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Flores com boas notas

Escolas da rede pública comemoram evolução no Ideb, principal medidor de qualidade da educação no Brasil

As escolas municipais e estaduais de Flores da Cunha têm o que comemorar. Há dez dias, o Ministério da Educação divulgou os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), no qual os alunos da rede pública do município obtiveram bons resultados. A prova acontece a cada dois anos e é considerada a principal medida de qualidade da educação no país, formada pelo Saeb (prova de português e matemática) e pelo fluxo escolar (taxa de aprovação/reprovação/abandono dos alunos). Em todas as séries avaliadas, a média florense ficou bem acima das registradas no Rio Grande do Sul.
Nos anos iniciais, os estudantes do 5º ano conquistaram a nota 7.0 na avaliação, maior do que a registrada em todo o estado, de 5.8. Os alunos do 9º ano tiveram um desempenho aquém do esperado, obtendo uma média de 5.5. Ainda assim, o número é um ponto maior do que a média gaúcha dos anos finais. Quanto ao Ensino Médio, a escola São Rafael foi a única representante de Flores da Cunha, superando a meta planejada, de 4.7, em dois décimos.
Para a Secretária Municipal de Educação, Cultura e Desporto, Ana Paula Zamboni Weber, os bons resultados mostram que o município está no caminho certo. A educação de qualidade, segundo ela, se constrói com uma boa proposta pedagógica e uma gestão competente, quando a escola assume o papel de comunidade e trabalha em conjunto com as famílias. “Nós auxiliamos as escolas a terem as suas dimensões físicas, pedagógicas e de ambiente escolar bem equilibradas”, afirma Ana Paula.
Quanto aos anos finais, que tiveram um progresso inferior, ela sugere uma integração maior entre as disciplinas para que o crescimento acompanhe o das séries iniciais. “Nós temos que monitorar ainda mais de perto os alunos dessa faixa etária, reconhecer suas características. Eles têm muitos professores. É preciso desenvolver um trabalho mais integrado entre as disciplinas”, recomenda a secretária. 

Escola São José

Nos anos iniciais, a Escola Municipal de Ensino Fundamental São José conseguiu alcançar as metas projetadas pelo quarto ano consecutivo – em 2019, a média foi de 7.8, que superou inclusive os resultados planejados para 2021. 
Já no nono ano, o desempenho foi abaixo do esperado: os 6.4 alcançados pela escola são menores do que a meta de 6.7, mas um avanço em comparação à última prova. Tanto nos anos finais quanto nos iniciais, a São José teve a maior nota entre as escolas da rede pública de Flores da Cunha. 
A diretora Melissa Vanelli Conz explica que a preparação começa bem antes da aplicação da prova. “Fizemos diversos simulados para os alunos se acostumarem com a avaliação. Quando um deles estava em dificuldade, recebia reforço pedagógico. Às vezes, era encaminhado para o Núcleo de Apoio Interdisciplinar (NIAE), às vezes chamávamos os pais. A ação sempre foi imediata”, explica Melissa. 
Por isso, o resultado da escola é recebido como um reconhecimento de um trabalho em equipe feito pela direção com a coordenação pedagógica, os professores e as famílias. “É uma vitória de toda a comunidade escolar São José. Vamos continuar nos esforçando para sempre atingir as metas e melhorar cada vez mais”, afirma a diretora.

Escola Pedro Cecconello

Entre as instituições de ensino da rede pública de Flores da Cunha, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Pedro Cecconello teve o terceiro melhor desempenho nos anos iniciais. Os alunos mantiveram a média de 7.0, alcançada no levantamento anterior. 
Nos anos finais, a escola evoluiu para 5.9, apenas dois décimos abaixo da meta estipulada, o que representa o terceiro melhor resultado do município. No levantamento feito em 2017, os alunos do nono ano haviam conquistado uma média de 5.8. 
O resultado é visto como positivo pela diretora Rosa Mara Neves Mathias, que atribui o desempenho ao trabalho dos professores. “O empenho deles é o grande destaque. Eles sempre se disponibilizaram a ajudar os alunos que estavam em dificuldade”, afirma Rosa, destacando que o planejamento realizado no início do ano foi se adaptando mensalmente para cumprir as demandas que surgiam. 
Conforme a diretora, as turmas estão cada vez mais heterogêneas, exigindo que o professor tenha diferentes metodologias para atender as necessidades individuais de cada aluno. “Agora na pandemia, o desafio é ainda maior. Os professores tiveram que se aprimorar na área tecnológica. Acredito que depois disso a escola nunca mais será a mesma e talvez a nova dinâmica contribua para um melhor desempenho dos anos finais”, projeta Rosa.

Escola São Rafael 

Os alunos do 5º ano da Escola Estadual de Ensino Médio São Rafael obtiveram a média de 7.3 na avaliação, conquistando o segundo melhor desempenho nos anos iniciais. Esse é o quinto levantamento consecutivo em que a instituição alcança a média esperada. 
Já os anos finais ficaram com a nota de 5.9, um aumento de sete décimos em relação à média registrada em 2017, No Ensino Médio, o desempenho foi bastante positivo: a média de 5.1 alcançou inclusive a meta planejada para o ano de 2021. 
“Nós ficamos muito felizes com as notas. Principalmente com os pequenos, que tiveram uma das maiores do município. Mas o resultado do Ensino Médio foi mesmo surpreendente, um avanço enorme em relação a anos anteriores”, diz a diretora da escola, Ana Paula Citolin Rigotto.  
Ela elogia o trabalho desenvolvido pelos professores e atribui o bom resultado obtido à dedicação dos profissionais. “É preciso valorizar o comprometimento dos professores e da coordenação. Desde o início do ano, eles trabalharam questões relativas à prova em sala de aula, incentivaram os alunos e reforçaram constantemente a importância dessa avaliação”, afirma a diretora.

Escola Rio Branco

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Rio Branco teve uma média de 6.9 com os alunos do 5º ano, superando em nove décimos a avaliação de 2017. O resultado coloca a escola como a quarta melhor do município nos anos iniciais.
Em relação aos finais, a média de 6.2 é muito maior que os 5.4 obtidos pelos alunos na avaliação anterior. Com isso, a escola Rio Branco já alcançou a meta planejada para daqui a dois anos. 
A diretora Priscila Gelati Tronco Betanin celebra o trabalho realizado pela Secretaria da Educação, que auxilia a gestão das escolas na preparação para a prova. “No decorrer dos últimos anos, nós tivemos formações para melhorar o planejamento estratégico. Trabalhar com metas nas escolas é algo recente, é um desafio que nos foi proposto e que nós compartilhamos com os professores”, comenta a diretora. 
Pois nada seria possível, segundo Priscila, se o comprometimento não chegasse à sala de aula. “Eu quero agradecer o trabalho dos professores e o envolvimento dos alunos. É importante que todos entendam que é preciso ir atrás de resultados. Isso foi fundamental para a nossa evolução”, diz a diretora.
 

 

 

As professoras Neiva Zanatta, Cláudia Garibaldi Salvador, Adriana Stocco, Ana Paula Citolin Rigotto, Márcia dos Santos e Elisete Salvador Otobelli. - Pedro Henrique dos Santos
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