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Há sete meses Flores da Cunha não tem mais Estação Rodoviária. A antiga sala hoje é uma loja e os passageiros esperam os ônibus sob a marquise, com embarque e desembarque que permaneceram na mesma quadra da Avenida 25 de Julho. Nesta semana, o Expresso Caxiense, que realiza o serviço de transporte metropolitano entre Flores, Caxias do Sul, Nova Pádua e Antônio Prado, e utiliza o ponto de parada da antiga rodoviária, anunciou que investirá em um espaço de atendimento e apoio aos passageiros. O local escolhido é ao lado da desativada estrutura, em uma sala que, de acordo com a empresa, deve estar aberta aos usuários à partir da próxima semana. Embora não seja um terminal rodoviário, o local terá espaço para os passageiros, com área para espera com cadeiras.

De acordo com o gerente operacional do Expresso Caxiense, Milton Félix dos Santos, o investimento foi feito após solicitação da prefeitura. “Como somos exclusivos no serviço metropolitano, desde que a rodoviária fechou a administração pública solicitou que a empresa tivesse um local apropriado para atender aos clientes, até mesmo na espera pelos ônibus. Ainda não tínhamos conseguido o local, mas agora pretendemos abrir já na próxima semana”, adianta Santos.

A estrutura terá atendimento para confecção do cartão eletrônico, com carga e recarga, cadastro de passes-livres, entre outros serviços que envolvem a bilhetagem eletrônica. Desde outubro do ano passado, a empresa atua com um ponto de atendimento em Flores (que fica na Avenida 25 de Julho, 1.409, em frente ao Nosso Café). Os serviços oferecidos atualmente neste espaço serão transferidos para o novo.

De acordo com o gerente, o atendimento deve ser em período integral, das 6h às 19h. “Não é uma rodoviária, pois não teremos a estrutura que é exigida para esse serviço. Será um ponto de apoio ao cliente e usuário, a exemplo do espaço que temos dentro da Estação Rodoviária de Caxias”, complementa. Mais informações pelo telefone (54) 3292.5600.

Relembre

A Rodoviária de Flores da Cunha fechou as portas no final de fevereiro deste ano, após a empresa Aldino Francescato & Cia, concessionária do serviço desde 1996, abrir mão da atividade. Alguns dos motivos apresentados para o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer-RS) foram os de que a empresa enfrentava dificuldades financeiras para manter o serviço, inclusive por exigências propostas na própria licitação da estatal, assinada em 2012. Após o anúncio de que iria desistir do negócio, o Daer-RS não apresentou novas propostas e a rodoviária foi extinta, a exemplo de diversos municípios gaúchos que passaram pela mesma situação.

Desde então, o embarque e desembarque permaneceram no mesmo local e as passagens passaram a ser vendidas dentro dos ônibus. O Daer-RS chegou a pedir auxílio ao município para divulgar a disponibilidade da concessão, contudo, não houve interessados.