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Florenses pelo Mundo – Vida nos Estados Unidos

Leonor Mioranza Carrier reside na cidade de Bowie e conta um pouco da sua vida em nova reportagem da série ‘Florenses pelo Mundo’ do Jornal O Florense

Manter a mente sempre aberta ao que é novo é um dos legados aprendidos e ensinados pela florense Leonor Mioranza Carrier, que vive fora do Brasil há mais de 30 anos. Nascida no Travessão Alfredo Chaves, no interior de Flores da Cunha, ela cresceu ouvindo os pais e avós falando o talian e apreciando a culinária local. Segundo ela, esses também são seus motivos de saudade da cidade, além é claro, dos familiares e amigos que aqui residem. Nesta edição, Leonor ilustra nova reportagem da série especial Florenses pelo Mundo.

Aos 62 anos, Leonor vive na cidade de Bowie, Estado de Maryland, nos Estados Unidos. A cidade fica próxima da capital Washington, portanto, existe uma proximidade com o fervor da arte e da cultura contemporâneas. “Fica muito fácil visitar museus e galerias de arte aos finais de semana. A cidade é cheia de vida e temos diversas universidades, além de órgãos governamentais importantes”, frisa Leonor, destacando o acesso à cultura que o país oferece.

Antes de sair do país, Leonor viveu mais de 25 anos em Belo Horizonte (MG). Como já estava divorciada e a única filha, Caroline, morava no Exterior, resolveu explorar novas possibilidades em outro país. A preparação iniciou com aulas de inglês ainda no Brasil e seguiu com as conversas e dicas com a filha. “Além da língua, que é um grande desafio, é importante conhecer as leis do país e os costumes para poder conviver com as pessoas e se adaptar de forma mais tranquila”, frisa.

Assim que se estabilizou nos Estados Unidos, Leonor continuou a fazer aulas de inglês, mas o que realmente ajudou foi a vivência no local e a ajuda fundamental do marido, James Michael Carrier. “No início não foi fácil, a pronúncia é diferente, mas com paciência fui aprendendo. Quanto ao vocabulário, até hoje aprendo novas palavras”, destaca. A filha Caroline e a família moram na cidade de Burlington, no Estado de Vermont.

Mesmo residindo fora de Flores da Cunha mais de metade da sua vida, Leonor carrega a alegria da lembrança da sua terra. Faz dois anos desde a última visita à cidade, mas pretende voltar em breve com a filha Caroline e a família. “Quero que meus netos possam experimentar um pouco da nossa cultura. Eu fico só na saudade do talian, dos amigos de infância, dos cheiros, lugares, músicas e dos sabores do lugar onde nasci”, enfatiza Leonor, lembrando-se dos irmãos que vivem em Flores da Cunha e em Caxias do Sul. A saudade dela tem um motivo mais do que especial: em 1973 ela foi princesa da 2ª Festa Nacional da Vinduma (Fenavindima) – evento que neste ano completa 50 anos.

Conforme relata, sua atual rotina é simples. Leonor divide seu tempo entre os cuidados com o jardim, manutenção da casa e dos pomares. Vive em uma casa de esquina sem cercados e a vizinhança é muito tranquila. Quando sente saudades do Brasil, vai ao mercado, compra ingredientes e cozinha. “Aqui a alimentação é totalmente diferente e o comportamento das pessoas com relação a isso também é outro”, conta. O sentimento de gratidão é atribuído à sua trajetória de desafios e sucessos, com a expectativa de quem sempre tem muito a aprender. 

O acesso à cultura contemporânea é ressaltado por Leonor, que foi princesa da Fenavindima em 1973. - Arquivo Pessoal/Divulgação

'florenses Pelo Mundo' – Leonor Mioranza

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