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Florenses pelo mundo: a paixão por idiomas de Elis Mantovani

A florense mora em Viena, na Áustria, há mais de três anos.

Mais do que realizar o sonho de cursar Comércio Internacional em Viena, que abriga a mundialmente reconhecida universidade WU, a florense Elis Mantovani, 23 anos, cultiva um fascínio por idiomas que começou aos 11 anos durante sua primeira viagem à Europa. A realidade no continente, muito distinta da pequena Terra do Galo, e a diversidade de culturas, catedrais e museus incentivaram Elis a desbravar o mundo cada vez mais. Desde então, seus olhos se encheram ao contemplar as imponentes estruturas arquitetônicas da capital austríaca, onde mora há mais de três anos.

Os primeiros passos foram na Itália e na Alemanha. Dois anos após a primeira viagem, Elis viajou novamente com o pai Silvio Mantovani, desta vez para a Alemanha, aos 13 anos.

 — Desde pequena, eu sempre dizia que queria estudar no exterior. Quando ainda estava no Ensino Fundamental, meu pai me levou duas vezes para a Europa. Nessas viagens, percebi como era legal conhecer outros países, onde as pessoas tinham culturas diferentes, falavam outros idiomas e visitar catedrais antigas e museus. Uma realidade que era bem diferente da minha, moradora de uma cidade pequena.

Motivada pelo seu gosto por idiomas, Elis descobriu o Instituto Ivoti, que oferecia cursos de alemão. Assim, terminou o segundo grau em um internato no município da Região Metropolitana, estudando três anos de alemão intensivo.

— Não foi muito planejado qual país eu iria. Surgiu uma oportunidade de vir para a Áustria e ficar por três meses fazendo um curso intensivo de alemão. Era uma ideia legal, então vim para cá e fiz esse curso durante as férias do segundo para o terceiro ano do Ensino Médio — relembra.

Decidida a estudar Comércio Internacional, a florense ressalta o deslumbramento que sentiu pela Wirtschaftsuniversität Wien, a famosa WU, que, em tradução livre, significa Universidade de Economia e Negócios de Viena. Vários aspectos chamaram sua atenção, especialmente a arquitetura, a estrutura e os vastos cursos voltados para sua área.

Uma cidade cosmopolita

Além das construções, Elis também destaca a pluralidade cultural de Viena, que a encanta.

— O que mais me impressionou quando cheguei foi a beleza. Viena foi a capital do Império Austro-Húngaro, um dos maiores impérios que dominaram a Europa, e essa imponência se reflete na cidade. As ruas são largas, tem castelos, a prefeitura e o parlamento, é uma construção mais linda que a outra. Os jardins também são todos perfeitos. Fora a beleza, o que gosto muito é que Viena é uma cidade cosmopolita e estou sempre conhecendo pessoas do mundo inteiro — destaca.

Claro que, como todo viajante, a jovem florense também enfrentou as diferenças culturais entre o Brasil e a Áustria na prática.

— O povo austríaco é muito justo; tudo é “preto no branco” e as coisas funcionam. Mas, com certeza, enfrentei algumas diferenças culturais que tive que me adaptar. O povo é muito mais frio que nós, brasileiros, e também muito mais direto. Eles não são muito simpáticos e falam tudo direto, são práticos. Percebi que, como estudante aqui, foi bem mais difícil me integrar. No Brasil, quando alguém novo chega, as pessoas costumam convidar para eventos, tentam integrar. Aqui é diferente, não são eles que convidam, você tem que dar o primeiro passo. Isso foi o que mais tive que me adaptar para entender e mudar meu pensamento — compara.

Para os florenses que sonham em morar no exterior, a estudante dá duas dicas principais:

— A primeira dica é pesquisar, entrar em contato com escolas de intercâmbio e instituições que organizam esses programas. Também é importante pesquisar na internet, porque tem muitas oportunidades por ai que a gente nem sabe. Hoje em dia, com a internet, temos acesso a quase tudo, então é fundamental se informar. A segunda dica é ir com a mente aberta, porque aqui no exterior é outra cultura; as pessoas são criadas com outro pensamento e precisamos tentar entender para se adaptar e integrar ao país — finaliza.
 

 - Arquivo pessoal
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