Exportações florenses em queda desde 2007
Maior índice foi registrado em 2008, com retração de 43,9% dos negócios em relação ao ano anterior. Queda do dólar é o principal fator
O governo federal tem anunciado, nos últimos anos, que está tentando conter o que classifica como valorização excessiva do real, a moeda brasileira. Entretanto, é fato que a depreciação do dólar está ligada à fragilidade da recuperação americana sobre a crise financeira desencadeada em meados de 2008. No Brasil, a principal consequência da baixa do dólar é a queda nas exportações. Em Flores da Cunha não é diferente. Enquanto que as empresas do município exportaram mais de US$ 35 milhões em 2007, no ano seguinte os negócios com o Exterior caíram para US$ 19,6 milhões, ou seja, houve uma retração de 43,9%. Em 2009 (no comparativo com 2008), a queda foi de 27% (US$ 14,3 milhões). O setor moveleiro florense foi o mais afetado.
Segundo relatórios do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e levantamento feito para o Perfil Socioeconômico de Flores da Cunha, dos 10 principais produtos exportados por Flores da Cunha, os seis primeiros são da área moveleira – como dormitórios, escritórios e cozinhas. Em 2008, o valor do comércio total caiu 34,7% em relação ao ano anterior, enquanto que o índice estadual cresceu mais de 85%. A principal queda aconteceu com as exportações, com -51,2% no comparativo com 2007, enquanto que as importações aumentaram 74,6% no mesmo período.
O saldo comercial de Flores da Cunha só não piorou desde 2007 porque o volume de importações permaneceu constante – houve acréscimo de 102% nas entradas do Exterior em 2008, no comparativo com 2007. Apesar de o volume ter se mantido constante de 2008 para 2009, o saldo comercial do município mostra os efeitos cambiais: em 2007 o saldo (exportações menos importações) reduziu 12,5%; em 2008, foi de -69,5%; e, no ano passado, de -58,4%.
Dificuldades
De acordo com a gerente de exportações da Elocargo Assessoria em Comércio Exterior, Paula Baroni, a baixa do dólar impede que os empresários locais mantenham um preço competitivo lá fora. “O setor moveleiro foi o que teve maior queda no volume de negócios. Apesar disso, a vinicultura está ganhando mercado nos últimos anos, com transações locais de vinhos e sucos feitas com México, Rússia e Japão, entre outros países”, constata Paula. Na lista dos 10 produtos mais exportados, além dos móveis, aparecem vinhos, sucos de uva e peleteria curtida.
A redução nas exportações é confirmada pelo empresário que está à frente da Treboll Móveis, Vilson Toigo. Ele opina que a perda de mercado não aconteceu por baixa qualidade dos produtos, mas sim pela defasagem da moeda norte-americana. “Pensando nos custos, mudamos o foco. Estamos negociando diretamente com lojistas. Continuamos exportando, mas em menor escala do que em anos anteriores”, conta Toigo. Os principais mercados da empresa são Estados Unidos e Alemanha. O empresário prevê para 2011 um volume maior de negócios com o Exterior.
No país
Nos primeiros nove meses de 2010, o comércio exterior brasileiro registrou US$ 277,1 bilhões em negócios, com ampliação de 36,9% sobre o mesmo período de 2009, quando atingiu US$ 202,4 bilhões. As exportações encerraram o período com valor de US$ 144,9 bilhões, e as importações de US$ 132,2 bilhões. Em relação a 2009, as exportações apresentaram crescimento de 29,6% e, as importações, de 45,8%. O saldo comercial atingiu US$ 12,8 bilhões entre janeiro e setembro de 2010, significando retração de 39,7% sobre o primeiro semestre de 2009, motivado por um maior aumento das importações em relação às exportações.
No lado da importação, as compras de matérias-primas e intermediários representaram 46,2% do total, e as de bens de capital, 22,5%, demonstrando que a pauta brasileira de importação é fortemente vinculada a bens direcionados à atividade produtiva. Em Flores da Cunha, os principais produtos adquiridos de fora do país são máquinas e ferramentas para trabalho em madeira; madeiras; lâminas de ferro/aço e de aço inox, entre outros. Por mercados de destino, destaque para a Ásia. As vendas aumentaram 31,3%, garantindo ao continente a primeira posição de mercado comprador de produtos brasileiros em 2010, superando a América Latina e a Europa. Já os produtos florenses vão, pela ordem de negociações, para Reino Unido (composto por Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales), Estados Unidos, Dinamarca, Paraguai e Uruguai.
Especialistas em câmbio e economistas apontam que as atuações dos governos no mercado são comuns e necessárias em alguns momentos, principalmente quando acontece a entrada concentrada de capitais. Este é o caso do Brasil. Para os investidores estrangeiros, o país reúne condições favoráveis, como juros altos – oferece, portanto, bons ganhos na renda fixa. Em segundo lugar, as empresas, embaladas pelo desenvolvimento da economia, ostentam números expressivos de faturamento e rentabilidade, sem possibilidade de reversão no médio prazo, o que estimula o investimento em ações destas companhias.
Segundo relatórios do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e levantamento feito para o Perfil Socioeconômico de Flores da Cunha, dos 10 principais produtos exportados por Flores da Cunha, os seis primeiros são da área moveleira – como dormitórios, escritórios e cozinhas. Em 2008, o valor do comércio total caiu 34,7% em relação ao ano anterior, enquanto que o índice estadual cresceu mais de 85%. A principal queda aconteceu com as exportações, com -51,2% no comparativo com 2007, enquanto que as importações aumentaram 74,6% no mesmo período.
O saldo comercial de Flores da Cunha só não piorou desde 2007 porque o volume de importações permaneceu constante – houve acréscimo de 102% nas entradas do Exterior em 2008, no comparativo com 2007. Apesar de o volume ter se mantido constante de 2008 para 2009, o saldo comercial do município mostra os efeitos cambiais: em 2007 o saldo (exportações menos importações) reduziu 12,5%; em 2008, foi de -69,5%; e, no ano passado, de -58,4%.
Dificuldades
De acordo com a gerente de exportações da Elocargo Assessoria em Comércio Exterior, Paula Baroni, a baixa do dólar impede que os empresários locais mantenham um preço competitivo lá fora. “O setor moveleiro foi o que teve maior queda no volume de negócios. Apesar disso, a vinicultura está ganhando mercado nos últimos anos, com transações locais de vinhos e sucos feitas com México, Rússia e Japão, entre outros países”, constata Paula. Na lista dos 10 produtos mais exportados, além dos móveis, aparecem vinhos, sucos de uva e peleteria curtida.
A redução nas exportações é confirmada pelo empresário que está à frente da Treboll Móveis, Vilson Toigo. Ele opina que a perda de mercado não aconteceu por baixa qualidade dos produtos, mas sim pela defasagem da moeda norte-americana. “Pensando nos custos, mudamos o foco. Estamos negociando diretamente com lojistas. Continuamos exportando, mas em menor escala do que em anos anteriores”, conta Toigo. Os principais mercados da empresa são Estados Unidos e Alemanha. O empresário prevê para 2011 um volume maior de negócios com o Exterior.
No país
Nos primeiros nove meses de 2010, o comércio exterior brasileiro registrou US$ 277,1 bilhões em negócios, com ampliação de 36,9% sobre o mesmo período de 2009, quando atingiu US$ 202,4 bilhões. As exportações encerraram o período com valor de US$ 144,9 bilhões, e as importações de US$ 132,2 bilhões. Em relação a 2009, as exportações apresentaram crescimento de 29,6% e, as importações, de 45,8%. O saldo comercial atingiu US$ 12,8 bilhões entre janeiro e setembro de 2010, significando retração de 39,7% sobre o primeiro semestre de 2009, motivado por um maior aumento das importações em relação às exportações.
No lado da importação, as compras de matérias-primas e intermediários representaram 46,2% do total, e as de bens de capital, 22,5%, demonstrando que a pauta brasileira de importação é fortemente vinculada a bens direcionados à atividade produtiva. Em Flores da Cunha, os principais produtos adquiridos de fora do país são máquinas e ferramentas para trabalho em madeira; madeiras; lâminas de ferro/aço e de aço inox, entre outros. Por mercados de destino, destaque para a Ásia. As vendas aumentaram 31,3%, garantindo ao continente a primeira posição de mercado comprador de produtos brasileiros em 2010, superando a América Latina e a Europa. Já os produtos florenses vão, pela ordem de negociações, para Reino Unido (composto por Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales), Estados Unidos, Dinamarca, Paraguai e Uruguai.
Especialistas em câmbio e economistas apontam que as atuações dos governos no mercado são comuns e necessárias em alguns momentos, principalmente quando acontece a entrada concentrada de capitais. Este é o caso do Brasil. Para os investidores estrangeiros, o país reúne condições favoráveis, como juros altos – oferece, portanto, bons ganhos na renda fixa. Em segundo lugar, as empresas, embaladas pelo desenvolvimento da economia, ostentam números expressivos de faturamento e rentabilidade, sem possibilidade de reversão no médio prazo, o que estimula o investimento em ações destas companhias.
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