Florenses Pelo Mundo - Vida na Itália
Jovem Diego Tonet vive na Itália há quase um ano
A série Florenses Pelo Mundo iniciou com o intuito de mostrar a realidade de pessoas de Flores da Cunha que vivem em outros países, mas também de inspirar quem deseja seguir por este caminho. Foi assim com Diego Luiz Tonet que, há quase um ano, mora na Itália e motivou-se a dar o passo lendo no O Florense histórias de vidas como a dele, projetadas mundo afora.
Formado em Design de Produto, aos 25 anos Diego é projetista de válvulas de petróleo na região do Vêneto, na Itália. Uma oportunidade que, segundo ele, demoraria muito para ter no Brasil. “Saí para fazer a cidadania italiana, mas na época eu não via futuro profissional no Brasil. Eu estava em uma fase complicada, tinha perdido o emprego e lutava pelos meus direitos trabalhistas. Não encontrava oportunidades na minha área”, conta. Encorajado pelo primo, que já morava na Itália, Diego fez as malas para – ao menos –, encaminhar a cidadania. Acabou ficando. “As propostas de trabalho no Brasil eram absurdas, pediam experiência e o salário era baixo. Aqui já consigo ter um retorno enquanto aprendo na área”, destaca.
Atualmente, ele mora em Pádua, mas passou os seis primeiros meses em Belluno, onde realizou o processo da cidadania. Para se comunicar, Diego aproveitou muito do que já sabia do talian, e foi aprendendo o italiano gramatical aos poucos, na região de origem dos seus antepassados.
Sobre a Itália, o jovem afirma que na região Norte as pessoas são mais ‘fechadas’, inclusive pelo clima mais frio. Chamou sua atenção as características muito parecidas com a Serra Gaúcha: regiões montanhosas, alto desenvolvimento, frio e comida saborosa. “A comida na Itália é sensacional. Não falo apenas das pizzas ou das massas, mas também do ‘gelato’, dos vinhos, queijos e presuntos.
Diego acredita que, no país italiano, as leis trabalhistas são melhores, assim como as oportunidades profissionais. “O meu conselho também é incentivador para quem tem vontade de vir trabalhar e viver um tempo por aqui. As oportunidades são boas e a região Norte é muito parecida com a nossa”, complementa. Outro ponto positivo destacado é a segurança, apesar de Pádua ser uma cidade bastante turística. Ali está localizada a Basílica de Santo Antônio. “Pessoas do mundo inteiro circulam por aqui. Todos os dias, a caminho do trabalho, no ônibus, é possível ouvir diálogos em línguas diferentes. Por isso, é muito válido pra exercitar não só o italiano, mas também o inglês”, destaca Diego.
Os planos futuros
O aprendizado de morar fora do país, estar na Europa e ter acesso ao conhecimento, são os destaques do florense. Ele divide a casa onde mora com jovens de outros países, e precisa se comunicar em outras línguas. “Eu considero isso tudo como um grande aprendizado. Por isso, meu próximo plano é viver um tempo na Austrália, pra trocar completamente de cultura, hábitos, e língua”, planeja.
Porém, a realização do período vem acompanhada também de saudade do Brasil, principalmente da mãe Zeli e da irmã Michele, de jogar futebol e ir comer um ‘xis’ depois, de tomar chimarrão, comer churrasco e estar perto dos amigos. “Estando longe percebemos ainda mais que a família é a base de tudo. Não seria nada sem minha mãe, minha irmã e meus amigos de uma vida inteira”, conta. A visita do florense será somente para o período das festas de final do ano. Depois, ele pretende voltar para Itália para vivenciar mais experiências, ter mais aprendizados e retomar os planos pelo mundo.
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