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Florenses pelo Mundo – Vida em Portugal

Sérgio Michelon Molon reside em Lisboa e conta um pouco da sua vida em nova reportagem da série ‘Florenses pelo Mundo’ do Jornal O Florense

A oportunidade de um intercâmbio realizou o desejo do estudante Sérgio Michelon Molon em viver fora do país. Em apenas três meses de sua estadia em Lisboa, capital de Portugal, ele já se define como uma “pessoa de pessoas e não de lugares” e explica a afirmação citando que a vida acontece no lugar onde se está sem perder a ligação com as pessoas que se têm. Natural do distrito de Otávio Rocha, em Flores da Cunha, ele nunca tinha saído do país e aproveita esse ano de intercâmbio na Universidade de Lisboa para viver novas experiências e viajar. Serginho, como é conhecido pelos amigos, tem 20 anos, estuda Física na Universidade de Caxias do Sul (UCS) e é daquelas pessoas espirituosas, que logo ganha o carinho dos que o conhecem. Nesta edição, ele protagoniza nova reportagem da série especial Florenses pelo Mundo (outras histórias podem ser conferidas aqui) – veja abaixo o vídeo com o entrevistado.

O menino do interior que sempre estudou em escolas públicas, primeiro na Francisco Zilli em Otávio Rocha e depois na São Rafael, destacou-se pela dedicação aos estudos. Desde criança sabia que iria ganhar o mundo, e este ano a ideia se concretizou. “Costumo dizer a mim mesmo que não é apenas um ano de intercâmbio na minha vida, mas é a minha vida em um ano”, afirma o jovem, complementando que o mais interessante é a experiência que se vive e as transformações que isso gera por meio dos aprendizados. Como pretensão de futuro, ele espera continuar na área da Física, fazendo mestrado e doutorado na área da educação. “A ideia mesmo é seguir e quem sabe ser secretário de Educação, palestrante ou professor”, planeja.

Em solo português, ele divide apartamento com jovens de diferentes países, e mesmo não tendo tanto contato com eles sente falta do calor e do jeitinho brasileiro. “Quero o pão da minha mãe, tortéi, churrasco e polenta”, brinca ele falando sobre as saudades que acumula nesses primeiros meses longe de casa. A família que sempre o apoiou nas decisões é o que o jovem mais cita com sentimento de muita gratidão. “Se não fosse minha família eu talvez não vivesse isso neste momento. Sempre busquei ajudar as pessoas, e quando se dá coisas boas se recebe de volta, seja quando for”, frisa.

Para Serginho, o estranhamento de estar fora do país é realmente os costumes dos povos e o jeito das pessoas. “É uma experiência de ver o mundo com meus próprios olhos, está sendo tudo incrível e revelador, sobre mim e sobre o mundo.” Até o final do ano ele deve conhecer outros países como Marrocos, Irlanda, Alemanha e Bélgica. Para o ano que vem, o plano é viajar pelo Leste europeu e continuar os estudos. A previsão é voltar ao Brasil em agosto para a reta final do curso. Sobre os planos para o futuro ele prefere não ter certeza de nada, além de estudar e estar aberto a novas oportunidades.

Os desafios

Para quem deseja fazer um intercâmbio ou viver um período fora do país, a dica de Serginho é se dedicar a um segundo idioma, como o inglês. Mesmo em Portugal, muitas aulas são ministradas no idioma mais falado no mundo. Também é importante gerir a própria organização, como serviços de casa e compras. “Eu sempre ajudei em casa e me virei em cozinhar e me organizar, isso não senti impacto, mas tudo é muito intenso e as coisas acontecem rápido”, destaca.

A visão positiva de Serginho também o mantém sempre ativo para enfrentar os desafios, os estudos e ainda se comunicar com os amigos. As redes sociais são um meio de mostrar o que está vivendo e também motivar outros jovens a fazer um intercâmbio. “Quando eu cheguei não conhecia ninguém aqui, por isso eu comecei a dividir as experiências com vídeos no Instagram. E as pessoas começaram a dar retornos superpositivos e eu me motivei ainda mais. É uma forma de me aproximar dos meus amigos e mostrar o que os meus olhos estão vendo”, conta. Os vídeos são cheios de bom humor e mostram a realidade, como os preços dos lugares onde frequenta, a diferença de costumes, as viagens que faz e também as festas e os passeios pela cidade.

A comparação entre as realidades de Flores da Cunha e Lisboa, as universidades e a vida que está vivendo, para ele são medidas diferentes. “São experiências opostas, mas complementares, uma me levou a outra e sou grato por poder viver isso tudo. Mas não consigo pesar na mesma balança, são valores diferentes de países diferentes”, enfatiza. Para quem tem o desejo de viver essa experiência, Serginho encoraja: “É possível para qualquer pessoa, basta estudar e se dedicar que vai acontecer. Devemos sim abrir nossos olhos para o mundo, para as culturas, as pessoas e para a vida, sem nunca deixar de ser quem se é”.

Jovem do distrito de Otávio Rocha faz intercâmbio para estudar Física em terras lusitanas. - Arquivo Pessoal/Divulgação Serginho Molon na Praça do Comércio de Lisboa: “Devemos abrir nossos olhos para o mundo”. - Arquivo Pessoal/Divulgação

'florenses Pelo Mundo' – Serginho Molon

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1 Comentários

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    Que lindo! Maravilhoso parabens pela conquista vc tem muuuita luz vai ter muito sucesso e ser muito feliz, já é. Adorei te conhecer. Soy amiga da sua mae e tia da Giovana casa. Bjs..

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