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Florenses pelo Mundo – Vida na Holanda

Gabriel Nardello Pontel vive há dois anos em Haia, cidade sede da justiça internacional

Na última reportagem da série Florenses pelo Mundo, vamos contar a história do jovem Gabriel Nardello Pontel, 27 anos, que vive em Haia, a capital internacional da justiça e da paz, na Holanda. “É uma cidade cheia de museus, limpa, um clima de praia, com muito surf e bicicletas. Aqui é uma cidade onde o mundo inteiro se reúne para discutir assuntos de paz mundial”, ressalta Gabriel.

Desde dezembro de 2016 na Holanda, o jovem trabalha em um restaurante argentino como chef de cozinha. “Não é um problema na Holanda não saber falar holandês. Com o inglês você se vira muito bem. Achei um emprego na primeira semana que cheguei, em um restaurante argentino, e aqui fiquei. Comecei lavando prato, depois fui para o bar, e agora trabalho na cozinha como chef. Ele se localiza na praia, é um restaurante de alto padrão”, conta.

Gabriel saiu do Brasil pela primeira vez em 2010. Morou um ano e meio na Austrália para aprender melhor a língua inglesa. Lá, trabalhou como entregador de pizza, pedreiro, faxineiro, pintor, entre outros serviços. “Em 2015, quando deu uma crise forte na indústria aqui no Brasil, a empresa onde trabalhava demitiu 60% dos funcionários. Eu fui um deles. Continuei procurando empregos, mas não encontrei nada na minha área. Então decidi sair do país”, destaca Pontel, que estudou por seis anos Engenharia Civil. “Visei vário lugares, em torno de 20 países. E morar aqui torna muito fácil visitar qualquer outro país da Europa”, complementa.

Nos Países Baixos, o uso de bicicletas e a segurança são exemplos reconhecidos. “Dentro da cidade todos andam de bicicleta. O transporte público é muito bom, mas é muito caro, mais um motivo para tantas bikes. Tem ciclovias em todas as ruas e bem sinalizadas. Segurança exemplar. Nunca ouvi uma notícia de pessoa sendo atropelada ou morrendo no trânsito e até mesmo de assaltos”, conta.

Conforme Gabriel, para brasileiros é mais difícil morar na Holanda, pois é exigida a cidadania europeia. “Eu tenho a cidadania italiana, então ficou mais fácil. Quem quiser vir para a Holanda tem muito emprego e é um país que se ganha relativamente bem comparando com outros países europeus”, informa.

Questionado se pretende voltar para o Brasil, Gabriel diz que quem sabe em um futuro distante. “Agora não estou pensando nisso. Só vou para o Brasil de férias e para encontrar a família e amigos, porque a saudade é muito grande. Percebo que o Brasil precisa melhorar muito em segurança e em qualidade de vida para valer a pena voltar, se não, não vejo muitos prós”, opina.

E para quem sonha em morar no Exterior, Gabriel deixa uma dica: “Se você quer realmente sair, escolha um país – em geral todos são bons –, e se joga. Não fica enrolando. Trabalho para sobreviver existe em todos os lugares. Aqui a mão de obra básica é completada por estrangeiros. Vai, com certeza, enfrentar dificuldades no começo, mas vai abrir a mente e estar integrado com o mundo. Conhecemos gente nova, pensamentos diferentes, e isso é muito bom para o nosso crescimento pessoal”, conclui.

Haia

Haia é a terceira mais populosa cidade dos Países Baixos, com uma população de aproximadamente 500 mil habitantes e com uma área aproximada de 100 quilômetros quadrados. Está localizada no Oeste do país, na província da Holanda do Sul, a qual também é capital. Haia fica a cerca de 50 quilômetros de Amsterdam.

A cidade é conhecida por ser a sede da justiça internacional, onde está localizado o Tribunal Internacional de Justiça, o Tribunal Permanente de Arbitragem e a Biblioteca do Palácio da Paz, reconhecida pela vasta bibliografia sobre direito internacional. Lá, também se encontra um dos museus mais importantes da Holanda, Mauritshuis (em português: Casa de Maurício), localizado em um prédio histórico. A cidade em miniatura, conhecida como Madurodam, é outro ponto turístico a ser visitado.

Visita a Tailândia - Arquivo Pessoal/Divulgação
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