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poca de isolamento social, a companhia de livros, filmes e séries se tornou ainda mais importante. Por isso, a tradicional Feira do Livro de Flores da Cunha adequou suas atividades aos novos tempos: devido à pandemia, a 43ª edição do evento terá sua programação completa exibida em formato online.
A partir desta segunda-feira, dia 12, até a quinta-feira, dia 15, a Feira do Livro vai promover uma série de palestras com escritores e contação de histórias que serão veiculadas pelas redes sociais do município, além de um desconto de 10% na compra de livros na livraria Almanaque Cultural. As escolas municipais e estaduais também vão receber um kit com alguns dos livros publicados pelos escritores participantes desta edição. 
A mediação será feita pelo animador cultural Roger Castro, do grupo Vivandeiros da Alegria. Entre as atrações, estão a autora de histórias infantis Eleonora Medeiros e o escritor Egui Baldasso, que falará com o público juvenil. 
O Grupo de Animadores e Contadores de História Vivandeiros da Alegria, que há mais de 10 anos contagia o público com ações culturais como improviso teatral, dinâmicas lúdicas e jogos didáticos, inicia as atividades na manhã de segunda-feira, dia 12, às 10h. Na quinta-feira, dia 15, o encerramento fica por conta de uma figura conhecida na região: o Frei Jaime Bettega, que às 19h30min comanda a última palestra da Feira.
O público pode acompanhar a programação completa ao vivo pela página do Facebook da Prefeitura (facebook.com/PrefeituradeFloresdaCunha) e pelo canal do Youtube da Secretaria da Educação (https://bit.ly/32VUYfF).

Programação Completa

12 de outubro
10h: Vivandeiros da Alegria – contação de histórias
 

13 de outubro
10h: Vivandeiros da Alegria – contação de histórias
13h30min: Eleonora Medeiros – literatura infantil
14h: Vivandeiros da Alegria – contação de histórias
16h: Eleonora Medeiros – literatura infantil
 

14 de outubro
8h30min: Egui Baldasso – literatura juvenil e adulta
9h: Vivandeiros da Alegria – contação de histórias
10h: Egui Baldasso – literatura juvenil e adulta
 

15 de outubro
10h: Vivandeiros da Alegria – contação de histórias
19h30min: Frei Jaime Bettega – palestra

Os palestrantes

Egui Baldasso

Jornalista formado pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), o farroupilhense Egui Baldasso é autor de dois livros: a reunião de crônicas e poesias ‘Sequência de Rabiscos’, lançada em 2017, e ‘#vailá e outras tentativas de te fazer entender que a vida é agora’, de 2019, que surgiu de vídeos publicados em suas redes sociais. 
Egui é colunista do jornal Informante, de Farroupilha, e patrono da 29ª edição da Feira do Livro de Carlos Barbosa. Ele divulga seus textos em sua página no Facebook – sequenciaderabiscos –, seguida por mais de 12 mil pessoas.
A carreira como palestrante começou por acaso. Convidado a conversar com adolescentes de uma escola de Carlos Barbosa em 2017, Baldasso montou a palestra ‘Sequência de Rabiscos’, que vêm ministrando desde então. “Com os adolescentes, eu abordo como era o meu mundo quando eu estava sentado ali no lugar deles: os medos, angústias e dilemas próprios da idade”, conta o escritor.
Ele lembra de visitar, aos 16 anos, a Feira do Livro de Porto Alegre, onde percebeu a importância de eventos como esse. “Toda Feira do Livro é um sonho diferente para mim. Se as autoridades municipais soubessem do impacto que uma criança sente ao folhar um livro, ao escutar uma pessoa dizendo como a literatura mudou sua vida, nunca deixariam de realizá-la, mesmo com a pandemia”, afirma Baldasso.

Eleonora Medeiros

Pedagoga, escritora e contadora de histórias, Eleonora Medeiros trabalha há mais de 30 anos na área da educação literária e escreveu nove obras infantis publicadas pela Editora ViaPampa. Ela também é proprietária de uma livraria itinerante com foco na literatura infantil e do Ninho Estúdio Literário, que realiza oficinas e palestras sobre o tema.
Eleonora idealizou os projetos de incentivo à leitura ‘Ninho no coração’ e ‘Mar de Livros’, realizados em cursos de Magistério, ONGs e bibliotecas comunitárias, que realizam oficinas de capacitação para jovens contadores de história.
Nascida no Alegrete, Eleonora costumava ouvir histórias da avó quando criança. Com oito anos, começou a escrever poesias, que a irmã mais nova vendia na saída da Missa. Depois, a escritora trabalhou em bibliotecas e passou a vender livros na sua própria livraria. Mas foi na sala de aula que descobriu a vocação para contar histórias: “Uma professora disse que eu levava jeito. Eu acreditei e acabei criando as minhas próprias”, conta a autora.
Segundo Eleonora, histórias existem há mais tempo do que a humanidade e é preciso que elas não parem de ser contadas, mesmo em meio à pandemia. “Parabéns a Flores da Cunha pela iniciativa e por ter conseguido achar essa alternativa. A arte é o que nos inspira. Nós podemos ficar afastados, mas a gente precisa da arte para se conectar com a vida”.