Exportações florenses acompanham o crescimento no Estado
Município registrou aumento de 12,5% no comparativo de abril de 2013 com mesmo mês de 2012. Principais produtos exportados são móveis, peças automotivas e suco de uva
As exportações do Rio Grande do Sul cresceram 33% em abril na comparação com o mesmo mês de 2012, e somaram US$ 1,73 bilhão. Um resultado bem acima da média brasileira (5,4%). O avanço no Estado foi puxado principalmente pelas commodities, que registraram elevação de 112,9% (US$ 530 milhões) devido às vendas de soja para a China. Flores da Cunha também registrou crescimento em abril, este superior a 7% se comparado ao mês anterior, e de 12,5% se comparado a abril de 2012. Os principais produtos exportados são os móveis (eles permanecem no topo há mais de uma década), mas agora seguidos pelas peças automotivas.
Segundo dados da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), o Estado foi o quarto do país que mais exportou em abril, respondendo por 8,4% do total brasileiro. A primeira posição ficou com São Paulo (23,5%), seguido por Minas Gerais (14,1%) e Mato Grosso (9,3%).
Em Flores da Cunha, nos quatro primeiros meses do ano as exportações ultrapassaram os US$ 9 milhões. O mês com maior participação foi janeiro (US$ 2,5 milhões), mantendo a média até abril. O valor já é superior ao mesmo período do ano passado, que foi de US$ 8,4 milhões.
Na última década os números que representam o comércio exterior florense tiveram grande oscilação. Em 2000 o valor total foi de US$ 38 milhões, seguido de algumas quedas nos anos seguintes e aumento em 2004 (US$ 46,8 milhões). Nos anos seguintes novamente queda na exportação, chegando em 2009 a US$ 14,3 milhões. Deste ano até 2012 os números cresceram – no ano passado o total foi de US$ 27,7 milhões.
Principais compradores
O maior ‘cliente’ dos produtos florenses é o Reino Unido (Escócia, Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales), que até o mês de abril de 2013 comprou mais de 39% da produção do município (US$ 3,5 milhões do total de US$ 9,04 milhões); seguido da Argentina (22%) e Japão (12%). Paraguai, Estados Unidos, Chile, Haiti, Uruguai, Peru e Equador, respectivamente, completam o ranking dos 10 maiores compradores dos produtos florenses, estes com percentuais abaixo de 10%. Em comparação aos primeiros meses do ano passado, todos os países compraram menos, com exceção do Paraguai.
Em nível estadual, a China conquistou a primeira colocação entre os destinos dos produtos gaúchos. O país asiático elevou suas compras em 107%, com destaque para a soja e a pasta química de madeira. A Argentina garantiu a segunda posição ao aumentar seus pedidos em 50%, basicamente veículos automotores. O terceiro lugar ficou com os Estados Unidos, apesar de terem diminuído suas encomendas em 7%.
Móveis na liderança
Os móveis de madeira para dormitório são as peças mais exportadas. Eles correspondem a quase 39% (US$ 3,2 milhões) da exportação municipal. No mesmo período do ano passado (janeiro a abril) a participação foi de 28%. A segunda posição ficou com as partes e acessórios automotivos. Eles correspondem a 28% das exportações do município (US$ 2,5 milhões). No ano passado a participação foi um pouco maior, de 33%.
Na terceira posição está o suco de uva, com 12% do total de produtos exportados (US$ 1,1 milhão). Em comparação ao ano passando, o suco foi o produto que mais cresceu na exportação (em 2012 ele representava apenas 5% das exportações), apresentando um crescimento de 140%. A produção que dá a Flores da Cunha o título de Maior Produtor do Brasil, o vinho ocupa a 9ª posição, com pouco mais de 1% da participação do município (US$ 100,5 mil).
O que Flores importa
Para a produção de móveis e materiais automotivos, principais produtos exportados por Flores da Cunha, é necessário que as empresas tenham máquinas tecnologicamente atuais. E elas são exatamente os principais produtos que o município importa. Itália, Alemanha e China, respectivamente, são os principais fornecedores da cifra que chegou aos US$ 8,1 milhões até abril deste ano, número um pouco menor do que o mesmo período do ano passado (US$ 8,8 milhões). Maquinário e ferramentas para madeiras, além de equipamentos para industrialização e engarrafamento de vinho estão no topo das importações. Partes de motores hidráulicos e automotivos também estão na lista.
No Rio Grande do Sul, as importações totais caíram 7,8% em abril, ante o mesmo mês do ano passado, totalizando US$ 1,31 bilhão. Os segmentos de bens intermediários, combustíveis e lubrificantes registraram quedas de -10,3% e -41%, respectivamente. Os bens de capital avançaram 53,2% – o desempenho sugere uma retomada no ciclo de investimentos da economia gaúcha. O saldo da balança comercial fechou positivo em US$ 400 milhões no Rio Grande do Sul em abril, e de US$ 866 mil em Flores da Cunha.
De olho no mercado internacional
Com uma média de 20% do faturamento oriundo de exportações, a Keko, empresa especializada em acessórios para personalização de veículos automotores, conta com uma série de produtos que vão para 29 países nos cinco continentes. A marca conta também com o aftermarket (mercado de reposição) e parceria com algumas montadoras, especialmente na Europa, México e Austrália. De acordo com o gerente comercial da Keko, Silvano Gil de Oliveira, do percentual exportado, metade é destinado para o mercado paralelo e a outra parte como equipamentos originais de montadoras. Os principais produtos exportados são as capotas marítimas, santantônios, protetores frontais e traseiros e estribos.
Dos 29 países em que a Keko está presente, a maior parte se concentra na América Latina. “Quase 50% dos produtos vão para a Argentina em função do número de montadoras, além do fluxo fácil de taxação e transporte. Depois da América Latina estamos nos Estados Unidos, México, Europa, Angola, Índia e agora temos muitos contatos com a África”, enumera Oliveira. Neste ano a Keko passou a integrar a Ford da Índia e do México, onde irá fornecer estribos integrais para equiparem o novo EcoSport, que é lançado nestes países.
O objetivo é aumentar o número da exportação, acompanhando o histórico da empresa, que desde 2001 – quando um Departamento de Exportação foi formatado – apresenta crescimento de 20% a 30% ao ano. As atividades para fora do país iniciaram em 1998. “A partir desse Departamento uma série de ações foram definidas com desenvolvimento, adequação de sistema, ações de treinamento para essa cultura de exportação, a participação em feiras internacionais, primeiramente visitando e depois expondo. Em síntese, um conjunto de ações que resulta no desenvolvimento da exportação da Keko”, explica o gerente.
A venda para outros países traz diversos benefícios para uma empresa, como o fortalecimento da marca. “Com a exportação se amplia o mercado potencial, tendo um crescimento no faturamento e sempre levando em consideração o mercado automotivo mundial, além da projeção de marca que valoriza a empresa. A exportação facilita também uma engenharia financeira favorável por meio de linhas de financiamento com custo internacional, além do custo por produto que cai bastante”, argumenta Oliveira. A exportação auxilia ainda na qualificação do produto, que conta com a influência mundial. “Na participação em feiras existe o contato com novas tecnologias, tanto em materiais quanto em maquinário e isso é trazido para a empresa e qualifica o produto”, destaca o gerente. Fundada há 27 anos, a Keko mudou-se para Flores da Cunha em 2011 e está instalada na Linha 80 (o parque industrial tem 21 mil metros quadrados de área construída).
Segundo dados da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), o Estado foi o quarto do país que mais exportou em abril, respondendo por 8,4% do total brasileiro. A primeira posição ficou com São Paulo (23,5%), seguido por Minas Gerais (14,1%) e Mato Grosso (9,3%).
Em Flores da Cunha, nos quatro primeiros meses do ano as exportações ultrapassaram os US$ 9 milhões. O mês com maior participação foi janeiro (US$ 2,5 milhões), mantendo a média até abril. O valor já é superior ao mesmo período do ano passado, que foi de US$ 8,4 milhões.
Na última década os números que representam o comércio exterior florense tiveram grande oscilação. Em 2000 o valor total foi de US$ 38 milhões, seguido de algumas quedas nos anos seguintes e aumento em 2004 (US$ 46,8 milhões). Nos anos seguintes novamente queda na exportação, chegando em 2009 a US$ 14,3 milhões. Deste ano até 2012 os números cresceram – no ano passado o total foi de US$ 27,7 milhões.
Principais compradores
O maior ‘cliente’ dos produtos florenses é o Reino Unido (Escócia, Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales), que até o mês de abril de 2013 comprou mais de 39% da produção do município (US$ 3,5 milhões do total de US$ 9,04 milhões); seguido da Argentina (22%) e Japão (12%). Paraguai, Estados Unidos, Chile, Haiti, Uruguai, Peru e Equador, respectivamente, completam o ranking dos 10 maiores compradores dos produtos florenses, estes com percentuais abaixo de 10%. Em comparação aos primeiros meses do ano passado, todos os países compraram menos, com exceção do Paraguai.
Em nível estadual, a China conquistou a primeira colocação entre os destinos dos produtos gaúchos. O país asiático elevou suas compras em 107%, com destaque para a soja e a pasta química de madeira. A Argentina garantiu a segunda posição ao aumentar seus pedidos em 50%, basicamente veículos automotores. O terceiro lugar ficou com os Estados Unidos, apesar de terem diminuído suas encomendas em 7%.
Móveis na liderança
Os móveis de madeira para dormitório são as peças mais exportadas. Eles correspondem a quase 39% (US$ 3,2 milhões) da exportação municipal. No mesmo período do ano passado (janeiro a abril) a participação foi de 28%. A segunda posição ficou com as partes e acessórios automotivos. Eles correspondem a 28% das exportações do município (US$ 2,5 milhões). No ano passado a participação foi um pouco maior, de 33%.
Na terceira posição está o suco de uva, com 12% do total de produtos exportados (US$ 1,1 milhão). Em comparação ao ano passando, o suco foi o produto que mais cresceu na exportação (em 2012 ele representava apenas 5% das exportações), apresentando um crescimento de 140%. A produção que dá a Flores da Cunha o título de Maior Produtor do Brasil, o vinho ocupa a 9ª posição, com pouco mais de 1% da participação do município (US$ 100,5 mil).
O que Flores importa
Para a produção de móveis e materiais automotivos, principais produtos exportados por Flores da Cunha, é necessário que as empresas tenham máquinas tecnologicamente atuais. E elas são exatamente os principais produtos que o município importa. Itália, Alemanha e China, respectivamente, são os principais fornecedores da cifra que chegou aos US$ 8,1 milhões até abril deste ano, número um pouco menor do que o mesmo período do ano passado (US$ 8,8 milhões). Maquinário e ferramentas para madeiras, além de equipamentos para industrialização e engarrafamento de vinho estão no topo das importações. Partes de motores hidráulicos e automotivos também estão na lista.
No Rio Grande do Sul, as importações totais caíram 7,8% em abril, ante o mesmo mês do ano passado, totalizando US$ 1,31 bilhão. Os segmentos de bens intermediários, combustíveis e lubrificantes registraram quedas de -10,3% e -41%, respectivamente. Os bens de capital avançaram 53,2% – o desempenho sugere uma retomada no ciclo de investimentos da economia gaúcha. O saldo da balança comercial fechou positivo em US$ 400 milhões no Rio Grande do Sul em abril, e de US$ 866 mil em Flores da Cunha.
De olho no mercado internacional
Com uma média de 20% do faturamento oriundo de exportações, a Keko, empresa especializada em acessórios para personalização de veículos automotores, conta com uma série de produtos que vão para 29 países nos cinco continentes. A marca conta também com o aftermarket (mercado de reposição) e parceria com algumas montadoras, especialmente na Europa, México e Austrália. De acordo com o gerente comercial da Keko, Silvano Gil de Oliveira, do percentual exportado, metade é destinado para o mercado paralelo e a outra parte como equipamentos originais de montadoras. Os principais produtos exportados são as capotas marítimas, santantônios, protetores frontais e traseiros e estribos.
Dos 29 países em que a Keko está presente, a maior parte se concentra na América Latina. “Quase 50% dos produtos vão para a Argentina em função do número de montadoras, além do fluxo fácil de taxação e transporte. Depois da América Latina estamos nos Estados Unidos, México, Europa, Angola, Índia e agora temos muitos contatos com a África”, enumera Oliveira. Neste ano a Keko passou a integrar a Ford da Índia e do México, onde irá fornecer estribos integrais para equiparem o novo EcoSport, que é lançado nestes países.
O objetivo é aumentar o número da exportação, acompanhando o histórico da empresa, que desde 2001 – quando um Departamento de Exportação foi formatado – apresenta crescimento de 20% a 30% ao ano. As atividades para fora do país iniciaram em 1998. “A partir desse Departamento uma série de ações foram definidas com desenvolvimento, adequação de sistema, ações de treinamento para essa cultura de exportação, a participação em feiras internacionais, primeiramente visitando e depois expondo. Em síntese, um conjunto de ações que resulta no desenvolvimento da exportação da Keko”, explica o gerente.
A venda para outros países traz diversos benefícios para uma empresa, como o fortalecimento da marca. “Com a exportação se amplia o mercado potencial, tendo um crescimento no faturamento e sempre levando em consideração o mercado automotivo mundial, além da projeção de marca que valoriza a empresa. A exportação facilita também uma engenharia financeira favorável por meio de linhas de financiamento com custo internacional, além do custo por produto que cai bastante”, argumenta Oliveira. A exportação auxilia ainda na qualificação do produto, que conta com a influência mundial. “Na participação em feiras existe o contato com novas tecnologias, tanto em materiais quanto em maquinário e isso é trazido para a empresa e qualifica o produto”, destaca o gerente. Fundada há 27 anos, a Keko mudou-se para Flores da Cunha em 2011 e está instalada na Linha 80 (o parque industrial tem 21 mil metros quadrados de área construída).
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