Flores poderá ter gás natural
Negociações para que a cidade possa receber o combustível se iniciaram em encontro no Centro Empresarial
Um estudo de potencial de consumo que deve ser encaminhado até maio definirá se a Companhia de Gás do Rio Grande do Sul (Sulgás) canalizará gás natural até Flores da Cunha. O projeto de cerca de R$ 5 milhões seria custeado totalmente pela estatal mediante a garantia de que as empresas interessadas consumam um determinado número de metros cúbicos do combustível mensalmente. Caso as tratativas evoluam, a projeção é de que o município receba o produto inicialmente distribuído pelo gasoduto Bolívia-Brasil em meados de 2011. Essas e outras informações foram apresentadas por representantes da Sulgás ao empresariado florense na noite do dia 25 de março, no Centro Empresarial (CE). O encontro foi organizado pelo diretor da Lavorotec, Luiz Antonio Lavoratti, o qual presta assessoria para, entre outras empresas, a Móveis Florense. “A empresa tem interesse em usar o gás natural há pelo menos 10 anos, desde quando se iniciaram as tratativas para o combustível ser oferecido na Serra, e também pelo fato de ser pioneira na conquista do certificado de gestão ambiental ISO 14001. A Keko, que pretende inaugurar sua nova fábrica na Linha 80 no início do segundo semestre deste ano, também tem um interesse muito grande na proposta. A partir daí relacionamos outras empresas interessadas em substituir os combustíveis que utilizam pelo gás”, explica Lavoratti. A reunião da semana passada serviu basicamente para os representantes da Sulgás – Juares Pinto Maestri, gerente executivo de mercado de grandes consumidores; Márcio Pires Paiva, técnico especialista em gás natural; e Luis Fernando Poester de Castro, engenheiro da área comercial da Regional Serra (sede em Caxias do Sul) – apresentarem ao prefeito de Flores da Cunha, Ernani Heberle (PDT), ao presidente da Câmara de Vereadores, Moacir Ascari (PMDB), e ao empresariado local a atual realidade da rede na Serra. A linha tronco que parte de São Francisco de Paula tem 170 quilômetros de extensão e termina em Bento Gonçalves. A tubulação passa por Caxias do Sul, Farroupilha, Garibaldi e Carlos Barbosa, além de Bento. Na Serra, o produto é oferecido desde junho de 2001. Atualmente, a rede de distribuição existe até a empresa Eaton, quase no limite entre Caxias e Flores. No local, às margens da ERS-122, existe uma válvula de espera subterrânea – para a possibilidade de o serviço ser ampliado. O investimento da estatal seria aplicado na construção de 9 quilômetros de tubulação, da Eaton até a área urbana florense. “A Sulgás faz todas as instalações, desde que as empresas interessadas se comprometam em consumir determinado número de metros cúbicos de gás por dia ou mês”, reforça Lavoratti.
Visitas técnicas
Agora, o próximo passo consiste no levantamento junto às empresas para saber qual a real necessidade de consumo. Participaram da reunião representantes da Florense, Fante, Muraro, Keko, Panizzon, Cantina da Serra, Treboll, Alumistar, Eaton e Vaportec. Conforme ficou acordado, em maio deve ocorrer novo encontro para a companhia estadual apresentar os resultados. Outra possibilidade, além da utilização industrial, é a implantação de postos que forneçam Gás Natural Veicular (GNV). Com esse objetivo, DiTrento e Trebobras também estiveram representadas no Centro Empresarial. “Convidamos o prefeito e o presidente da Câmara para mostrar que esse também é um atrativo para que novas empresas venham para Flores da Cunha”, argumenta Lavoratti. De acordo com o engenheiro da Sulgás, Luis Fernando Poester de Castro, caso não seja decidido ampliar o gasoduto, o município pode ser abastecido com gás natural por meio de caminhões especiais, conforme a demanda das empresas interessadas. Postos de combustíveis de Vacaria e Passo Fundo recebem o produto dessa forma, exemplifica. “Essa modalidade tem um custo mais caro, mas é viável. Nossa meta, agora, é realizar um estudo de potencial de consumo em Flores para definir se a tubulação será ou não ampliada”, resume Castro. Em Caxias do Sul, após a ampla utilização industrial e em postos de combustíveis, a Sulgás estuda a possibilidade de ampliar o fornecimento de gás para a área comercial (hotéis, hospitais e shoppings, entre outros). “É um plano inicial, como o que está ocorrendo em escala industrial em Flores da Cunha. Futuramente, o projeto prevê a utilização residencial do produto”, projeta o engenheiro da Regional Serra.
Por que trazer gás natural até Flores da Cunha?
O que é - O gás natural é um combustível gasoso, encontrado no subsolo, composto por hidrocarbonetos leves, predominantemente o metano. É procedente da decomposição da matéria orgânica de forma anaeróbica, ou seja, de grandes quantidades de microorganismos que, nos tempos pré-históricos, acumulavam-se nas águas litorâneas. Essa matéria orgânica foi soterrada a grandes profundidades, tendo se degradado fora do contato com o ar a altas temperaturas e sob grandes pressões. Ele pode estar ou não associado ao petróleo.
O gás natural na indústria - Na indústria, o gás natural pode substituir com eficiência qualquer combustível sólido, líquido ou gasoso, oferecendo mais benefícios. Pode ser empregado com sucesso em vários segmentos industriais como petroquímico, químico, siderúrgico, têxtil, bebidas, fumo, automotivo, alimentício e metais não-ferrosos. - Pode ser aproveitado como matéria-prima para os setores petroquímicos (produção metanol), siderúrgico e de fertilizantes (produção de amônia e uréia). Também é ideal para processos que exigem a queima em contato direto com o produto final, como acontece na produção de cerâmica e na fabricação de vidros. - Pode servir como redutor siderúrgico na fabricação de aço, como combustível para fornecimento de calor, geração de eletricidade e força-motriz e em processos de climatização e refrigeração. Entre os equipamentos que podem utilizar o gás natural, estão fornos, estufas, caldeiras, motores e secadores de grãos, entre outros.
Vantagens - Reduz a emissão de poluentes: possui combustão completa e não produz cinzas; é o combustível fóssil que emite menor quantidade de CO2 (gás responsável pelo efeito estufa).
- Mais seguro: rápida dispersão em caso de vazamentos; oferece menos riscos de explosão.
- Praticidade: fornecimento contínuo; não está sujeito a quedas de energia que podem causar danos aos equipamentos, como acontece com a eletricidade; pagamento após a utilização e apenas o que é consumido. - Menor custo operacional e de logística: oferece uma relação de custo/benefício atraente; menor manutenção; menor custo com armazenamento (não precisa ser estocado); evita despesas com limpeza e frete; produção contínua, pois reduz o tempo de parada das máquinas para manutenção; e não exige tratamento dos gases de combustão, entre outros.
Vantagens do uso em veículos - Preço baixo: o Gás Natural Veicular (GNV) é mais barato que os combustíveis automotivos. Por ter um custo direto mais baixo, a economia pode chegar a 50%.
- Menos manutenção: a combustão do gás natural tem baixíssimo nível de resíduos, o que aumenta a vida útil do carro e torna menos frequente a necessidade de manutenção.
- Sem adulteração: o GNV abastecido em seu automóvel é 100% puro, sem o menor risco de adulteração. Isso ocorre porque sua distribuição é toda feita por meio de tubulação de alta pressão desde seu ponto de extração, não havendo nenhum contato externo com o combustível.
- Sem poluição: a composição do GNV permite uma combustão completa, emitindo um teor baixíssimo de poluentes.
- Maior autonomia: o veículo que opera com combustível tradicional e o GNV, simultaneamente, tem uma média de 200 quilômetros extras de autonomia.
Dados atuais - Na Serra, empresas e postos de combustíveis de Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Farroupilha e Caxias do Sul utilizam o gás natural e o Gás Natural Veicular (GNV). - A Companhia de Gás do Rio Grande do Sul (Sulgás) é a empresa responsável pela comercialização e distribuição de gás natural canalizado no Estado. Foi criada em 1993 e iniciou a comercialização do gás natural em 2000, com a conclusão do gasoduto Bolívia-Brasil. - A Sulgás tem uma rede de distribuição de 487 quilômetros, atendendo 17 municípios por rede canalizada e 17 com Gás Natural Comprimido (GNC), transportado em caminhões especiais. - A Sulgás tem 1.006 clientes, sendo 95 indústrias, 126 estabelecimentos comerciais, 70 postos de GNV, dois em forma de co-geração, 712 residências e uma termelétrica. Fonte: Sulgás.
Visitas técnicas
Agora, o próximo passo consiste no levantamento junto às empresas para saber qual a real necessidade de consumo. Participaram da reunião representantes da Florense, Fante, Muraro, Keko, Panizzon, Cantina da Serra, Treboll, Alumistar, Eaton e Vaportec. Conforme ficou acordado, em maio deve ocorrer novo encontro para a companhia estadual apresentar os resultados. Outra possibilidade, além da utilização industrial, é a implantação de postos que forneçam Gás Natural Veicular (GNV). Com esse objetivo, DiTrento e Trebobras também estiveram representadas no Centro Empresarial. “Convidamos o prefeito e o presidente da Câmara para mostrar que esse também é um atrativo para que novas empresas venham para Flores da Cunha”, argumenta Lavoratti. De acordo com o engenheiro da Sulgás, Luis Fernando Poester de Castro, caso não seja decidido ampliar o gasoduto, o município pode ser abastecido com gás natural por meio de caminhões especiais, conforme a demanda das empresas interessadas. Postos de combustíveis de Vacaria e Passo Fundo recebem o produto dessa forma, exemplifica. “Essa modalidade tem um custo mais caro, mas é viável. Nossa meta, agora, é realizar um estudo de potencial de consumo em Flores para definir se a tubulação será ou não ampliada”, resume Castro. Em Caxias do Sul, após a ampla utilização industrial e em postos de combustíveis, a Sulgás estuda a possibilidade de ampliar o fornecimento de gás para a área comercial (hotéis, hospitais e shoppings, entre outros). “É um plano inicial, como o que está ocorrendo em escala industrial em Flores da Cunha. Futuramente, o projeto prevê a utilização residencial do produto”, projeta o engenheiro da Regional Serra.
Por que trazer gás natural até Flores da Cunha?
O que é - O gás natural é um combustível gasoso, encontrado no subsolo, composto por hidrocarbonetos leves, predominantemente o metano. É procedente da decomposição da matéria orgânica de forma anaeróbica, ou seja, de grandes quantidades de microorganismos que, nos tempos pré-históricos, acumulavam-se nas águas litorâneas. Essa matéria orgânica foi soterrada a grandes profundidades, tendo se degradado fora do contato com o ar a altas temperaturas e sob grandes pressões. Ele pode estar ou não associado ao petróleo.
O gás natural na indústria - Na indústria, o gás natural pode substituir com eficiência qualquer combustível sólido, líquido ou gasoso, oferecendo mais benefícios. Pode ser empregado com sucesso em vários segmentos industriais como petroquímico, químico, siderúrgico, têxtil, bebidas, fumo, automotivo, alimentício e metais não-ferrosos. - Pode ser aproveitado como matéria-prima para os setores petroquímicos (produção metanol), siderúrgico e de fertilizantes (produção de amônia e uréia). Também é ideal para processos que exigem a queima em contato direto com o produto final, como acontece na produção de cerâmica e na fabricação de vidros. - Pode servir como redutor siderúrgico na fabricação de aço, como combustível para fornecimento de calor, geração de eletricidade e força-motriz e em processos de climatização e refrigeração. Entre os equipamentos que podem utilizar o gás natural, estão fornos, estufas, caldeiras, motores e secadores de grãos, entre outros.
Vantagens - Reduz a emissão de poluentes: possui combustão completa e não produz cinzas; é o combustível fóssil que emite menor quantidade de CO2 (gás responsável pelo efeito estufa).
- Mais seguro: rápida dispersão em caso de vazamentos; oferece menos riscos de explosão.
- Praticidade: fornecimento contínuo; não está sujeito a quedas de energia que podem causar danos aos equipamentos, como acontece com a eletricidade; pagamento após a utilização e apenas o que é consumido. - Menor custo operacional e de logística: oferece uma relação de custo/benefício atraente; menor manutenção; menor custo com armazenamento (não precisa ser estocado); evita despesas com limpeza e frete; produção contínua, pois reduz o tempo de parada das máquinas para manutenção; e não exige tratamento dos gases de combustão, entre outros.
Vantagens do uso em veículos - Preço baixo: o Gás Natural Veicular (GNV) é mais barato que os combustíveis automotivos. Por ter um custo direto mais baixo, a economia pode chegar a 50%.
- Menos manutenção: a combustão do gás natural tem baixíssimo nível de resíduos, o que aumenta a vida útil do carro e torna menos frequente a necessidade de manutenção.
- Sem adulteração: o GNV abastecido em seu automóvel é 100% puro, sem o menor risco de adulteração. Isso ocorre porque sua distribuição é toda feita por meio de tubulação de alta pressão desde seu ponto de extração, não havendo nenhum contato externo com o combustível.
- Sem poluição: a composição do GNV permite uma combustão completa, emitindo um teor baixíssimo de poluentes.
- Maior autonomia: o veículo que opera com combustível tradicional e o GNV, simultaneamente, tem uma média de 200 quilômetros extras de autonomia.
Dados atuais - Na Serra, empresas e postos de combustíveis de Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Farroupilha e Caxias do Sul utilizam o gás natural e o Gás Natural Veicular (GNV). - A Companhia de Gás do Rio Grande do Sul (Sulgás) é a empresa responsável pela comercialização e distribuição de gás natural canalizado no Estado. Foi criada em 1993 e iniciou a comercialização do gás natural em 2000, com a conclusão do gasoduto Bolívia-Brasil. - A Sulgás tem uma rede de distribuição de 487 quilômetros, atendendo 17 municípios por rede canalizada e 17 com Gás Natural Comprimido (GNC), transportado em caminhões especiais. - A Sulgás tem 1.006 clientes, sendo 95 indústrias, 126 estabelecimentos comerciais, 70 postos de GNV, dois em forma de co-geração, 712 residências e uma termelétrica. Fonte: Sulgás.
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