Geral

O ano era 2016. Ela havia concluído a formação em Arquitetura e Urbanismo e o período era ideal para começar a estruturar o sonho de viver um tempo fora do país. A florense Alissa Polo Triaca, 27 anos, reside desde março de 2018 na cidade Ballston Lake, localizada no estado de Nova York. “Viver a experiência de estar imersa em outra cultura, falando outro idioma, viajando para lugares diferentes e conhecendo novas pessoas”, esse é o plano que a jovem planeja com este intercâmbio. Atualmente, a florense reside com uma família americana, onde aprimora o idioma a cada dia e vive a cultura de forma intensa. A cidade de Ballston Lake está localizada ao lado de Albany, capital do Estado de Nova York, e está aproximadamente duas horas e meia da cidade de Nova York, um dos lugares mais populosos do mundo.

Assim como muitos brasileiros que vivem em outros países, Alissa afirma que depois de poucos meses a saudade dos familiares e amigos próximos já começa a apertar. “Você precisa tentar se aproximar das pessoas, do contrário se sentirá mais sozinha. Os americanos são mais reservados e não tão calorosos quanto os brasileiros, e isso deixa o fator saudade ainda mais complicado”, enfatiza a jovem, que pretende ficar um ano no país para então voltar ao Brasil e retomar seus estudos na área da arquitetura. 

Outro fator é, sem dúvida, a comida. Os Estados Unidos é um dos países que mais consome fast food e muito do que vai à mesa é industrializado. “Foi o que mais sofri pra me acostumar. O nosso tempero, as comidas naturais e menos industrializadas fazem muita falta”, afirma.

Além das experiências típicas dos americanos, como ir a jogos de beisebol e viajar para a Disney, Alissa também aproveita a oportunidade para conhecer a arquitetura local e visitar lugares que estudou nas aulas da faculdade, como o High Line, um grande parque suspenso localizado na cidade de Nova York. “Ainda falando em arquitetura, estou planejando visitar a Casa da Cascata, entre outros lugares”, antecipa. No mês de agosto, ela fará uma road trip pela Califórnia, Las Vegas e Grand Canyon e também prevê visitar o Canadá antes do final do ano.

O clima da cidade é bem frio, apesar de agora estar no verão, quando chegou, no mês de março, a jovem enfrentou temperaturas de até -13ºC. “Já sabia que o inverno seria rigoroso, por estarmos próximos ao Canadá, mas certamente foi a menor temperatura pela qual já passei na vida”, conta. 

Para viver essa fase, ela destaca que se preparou e planejou os detalhes durante um longo período, e que, principalmente, precisou abdicar de muitas coisas importantes, como o convívio com as pessoas que ama e o início imediato da carreira de arquiteta. “Independente de tudo estou muito feliz, por que é certo que essas vivências serão aprendizados para me tornar alguém melhor e ficará marcado para sempre na minha vida”, finaliza.