Florenses pelo Mundo – Vida na Austrália
Matheus Pirolli residiu na Oceania e conta um pouco da sua vida em nova reportagem da série do Jornal O Florense
Em outubro de 2016, Matheus Pirolli saiu de Flores da Cunha para ganhar experiência pessoal e profissional fora do Brasil. Após um ano e meio, ele retorna à cidade natal com a bagagem cheia de histórias e compartilha algumas delas nesta edição em que ele protagoniza nova reportagem da série Florenses pelo Mundo (outras histórias podem ser conferidas em texto e vídeo no site jornaloflorense.com.br).
“Nada foi como eu esperava, o inesperado faz parte da jornada”, afirma ele, hoje com 28 anos. Talvez sair de uma cidade pequena e morar em um lugar com mais de 6 milhões de pessoas tenha sido o maior desafio para Pirolli, que avalia de forma positiva essa imersão em outras culturas e, por que não, desconstrução de rotinas e hábitos arraigados em si. Ele residiu por um período inicial na cidade de Perth, capital do Estado de Western Austrália, na costa oeste da Austrália, e por outro período em Sydney, capital de New South Wales, na costa leste.
O motivo da viagem era ter uma mudança de vida e também um desafio a superar. “Eu queria viver por minha conta, até então sempre tinha morado com meus pais. Além disso, eu vinha alimentando o sonho de estudar fora, até que finalmente decidi ir e escolhi o inglês. O Brasil ainda carece muito de profissionais com bom domínio da língua, e vi nisso uma oportunidade”, frisa. Além do idioma, ele continuou seus estudos na área da Engenharia Mecânica, a qual é formado, e recebeu diploma em Gerenciamento de Projetos.
A escolha pela Austrália foi por ser um país que permite que o estudante também trabalhe (somente 20 horas semanais), o que já garante um rendimento para manter-se no país e também viajar. “Morando na Austrália, viajei pelas duas costas (leste e oeste), visitando a maioria das capitais e principais pontos turísticos. Além disso, fiz um mochilão pelo sudeste asiático por 34 dias, onde viajei pela Indonésia, Malásia, Vietnã e Tailândia”, conta. Para realizar o processo de intercâmbio, o estudante buscou uma agência especializada para facilitar as questões burocráticas e também a contratação do curso. “Na hora de escolher o país em que se quer ter uma experiência de intercâmbio, deve-se levar em conta o estilo de vida que gostaria de viver e relacionar com seus objetivos. A distância geográfica da Austrália sempre me fascinou além da proximidade com a Nova Zelândia, foram fatores que ajudaram na decisão. E também adoro praia e é um país muito seguro”, destaca.
Em Sydney, sua rotina se resumia em estudos e entrega de relatórios. E aos finais de semana, trabalhava como garçom ou bartender, e também teve uma experiência em uma grande rede de hotéis. “Acabei perdendo a vida social por um período, mas minha sorte é que sempre fui um bom aluno e tive disciplina para cumprir prazos e realizar todas as minhas atividades”, destaca. Outro ponto positivo destacado por Matheus foi dividir a casa com pessoas de vários lugares do mundo, trocando experiências e hábitos culturais. Entre os pontos positivos da Austrália, ele destaca as linhas de trem, muito ágeis, além da estrutura de saneamento básico padrão.
Saudades
Filho único de Pedro e Ilce Pirolli, Matheus afirma que a saudade é toda atribuída à família e aos amigos. “Também sinto falta da nossa comida. Ficam o aprendizado que se conquista e a quantidade de pessoas novas que se conhece”, frisa. Aos 28 anos, Matheus retorna de uma experiência em outro país com expectativas e também medos. Feliz por rever a família, os amigos e retomar suas atividades, e com a expectativa de um recomeço profissional, muito mais preparado do que antes da viagem. “A tal da ‘zona de conforto’ tem ficado cada vez mais distante e espero poder levar esse conceito para minha profissão. Em relação ao medo é mais em referência a situação econômica, oportunidades e segurança do país”, complementa.
Para quem deseja fazer um intercâmbio, ele dá destaca as seguintes dicas: planeje a viagem, prepare-se para lidar com as diferenças e esteja aberto a novas amizades e oportunidades. “Vale também procurar pessoas que já tiveram essa experiência, mas lembre-se que cada história tem um rumo e um significado diferente. Eu volto muito feliz com as minhas conquistas”, confidencia.
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