Flores da Cunha já pode transmitir sinal de internet 5G
Entenda o que é o 5G, quais seus objetivos e as principais mudanças que essa tecnologia proporciona
A tecnologia 5G chegou a todas as capitais do Brasil ainda no segundo semestre de 2022, mas só em janeiro deste ano a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) liberou o sinal para os municípios de Flores da Cunha, São Marcos e Farroupilha. No mesmo mês, duas operadoras de telefonia começaram a transmitir o 5G em alguns bairros de Caxias do Sul.
No fim de fevereiro, outros 33 municípios do estado do Rio Grande do Sul receberam autorização da Anatel para começar a transmitir o sinal da nova rede 5G puro da faixa 3.5GHz, são eles: Alvorada, Araricá, Arroio dos Ratos, Cachoeirinha, Campo Bom, Canoas, Capela de Santana, Charqueadas, Dois Irmãos, Eldorado do Sul, Estância Velha, Esteio, Glorinha, Gravataí, Guaíba, Igrejinha, Ivoti, Montenegro, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Parobé, Portão, Rolante, Santo Antônio da Patrulha, São Jerônimo, São Leopoldo, São Sebastião do Caí, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Taquara, Triunfo e Viamão. A autorização é um indicativo de que as operadoras podem ativar o sinal, assim que tiverem condições, ou até o prazo de 2025.
Em todo o país a medida contemplará 347 cidades. Embora alguns aparelhos já utilizem a tecnologia, a Anatel projeta que muito mais mudará no uso diário da internet. Isso porque o impacto do 5G vai muito além do ato de enviar mensagens ou mesmo baixar arquivos.
Afinal, o que é o 5G?
O 5G é o nome dado à quinta geração de redes móveis, pelas quais smartphones e outros dispositivos inteligentes terão acesso à internet e poderão estabelecer comunicação entre si.
A tecnologia estreou prometendo entregar taxas de transferência de dados estabelecidas entre 10 Gbps e 20 Gbps (de 10 a 100 vezes mais veloz que o 4G) ao utilizar melhor as faixas de ondas de rádio no espectro de ondas eletromagnéticas – tipo de onda também utilizado pelo Wi-Fi, Bluetooth e TV aberta, por exemplo.
Diferente das gerações anteriores, o 5G trabalha com altíssimas frequências, ou seja, emite mais ondas no espaço de 1 segundo. As frequências mais comuns adotadas em diversas regiões do mundo incluem 3,5 GHz e 26 GHz. Em comparação, as faixas de maior frequência do 4G operam por volta do 700 MHz, o equivalente a 0,7 GHz.
Quanto mais ondas, mais informações são enviadas em um mesmo período, mas há uma consequência: o comprimento dessas ondas é reduzido, dificultando sua passagem por objetos muito espessos. Isso configura um dos desafios da nova rede móvel, considerando que o sinal pode ser barrado, até mesmo, quando uma pessoa se posiciona à frente de uma das antenas.
Objetivos que o 5G visa
alcançar
- Velocidade de dados significativamente mais rápida: as redes 4G conseguem atingir velocidades de download com picos de 1 Gigabit por segundo (Gbps) – embora, na prática, isso raramente aconteça. Com o 5G, essa velocidade aumentaria para 10 Gbps ou mais.
- Latência ultrabaixa: neste caso, ‘latência’ refere-se ao tempo que um dispositivo leva para enviar dados para outro dispositivo. Atualmente, o 4G apresenta uma taxa de latência de cerca de 50 milissegundos, mas o 5G quer reduzir isso para cerca de um milésimo de segundo. Isso será particularmente importante para aplicações industriais e carros autônomos.
- Um mundo mais conectado: a Internet das Coisas (IoT) deve crescer exponencialmente nos próximos 10 anos e exigirá uma rede capaz de suportar bilhões de dispositivos conectados. Parte do objetivo do 5G é fornecer capacidade e atribuir largura de banda para atender às necessidades das aplicações e dos usuários.
Fontes: Correio do Povo, Gaúcha/ZH e Canaltech
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