospital Fátima, Olga Baggio Sandri, a diretora administrativa, Andreia Francescatto Vignatti e a diretora financeira, Cristiane Zin.

Na oportunidade, a diretora administrativa, Andreia Francescatto Vignatti, apresentou a atual coordenação técnica da Instituição, que busca no planejamento estratégico aliar a tradição e o atendimento humanitário, com objetivo de expandir seus atendimentos. O que está comprovado na sua pesquisa de satisfação com mais de 89% de aprovação.

Entre as informações prestadas pela gestora, estão os valores oriundos de emendas parlamentares, que foram investidos na aquisição de equipamentos de ponta, como bisturi elétrico, desfibrilador, autoclave de 500 litros, equipamento de raio X transportável e foco cirúrgico de duas cúpulas; a reforma dos quartos do 1º e 2º andar; a reforma da cozinha utilizada pelo serviço de nutrição e dietética, bem como uma nova estrutura para a lavanderia e resíduos. Outro processo foi a adequação do centro cirúrgico para realização de colonoscopias e endoscopias, listado entre os serviços mais prestados pelo Hospital.

Segundo a diretora administrativa, o Hospital conseguiu realizar essas aquisições devido ao forte empenho de seus apoiadores, que não mediram esforços na busca de subsídios. De janeiro até 31 de julho deste ano, somente em emendas parlamentares, o Hospital recebeu cerca de R$1.214.389,00 da esfera federal, mais R$ 70 mil da esfera estadual. Ainda de recursos estaduais, a Instituição aguarda a vinda de R$ 500 mil para 2020.

Na oportunidade, a diretora financeira, Cristiane Zin, listou outros subsídios recebidos de empresas, entidades parceiras como o Centro Empresarial e do município de Flores da Cunha, em função da pandemia. Segundo a diretora financeira, com a baixa no número de atendimentos, exames e cirurgias, a Instituição deixou de arrecadar suas principais fontes de receita. Para comparação, de janeiro a julho de 2020, em função da pandemia, o Hospital realizou cerca de 13.400 atendimentos e 6.200 exames, enquanto que no mesmo período de 2019, mais de 34 mil atendimentos e 15.700 exames foram realizados pela Instituição.

Além da perda de receita, outro destaque foi o aumento nos valores dos medicamentos e equipamentos de proteção individual. Do início do ano até final de julho, antibióticos como o Cefepime 2g tiveram um aumento de 190%. Anestésicos como o Midazolam 5mg/ml tiveram um aumento de 658%. E o destaque maior foi para os equipamentos de proteção individual (EPIs), como a máscara N95 com seus 2236% de aumento (R$1,84 para R$43 a unidade).

Em parte, a perda de receita pôde ser revertida em função dos recursos extras recebidos. Os R$3.516.806,69 – oriundos de subsídios das mais variadas fontes – foram primordiais para os trabalhos da Instituição, caso contrário o Hospital teria um déficit mensal de pouco mais de R$193 mil. Para conhecimento, de janeiro a julho deste ano, a entidade teve como receita R$10.186.481,39 sendo suas despesas R$8.024.682,06 o que resultou em um superávit de R$2.161.799,33 – saldo positivo em função dos subsídios.

Sobre os investimentos no combate ao novo Coronavírus, além do Hospital destinar uma ala restrita para a triagem e atendimento dos pacientes contaminados, a Instituição adquiriu 1 aparelho de gasometria, 9 biombos, 20 bombas de infusão, 3 ventiladores, 2 carros anestésicos, 10 macas, 1 aspirador de ar comprimido e 2 cadeiras de rodas de tamanho especial, com total imobilizado de R$846.081,17 – sendo valores repassados pelo Poder Executivo, Câmara de Vereadores, Centro Empresarial e verba parlamentar.