Florenses pelo Mundo – Vida na Austrália
Gustavo Paviani reside em Sydney e conta um pouco da sua vida em nova reportagem da série ‘Florenses pelo Mundo’ do Jornal O Florense
A pretensão de ganhar o mundo sempre esteve nos planos de Gustavo Paviani. Desde cedo, estudou e foi em busca da realização pessoal e profissional: se estabelecer em um país que lhe proporcionasse oportunidades aliadas a qualidade de vida. Nesta edição, ele protagoniza nova reportagem da série especial Florenses pelo Mundo (outras histórias podem ser conferidas no site www.jornaloflorense.com.br).
Aos 37 anos, formado em Administração de Empresas pela Macquarie University, em Sydney, diplomado em Contabilidade no La Salle Carmo de Caxias do Sul e em Marketing pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), Paviani reside na Austrália há oito anos e trabalha como gerente de contas da LG Eletrônicos. A área é específica de atuação com painéis solares, baterias de armazenamento de energia solar residências e comerciais e sistemas de gerenciamento de energia, sendo responsável pelo gerenciamento de vendas em metade do território australiano.
Apesar de ter deixado a família e os amigos no Brasil, Paviani escolheu o outro lado do mundo devido à facilidade que tinha com o idioma (língua inglesa), situação econômica estável e, principalmente, estilo de vida. “Moro perto da praia, mas trabalho próximo nas montanhas, então quando vou ao escritório viajo mais de uma hora até chegar. Tento balancear o trânsito como uma parada para academia, natação ou yoga. Sempre que possível tenho minha prancha de surf dentro do carro e tento surfar de manhã cedo ou final da tarde”, conta.
Conforme relato de Paviani, a Austrália é um país muito seguro, pois as leis são rígidas e, além disso, o clima é ameno. “Não chove muito, é mais seco do que no Sul do Brasil”, compara. O florense destaca que muitas pessoas não se adaptam por ter uma cultura diferenciada e a questão profissional ser muito competitiva. “Por esse fato, muitos têm dificuldades em se posicionar profissionalmente no mesmo nível do país de origem. As leis de imigração também estão ficando mais rígidas, seguindo uma tendência mundial de protecionismo”, conta.
Gustavo Paviani é cidadão australiano, e sempre foi movido pela vontade em experimentar a vida sem influências locais e poder explorar o autoconhecimento. Mas a saudade da terra natal é inevitável. Segundo ele, não tem como negar as origens e não sentir a falta da família. “Os brasileiros têm relações familiares muito fortes. Mantenho a comunicação com minha família regularmente e, apesar da distância, me sinto muito ligado a eles.” A falta que o florense sente também é pelos amigos que aqui mantêm, mas frisa que os mais próximos permanecem unidos, independente da distância. Veio ao Brasil duas vezes em 2016 e esse ano não pretende vir.
Apesar de o trabalho ocupar a maior parte do seu tempo semanal, as horas de folga são bem aproveitadas por ele que adora curtir a natureza e viajar pelo país. O turismo é bastante explorado e com boa estrutura fica fácil de acampar nas praias e viajar com amigos aos finais de semana. “Viajei pelas maiores cidades da Austrália e gosto muito de Sydney devido à conveniência de poder ter uma carreira corporativa. Além disso, sempre tem algo cultural acontecendo, como shows, eventos, festivais, museus e parques, tudo isso contribui para valorizar os momentos livres”, enfatiza.
Aos que desejam viver fora do Brasil, Gustavo acredita que o comportamento dos brasileiros mudou nos últimos anos: o que era somente experiência de intercâmbio acabou se transformando na vontade em morar definitivamente em outro país. “Os desafios são muitos, principalmente depois do primeiro ano de encantamento. É importante ter um nível de comunicação apropriado, sem conseguir se comunicar fica difícil se estabelecer profissionalmente e continuar os planos”, pontua, frisando a importância de manter comunicação em uma agência de imigração. “Uma dica é, antes de ir para ficar definitivamente, explore o país em uma viagem informal para entender o estilo de vida. Mas principalmente carregue na mala muita vontade de explorar o mundo, os resultados são recompensadores”, avalia.
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