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Exposição retrata a obra de Bortolo Cecconello

Museu e Arquivo Histórico sedia a mostra ‘De pedra, para sempre’, organizada pelo Instituto Memória Histórica e Cultural da UCS

Uma homenagem ao mestre de cantaria e construtor florense Anthonio Bortolo Cecconello pode ser vista no Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi. O local sedia a exposição fotográfica De pedra, para sempre. A obra de Bortolo Cecconello, produzida pelo Instituto Memória Histórica e Cultural da Universidade de Caxias do Sul (UCS). A mostra reúne 35 fotografias da vida de Cecconello, que deixou um legado civil de grande importância cultural para a região.

Conforme a diretora do IMHC, Luiza Horn Iotti, o trabalho também integra as comemorações dos 80 anos da Cooperativa Vitivinícola Victor Emmanuel, fundada em fevereiro de 1931. Bortolo, além de ter trabalhado na construção da sede da Cooperativa, foi sócio, administrador e membro da diretoria. "O Instituto tem o compromisso de auxiliar a comunidade na preservação de suas raízes e foi nesse sentido que promovemos essa mostra. A Cooperativa Victor Emmanuel é uma das mais antigas da região e uma das poucas em pleno funcionamento", explica Luiza.
A exposição pode ser conferida até 30 de março, de segunda à sexta-feira, das 8h às 11h30min e das 13h às 17h30min. Durante a realização da Mostra Flores, o Museu Municipal estará aberto também aos sábados e domingos, das 10h às 17h. A entrada é franca.

A exposição fotográfica foi organizada por Aldo Toniazzo (fotógrafo), Luiza Horn Iotti, Eliana Rela e Valdir dos Santos (curadores), Jorge Brandalise (consultor), Cristiane Seben Damo (apoio de pesquisa) e Maria Vilma Paim Colles e Tranquila Moresco Brando (secretaria).

Quem foi
Nascido em 13 de novembro de 1893, em Flores da Cunha, Anthonio Bortolo Cecconello se destacou pelo trabalho na construção civil. Filho dos imigrantes Francesco Giovanni Cecconello e Antonia Canzalter, executou obras de vários construtores, entre eles Sílvio Toigo e José Simonetto. Construiu a casa de Quintino Susin, a cozinha da casa de Bortolo Boff, a igreja da Linha 60, o campanário de Otávio Rocha, a Cooperativa São Pedro, o porão da Casa Simioni (antiga cantina Fole), a casa do Gonzáles, o prédio da metalúrgica (hoje Cantina Cerezer) e auxiliou na construção das escolas Frei Caneca e São José, entre outras.

Foi associado da Cooperativa Vitivinícola Victor Emmanuel desde sua fundação, em fevereiro de 1931. Em 1936 foi eleito diretor da Cooperativa – permaneceu no cargo até 1938. Participou ainda do Conselho Fiscal e do Conselho Administrativo da vinícola. O construtor casou-se com Giuseppina Vanin, com quem teve nove filhos: João, Adão, Florentino, Antonia, Mário, Américo, Gentil, Ivo e Elda. Bortolo faleceu aos 58 anos, em 20 de setembro de 1951.




Casa construída por Virgílio Franzoi, que abrigou a Cooperativa nos primeiros anos de fundação. - Reprodução
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