História do Casarão dos Veronese é documentada em vídeo
Filme é gravado no distrito de Otávio Rocha e deve ser lançado em agosto, quando restauro for concluído
Com o objetivo de resgatar a história do único bem patrimonial tombado em Flores da Cunha e explanar o processo de restauro artístico do Casarão dos Veronese, um documentário está sendo produzido sobre a moradia centenária. A produção está em fase de finalização de gravações e será apresentada durante a inauguração da obra, prevista para o mês de agosto deste ano. O filme faz parte do projeto de restauro e da divulgação histórica e artística do espaço.
Conforme a gestora cultural da obra, Cristina Seibert Schneider, o documentário vem acompanhado de um referencial histórico e é uma forma de compartilhar com as pessoas as decisões do projeto arquitetônico. “O intuito é projetar o Casarão como um espaço de manutenção da cultura local, já que a obra é um bem típico da cultura italiana”, destaca. O filme terá duração aproximada de 15 minutos e terá depoimentos com roteiro organizado pela Spaghetti Filmes, de Caxias do Sul, que coordena as filmagens. “O foco principal é contar como e por que este casarão foi erguido em Otávio Rocha, além de abordar o conceito de restauração adotado, com entrevistas dos especialistas e autoridades responsáveis”, define Lissandro Stallivieri, diretor do documentário.
O roteiro explica de forma resumida trechos dessa história, desde os motivos que levaram o imigrante Felice Veronese a deixar a Itália, passando pelas dificuldades de construir a casa, até o dia em que a família toda se muda para Caxias do Sul e vende o casarão. Segundo Stallivieri, a pesquisa foi feita junto ao programa Elementos Culturais das Antigas Colônias Italianas na Região Nordeste do Rio Grande do Sul (Ecirs) da Universidade de Caxias do Sul (UCS), que acompanhou e ajudou a preservar a casa; à historiadora Cleodes Piazza Ribeiro; e à própria família Veronese, que sempre manteve a história preservada. “Contamos também com a ajuda da Associação dos Amigos de Otávio Rocha e de muitas pessoas da comunidade, principalmente do escritor e pesquisador local Floriano Molon”, conta.
O filme é dinâmico e assumiu um aspecto cinematográfico contando a história das personagens principais: Felice Veronese, interpretado por Vilmar Sartor, e seu filho Luiz, vivido por Luiz Filipe Simionato. “Além deles, contamos com a participação de outros figurantes da comunidade e de integrantes do grupo teatral Fulanos de Tal. Fizemos questão de envolver pessoas da região e que pudessem colaborar para que as cenas ficassem à altura da grandiosidade da história”, valoriza o diretor.
As cenas foram gravadas no prédio da subprefeitura de Otávio Rocha, no Parque da Cascata e em propriedades particulares, além do próprio casarão. Algumas cenas foram captadas no Museu do Comércio, no Parque de Eventos da Festa da Uva, em Caxias. A tecnologia utilizada é a 4K, a mesma do cinema, além de imagens aéreas de drones. A trilha sonora é da Sona produtora, de Flores da Cunha.
Atraso na obra
O projeto do Casarão dos Veronese é do arquiteto Edegar Bittencourt da Luz, que propôs adequações ao projeto original elaborado em 2008 que, pela defasagem do tempo e com o aumento da degradação, eram tecnicamente inadequadas. A inauguração está prevista para o mês de agosto – a data inicial era dezembro de 2016. Conforme a gestora cultural Cristina Seibert Schneider, o atraso na obra deu-se também pelo recebimento de doação de madeiras do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o que ajudou no orçamento, mas houve demora na liberação do material.
A obra da construção que data 1898 está em andamento no 3º andar e ao mesmo tempo ocorre o processo de colocação do piso e drenagem do terreno para execução do estacionamento. Será instalado acesso para os pedestres com piso tátil (para PPDs). O restauro é realizado com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Lic), com patrocínio das empresas Fábrica de Móveis Florense e Keko Acessórios. O custo é de aproximadamente R$ 3 milhões. O espaço terá um bistrô, salas multiuso para reuniões, cursos, apresentações artísticas e realização de oficinas gastronômicas.
Acompanho com alegria o restauro do Casarão dos Veronese. Meu bis nono se chamava Antônio Veronese e Meu nono Dimenico Veronese ambos vieram da Italia, na mesma época em que veio o Felice Veronese. Saudações
Será uma alegria ver o filme ande nasceu minha bisnona Luiza veronese !!!!!