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Grupo Escoteiro Alberto Mattioni completa três décadas

Nome da entidade é uma homenagem ao sargento da reserva do Exército e um dos fundadores do Lions Clube local

Este ano o Grupo de Escoteiros Alberto Mattioni, de Flores da Cunha, completa 30 anos. O nome da entidade é uma homenagem ao sargento da reserva do Exército e um dos fundadores do Lions Clube Flores da Cunha. Foi ele um dos principais membros do 107, o primeiro grupo de escoteiros da cidade, criado entre as décadas de 1960 e 1970. Quinze anos mais tarde, porém, ele foi obrigado a deixar a atividade escoteira para cuidar da saúde.

Foi em 14 de setembro de 1983 – ano seguinte à morte de Mattioni – que os aventureiros Fabiano Curra, Jasser dos Reis, Alexandre Todeschini e Vitor Beazutti, com idades entre 10 e 14 anos, trouxeram novamente o escotismo a Flores. A fundação surgiu como uma alternativa às dificuldades de deslocamento dos iniciantes, que contavam com o revezamento das mães para irem a Caxias do Sul, onde frequentavam um grupo de escotismo. O início das atividades foi oficializado na Praça da Bandeira e o primeiro presidente foi Juarte Todeschini.

Durante os 20 primeiros anos os membros trabalharam como podiam. Sem sede fixa, se encontraram no bosque do Parque da Vindima Eloy Kunz e no antigo restaurante panorâmico. Em 2000 teve início a construção da sede, no Parque da Vindima, onde se instalaram definitivamente em março de 2003 e permanecem até hoje.

Atualmente, o grupo é formado por 115 membros ativos. Entre os chefes, Éder Branchini é um dos que há mais tempo está no movimento. Em 1989 ingressou como lobinho e ficou no grupo até 1996. Mais tarde, em 2006, retornou ao grupo florense para ajudar a reavivar os membros e impedir o fechamento da entidade. Atualmente, é chefe dos escoteiros (de 11 a 15 anos) e, há oito anos, diretor técnico da entidade, cargo que supervisiona os demais chefes.

Branchini admite que muitas vezes a rotina, que inclui sua vida pessoal e a administração de uma videolocadora, é puxada. Mesmo assim, o prazer de ajudar na formação das crianças e jovens supera o cansaço e compensa o esforço. “Se cada pessoa se dedicasse a alguma causa, seja ela qual for, o mundo seria um pouco melhor. Eu escolhi esta causa”, diz.

Tal filho, tal pai
O atual presidente da entidade, Luciano Zin, abriu mão de outras atividades para se envolver com o escotismo há cinco anos, logo que matriculou o filho mais velho, que hoje também está no ramo dos escoteiros.

Assim como outros pais, ele acabou se encantando com as atividades em que seus filhos participam. Há dois anos um terceiro integrante da família entrou para os lobinhos, para a alegria do pai. “Nós vemos na sociedade que quem já foi escoteiro é uma pessoa diferenciada”, diz.

Zin já presidiu a comissão de pais por dois anos e este ano assumiu a presidência administrativa. Ele aponta como principal dificuldade encontrar chefes, já que é um trabalho voluntário e exige dedicação e tempo. Existem cerca de 10 lobinhos na fila de espera para ingressar no grupo no próximo ano.

O movimento
O escotismo foi criado em 1907 pelo lorde Robert Stephenson Smyth Baden-Powell, na Inglaterra. No Brasil, apareceu em 1910. Trata-se de um movimento mundial, de caráter educacional, voluntário, apartidário e sem fins lucrativos. Seu objetivo consiste no desenvolvimento do jovem por meio de um sistema de valores que prioriza a honra, baseado na Promessa e na Lei Escoteira, e por meio da prática do trabalho em equipe e da vida ao ar livre.

No momento da Promessa os membros do movimento comprometem-se voluntariamente a agirem de acordo com a orientação moral do movimento, reconhecendo a existência de deveres que têm de ser cumpridos. Quando Baden-Powell criou a Lei, optou por conceitos que contribuíssem positivamente na formação humana e cidadã do jovem. Os 10 artigos da Lei Escoteira se referem à honra, integridade, lealdade, presteza, amizade, cortesia, respeito e proteção da natureza, responsabilidade, disciplina, coragem, ânimo, bom senso, respeito pela propriedade e autoconfiança. Em resumo, as atividades dos escoteiros visam o contato com a natureza e o desenvolvimento físico, moral e intelectual de seus integrantes.

A divisão

Lobinhos

A Alcatéia é o ramo para as crianças de sete a 11 anos de idade. Elas aprendem os primeiros ensinamentos para a vida no campo, vida em equipe e desenvolvimento da liderança.

Escoteiros
O ramo escoteiro é voltado aos jovens de 11 a 14 anos. O programa educativo visa aumentar os conhecimentos e sua autoconfiança. Na Tropa Escoteira o jovem aprende a conviver em equipe e a respeitar a natureza.

Sêniors
Tropa Sênior/Guia é voltada aos jovens de 15 a 17 anos. O programa educativo visa oferecer maiores desafios e fazer com que os jovens adquiram novas habilidades para superar os obstáculos da vida.

Pioneiros
O Clã Pioneiro é voltado aos jovens de 18 a 21 anos incompletos. Visa aumentar a integração do jovem ao mundo, voltando-se ao serviço à comunidade e ao exercício da cidadania com base nos valores da Promessa e da Lei Escoteira. O lema do Pioneiro é ‘servir’.

Como participar
O período de matrículas no Grupo de Escoteiros Alberto Mattioni de Flores da Cunha começa no primeiro sábado de março. A entidade orienta que as inscrições sejam realizadas até a metade do ano, já que a carteirinha de escoteiro demora um mês para chegar e as atividades se encerram em novembro, ou seja, o novo integrante teria pouco tempo para participar efetivamente.

Além da confecção do uniforme, que varia de R$ 120 a R$ 150, o escoteiro paga uma mensalidade de R$ 20, que é administrada pelo grupo florense, e uma anuidade de R$ 90, que é destinada à União dos Escoteiros do Brasil (UEB), que também fornece uma seguro contra acidentes resultantes das atividades escoteiras.
Em Flores, o grupo se reúne aos sábados à tarde, além de promover viagens e acampamentos e eventos para arrecadação de fundos. A idade mínima para ingresso é de sete anos.




Respeito à Pátria é um dos ensinamentos do Grupo.

 - Arquivo Grupo Escoteiro/Divulgação
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