Falta de chuva pode começar a prejudicar as parreiras
Retorno da precipitação depende da regularização do clima. Em Flores e Nova Pádua, plantio do alho e da cebola deve ser comprometido
A chegada de uma nova – e intensa – frente fria ao Rio Grande do Sul provocou uma queda significativa das temperaturas nesta semana. A passagem desse sistema (que permanece na atmosfera gaúcha por mais alguns dias) resultou em chuvas isoladas que foram incapazes de amenizar a estiagem iniciada em novembro de 2011. De acordo com o boletim do tempo divulgado pelo Centro Estadual de Meteorologia (Cemet-RS), órgão da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), os volumes mais significativos de chuva ocorreram na Campanha, na fronteira com o Uruguai. A maior quantidade de chuva foi registrada no Noroeste do Estado, na região de Iraí (20 milímetros). No interior do Estado e na Serra a quantidade de chuva não foi considerada significativa.
Nas proximidades do Rio das Antas a falta de chuva também é evidenciada. Para termos uma ideia, de acordo com dados da Somar Meteorologia, em maio foram registrados apenas seis dias com precipitação em Flores da Cunha, acumulando 44,2mm. Isso representa um desvio de -68%, considerando que a média climatológica para o período é de 139,2mm. Em Nova Pádua, a quantidade de chuva foi menor ainda. Foram registrados cinco dias com chuva no mês anterior, totalizando 39,9mm (-71% em relação à média). Contudo, diferente do que acontece em outras cidades do Estado que sofrem com a estiagem, em Flores da Cunha e em Nova Pádua, de acordo com representantes dos escritórios da Emater, a situação só não é pior em virtude da grande quantidade de chuva registrada nas duas cidades no mês de fevereiro, cerca de 300mm.
Alho pode ser prejudicado
A baixa incidência de chuva está refletindo novamente no plantio de cultivares como o alho e a cebola. Conforme a Emater de Flores da Cunha, alguns agricultores procuraram o órgão preocupados com a situação do solo que, em breve, irá receber o alho. A situação ainda não é considerada crítica. “O nível dos açudes e arroios diminuiu, mas não registramos falta de água. O abastecimento doméstico é feito, em sua maioria, por poços artesianos, que ainda têm boa quantidade de água. Daqui para frente, se não chover, também poderemos ter problemas com as parreiras, que agora estão em período de dormência”, explica a engenheira agrônoma da Emater florense, Sandra Maria Dalmina. “Acreditamos que a chuva irá retornar à medida que o inverno for chegando. Esse é um período caracterizado como chuvoso. Por isso ainda não estamos tão preocupados com a falta de água”, completa a agrônoma. O inverno se inicia em 20 de junho.
Em Nova Pádua, a situação é semelhante. De acordo com o chefe da Emater do município, Leonildo Sperotto, até o momento não está faltando água. Contudo, com o início do plantio do alho e da cebola os agricultores poderão enfrentar dificuldades – o nível dos açudes e arroios é considerado baixo, o que impede a irrigação das lavouras. “A chuva registrada na semana passada, cerca de 25mm, não foi suficiente para repor açudes e arroios. Temos reservas para um período curto”, afirma.
Sperotto prevê que a situação pode ficar preocupante se a chuva não chegar nos próximos dias. “A previsão não indica uma precipitação significativa para os próximos 10 dias. Pelo que tenho conversado com os agricultores, a terra está uma farinha, por conta da falta d’água. Isso poderá afetar o plantio, mas a esperança é que chova em breve. No ano passado foi assim também e lá pelo dia 20 de junho choveu tanto que os agricultores não conseguiam entrar na lavoura”, descreve Sperotto.
Prognóstico positivo
De acordo com a previsão do Cemet-RS, a previsão é que a instabilidade aumente no Estado durante a primeira quinzena de junho. “Em boa parte do Estado a precipitação deve oscilar em torno de 50mm a 65mm. Porém, o retorno da precipitação não indica o fim da estiagem. Ao que parece, teremos até o final do outono e início do inverno ainda precipitações abaixo do esperado”, aponta o meteorologista do Cemet-RS, Flávio Varone.
O Rio Grande do Sul não sofre mais com o efeito La Niña, que prejudicou a ocorrência de chuva durante a primavera. Por isso, os prognósticos indicam que aos poucos a atmosfera irá voltar à normalidade. Varone salienta ainda que o inverno será bem típico, “com o ingresso de frentes frias que trarão chuvas regulares, em alguns momentos mais intensas”.
Nas proximidades do Rio das Antas a falta de chuva também é evidenciada. Para termos uma ideia, de acordo com dados da Somar Meteorologia, em maio foram registrados apenas seis dias com precipitação em Flores da Cunha, acumulando 44,2mm. Isso representa um desvio de -68%, considerando que a média climatológica para o período é de 139,2mm. Em Nova Pádua, a quantidade de chuva foi menor ainda. Foram registrados cinco dias com chuva no mês anterior, totalizando 39,9mm (-71% em relação à média). Contudo, diferente do que acontece em outras cidades do Estado que sofrem com a estiagem, em Flores da Cunha e em Nova Pádua, de acordo com representantes dos escritórios da Emater, a situação só não é pior em virtude da grande quantidade de chuva registrada nas duas cidades no mês de fevereiro, cerca de 300mm.
Alho pode ser prejudicado
A baixa incidência de chuva está refletindo novamente no plantio de cultivares como o alho e a cebola. Conforme a Emater de Flores da Cunha, alguns agricultores procuraram o órgão preocupados com a situação do solo que, em breve, irá receber o alho. A situação ainda não é considerada crítica. “O nível dos açudes e arroios diminuiu, mas não registramos falta de água. O abastecimento doméstico é feito, em sua maioria, por poços artesianos, que ainda têm boa quantidade de água. Daqui para frente, se não chover, também poderemos ter problemas com as parreiras, que agora estão em período de dormência”, explica a engenheira agrônoma da Emater florense, Sandra Maria Dalmina. “Acreditamos que a chuva irá retornar à medida que o inverno for chegando. Esse é um período caracterizado como chuvoso. Por isso ainda não estamos tão preocupados com a falta de água”, completa a agrônoma. O inverno se inicia em 20 de junho.
Em Nova Pádua, a situação é semelhante. De acordo com o chefe da Emater do município, Leonildo Sperotto, até o momento não está faltando água. Contudo, com o início do plantio do alho e da cebola os agricultores poderão enfrentar dificuldades – o nível dos açudes e arroios é considerado baixo, o que impede a irrigação das lavouras. “A chuva registrada na semana passada, cerca de 25mm, não foi suficiente para repor açudes e arroios. Temos reservas para um período curto”, afirma.
Sperotto prevê que a situação pode ficar preocupante se a chuva não chegar nos próximos dias. “A previsão não indica uma precipitação significativa para os próximos 10 dias. Pelo que tenho conversado com os agricultores, a terra está uma farinha, por conta da falta d’água. Isso poderá afetar o plantio, mas a esperança é que chova em breve. No ano passado foi assim também e lá pelo dia 20 de junho choveu tanto que os agricultores não conseguiam entrar na lavoura”, descreve Sperotto.
Prognóstico positivo
De acordo com a previsão do Cemet-RS, a previsão é que a instabilidade aumente no Estado durante a primeira quinzena de junho. “Em boa parte do Estado a precipitação deve oscilar em torno de 50mm a 65mm. Porém, o retorno da precipitação não indica o fim da estiagem. Ao que parece, teremos até o final do outono e início do inverno ainda precipitações abaixo do esperado”, aponta o meteorologista do Cemet-RS, Flávio Varone.
O Rio Grande do Sul não sofre mais com o efeito La Niña, que prejudicou a ocorrência de chuva durante a primavera. Por isso, os prognósticos indicam que aos poucos a atmosfera irá voltar à normalidade. Varone salienta ainda que o inverno será bem típico, “com o ingresso de frentes frias que trarão chuvas regulares, em alguns momentos mais intensas”.
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