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Fumaça gera reclamações de moradores de São Gotardo

Empresa que utiliza estufas para secagem de madeira estaria causando o problema

Dezenas de moradores que residem nas imediações de uma antiga fábrica de móveis, numa extensão de 500 metros da Rua Bolzano, em São Gotardo, reclamam da fumaça escura que, com frequência, sai da chaminé de uma caldeira usada para secar madeira. No local, onde por mais de cinco décadas funcionou a Toigo Móveis, foi criada uma espécie de condomínio, com diversas empresas instaladas, sendo que um desses empreendimentos, que utiliza estufas para secagem de madeira, estaria causando o problema. Conforme uma das denunciantes, que prefere anonimato, moradores das proximidades teriam realizado um abaixo-assinado pedindo providências. No entanto, nenhum documento foi protocolado na Prefeitura de Flores da Cunha. Conforme a mulher, a empresa estaria queimando lixo e outros materiais, que afetam a qualidade do ar.

O vereador Clodomir José Rigo (Progressistas), que reside na comunidade, diz que ficou sabendo do problema por meio das redes sociais, porém não tem conhecimento se foi encaminhada alguma reclamação à prefeitura. De acordo com a diretora do Departamento de Meio Ambiente do município, Franciele Zorzi, a Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito recebeu diversas reclamações de pessoas da comunidade relatando o problema. Conforme a servidora, há cerca de 15 dias fiscais da prefeitura estiveram na empresa para inspecionar o local, porém, não foram encontradas irregularidades. De acordo com a diretora, a empresa está atuando conforme  determina as normas da legislação ambiental e a licença de funcionamento. Ainda segundo Franciele, o que pode estar ocorrendo, e é considerado normal, é que quando as caldeiras são acionadas, por cerca de 15 minutos sai fumaça escura, mas depois disso volta ao normal.

No entanto, a confeiteira Maqueli Salvador, que reside nas proximidades da empresa, entende que isso que está ocorrendo não é normal. “Eles não estão dentro das normas coisa nenhuma”, reclama. De acordo com Maqueli, a empresa queima nas caldeiras todo tipo de lixo e a fuligem expelida pela chaminé deixa as casas cobertas de sujeira. “Ninguém faz nada por nós”, diz, ressaltando que irá tomar providências caso não seja solucionado o problema. Durante a fiscalização, realizada há duas semanas, os fiscais da prefeitura orientaram para que a empresa realize a limpeza da chaminé com uma frequência maior.

Segundo a Prefeitura, fumaça expelida pela chaminé da empresa está dentro das normas da legislação ambiental. - Antonio Coloda
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